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Policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Araraquara afirmam terem esclarecido parte do assalto cometido contra o Hipermercado Extra, no dia 6 de maio. A maior parte da carga roubada ainda não foi recuperada. Na ocasião, pelo menos 10 bandidos fortemente armados invadiram o prédio e levaram em um caminhão uma carga milionária de eletrônicos. Nesta segunda-feira, a Polícia divulgou ter prendido quatro pessoas; todas de Araraquara. Um dos detidos é ex-funcionário.

O registro policial feito no começo do mês revelou que dois fiscais, um homem de 30 anos e uma mulher de 41 foram os primeiros a serem rendidos. As vítimas estavam entrando no supermercado quando um criminoso veio da rua e anunciou o assalto. Outros dois criminosos já saíram de dentro do estacionamento e completaram a ação. Todos os ladrões usavam uniformes do Extra.

O bando ficou por aproximadamente três horas dentro do Extra. Nesse período um caminhão - até agora não identificado - foi carregado com 569 televisores de várias marcas e modelos, 899 celulares, também de diversas marcas, 40 notebooks e 25 quilos de picanha embalada a vácuo. O valor da carga não foi relevado. A estimativa com o preço de mercado é que o prejuízo passe de R$ 1,5 milhão. Esse seria o maior roubo registrado na cidade na última década.

"A partir do dia da ocorrência, começamos a investigar e logo identificamos uma primeira pessoa (um ex-funcionário). Três dias depois já tínhamos um preso temporariamente. E na casa dele apreendemos alguns materiais do roubo", diz o delegado Fernando Bravo, da DIG, explicando que a primeira prisão não foi divulgada para não atrapalhar a investigação. Uma TV roubada, por exemplo, foi apreendida na casa do filho do acusado. O jovem, no entanto, não teria participado do assalto ao Extra. Mas responderá por receptação.

Nesta segunda os policiais civis da DIG deflagraram uma operação e detiveram mais quatro pessoas, dois homens e duas mulheres. Três foram indiciadas e estão presas. Uma das mulheres não teve sua participação confirmada e por isso deverá ser solta. A outra mulher está grávida, contudo, pelo menos por hora, continuará detida.

Dos quatro que permanecem presos, chama atenção a participação do ex-funcionário, demitido dias antes do crime. "Ele sabia a logística ali dentro, como funcionava por ter trabalhado na madrugada. Juntamos muitas provas contra ele e na casa dele encontramos vários produtos levados".

As buscas feitas nesta segunda-feira estavam voltadas a identificação dos autores e a apreensão dos itens roubados. Em São Paulo, um galpão foi vistoriado, mas nada foi encontrado. Até o momento, apenas uma pequena parte do material roubado foi recuperado. Entre os bens estão: telefones celulares, televisores, ar condicionado e computador. O montante maior ainda segue desaparecido.

De acordo com a DIG, os acusados negam o crime. A investigação prossegue na tentativa de encontrar mais suspeitos que seriam de outra cidade e recuperar a carga levada. (CidadeOn)