Neste sábado (6) completou exatos três meses da morte do menino Francisco Guedes Bombini, que era conhecido nas redes sociais, onde tem milhares de seguidores, como Super Chico. Chico morreu no dia 6 de fevereiro após sofrer uma parada cardíaca.

O menino, que nasceu com síndrome de Down e enfrentou desde a gestação várias cirurgias e problemas de saúde, recebeu mais uma homenagem em Bauru, cidade onde viveu.

 

Uma praça que fica no playground de um clube particular recebeu o nome de Praça Super Chico em homenagem ao pequeno super-herói que foi chamado de “menino mais forte do mundo” em uma reportagem especial do Fantástico, programa da Rede Globo, que contou a jornada de superação do menino que venceu a Covid-19 após 18 dias de internação, 13 deles na UTI.

A solenidade de entrega da praça foi realizada no sábado e contou com a com apresentação musical de crianças da banda de xilofones e metalofones da ABDA Filarmônica.

Alunos de uma escola particular da cidade também fizeram pinturas artísticas no mural da Praça Infantil Super Chico.

Em postagem nas redes sociais, a mãe do Super Chico, a advogada Daniela Guedes Bombini, disse que a família estava muito feliz que o Chico daria nome a um local de diversão e alegria para pais e crianças.

 “O tanto que fará tantas crianças, e também os pais, felizes em tantos brinquedos tão divertidos e legais, nos conforta e nos deixa emocionados! Que todos que usem, aproveitem bastante!”.

‘O menino mais forte do mundo’

O garoto que nasceu com síndrome de Down e outras complicações de saúde acumulava milhares de seguidores nas redes sociais. Ele viralizou e ficou conhecido no país todo ao superar a Covid-19 por duas vezes. em 2020 e 2021.

Na primeira delas, Chico chegou a ficar internado por 13 dias na UTI e, quando recebeu alta, foi tema de uma reportagem do Fantástico (veja mais abaixo). Mas, essa não foi nem de longe a primeira vez que o menino, na época com 3 anos, enfrentava a rotina de internação hospitalar.

Super Chico precisou passar por uma cirurgia ainda durante a gestação, na barriga da mãe, e por outras seis depois que nasceu. Os procedimentos foram necessários devido a problemas renais, cardíacos e hipotireoidismo.

Logo após o parto prematuro, foram seis meses “morando” no hospital para realização desses procedimentos.

Foi quando Daniela decidiu compartilhar a rotina do ainda Francisco nas redes sociais. Para simbolizar a vitória dele sobre as complicações de saúde, ela vestia o pequeno com fantasia de super-heróis, em especial o superman.

Foi assim que surgiu o apelido “Super Chico”, como o garoto passou a ser conhecido nas redes sociais, nome inspirado nos heróis e em São Francisco de Assis (entenda mais abaixo).

Pequeno super-herói

Pelos seus perfis nas redes sociais, Daniela fazia postagens com fotos e vídeos de Chico e costumava “dar voz” ao filho, que apesar de ter 6 anos, tinha o metabolismo e o desenvolvimento de um bebê de 9, 10 meses, e por isso não falava.

Foi pelas redes sociais que a família compartilhou as duas vezes que o menino esteve internado por causa da Covid-19, e também comemorou quando ele completou 5 anos e pôde receber as doses da vacina.

Coincidentemente, ele recebeu a segunda dose e pôde completar o ciclo vacinal no dia 21 de março de 2021, quando é celebrado o Dia Internacional das Pessoas com Síndrome de Down.

Devotos de São Francisco de Assis

Chico fazia aniversário em 6 de outubro, dois dias depois do dia do santo que inspirou seu nome, São Francisco de Assis, a quem a família é devota.

Todos os anos nessa data, a família fazia um evento beneficente para arrecadar verba para entidades assistenciais da cidade. Mesmo durante a pandemia, o evento foi realizado no formato drive-thru.

No seu aniversário de 4 anos, em outubro de 2020, depois de superar a Covid-19 pela primeira vez, ele recebeu parabéns de vários famosos, inclusive do seu xará, o cantor Chico Buarque.

G1