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Depois de 30 dias, a exposição itinerante do Museu da Língua Portuguesa “Origem dos Nomes dos Municípios Paulistas”, encerrou-se com a visitação de 2636 pessoas, incluindo alunos de escolas municipais, estaduais, APAE e idosos do CRI. A mostra realizada no Centro Cultural, aconteceu através de uma parceria entre: Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, Proac – Programa de Ação Cultural, Museu da Língua Portuguesa, Arquiprom, Syngenta e Prefeitura Municipal de Itápolis.

 

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A exposição desvendou a formação e a divisão dos 645 municípios do estado de São Paulo, contando o significado dos nomes que possuem. Idealizada por Antonio Carlos de Moraes Sartini, Diretor do Museu da Língua Portuguesa, a exposição surgiu a partir do livro de mesmo nome escrito pelo jornalista e artista plástico Enio Squeff, em coautoria com Helder Perri Ferreira, em 2004. “Essa exposição é uma viagem pelas origens do povo paulista. A interatividade do público com mídias digitais e elementos cenográficos promove uma experiência única aos visitantes”, declara Sartini.

Durante a visita à exposição, os alunos e demais visitantes, puderam aprender como um município se forma e como se nomeia, verificando a grande influência das línguas indígenas e da fé católica e a devoção aos santos, nos nomes de cidades. Cerca de 1/3 das cidades paulistas têm em seus nomes alguma influência indígena; mais de 40 carregam o nome de alguma personalidade histórica; e pelo menos 59 ostentam nomes de santos da Igreja Católica.

Os destaques da mostra ficaram por conta das duas telas touchscreen. Em uma delas, as pessoas puderam criar suas cidades ideais, escolhendo se ficariam no campo ou na praia, qual seria a base da economia local, sua arquitetura e outras peculiaridades. O outro grande painel representava uma versão digitalizada do livro de Enio Squeff, onde estavam catalogados os 645 municípios do estado e seus respectivos topônimos.

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CONHECENDO O SIGNIFICADO DE: ITÁ+POLIS
Itápolis foi a primeira cidade do Estado a receber a exposição “Origem dos Nomes dos Municípios Paulistas” e o significado para seu nome é que por ser composto pelo substantivo “itá” (pedra, em tupi), ao qual se adicionou a palavra grega “polis”, seu significado resumi-se a: “Cidade das Pedras”.

O tupinólogo Helder Perri Fereira explica que Itápolis sempre incluiu a palavra “pedra” em seu nome – desde Espírito Santo do Córrego das Pedras a Boa Vista das Pedras, e até simplesmente Pedras. Na sua elevação a município entra, justamente, a história e a constatação de que foi constituída por falantes do português. “Deve-se a eles a criação de um topônimo híbrido, formado por palavras do tupi e do grego, na forma com que se introduziram no português”, explica o estudioso.