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Flávia afirma que prima gestante de trigêmeos passava bem durante chá de bebê realizado em Jales (SP), no domingo (18) (Foto: Flávia Sanches/Arquivo Pessoal)

A prima da grávida de trigêmeos que morreu depois de passar mal no dia do chá bebê, em Jales (SP), diz que a família ainda tenta entender o que aconteceu. “Nós ainda estamos muito assustados, porque tudo isso que aconteceu foi em questão de horas”, diz Flávia Sanches.

Giseli Cristina Sanches, de 39 anos, estava no sétimo mês de gestação quando passou mal e teve uma parada cardíaca na noite de domingo (18). Os três filhos também morreram após uma cesária de emergência. A família alega negligência do hospital.

Ainda conforme a prima, toda a família preparou a comemoração para o nascimento dos bebês para que a gestante não se esforçasse.

“Ela só estava se sentindo cansada e aparentemente estava tudo certo. A Giseli não tinha reclamado de nada durante a festa”, lembra.

Flávia conta que a gestante apresentava inchaço nas pernas há algumas semanas e, em uma das consultas agendadas no Hospital de Base de São José do Rio Preto (SP), o médico que a atendeu teria afirmado que o inchaço era normal.

“Nunca eram os mesmos médicos que a atendiam. Eram sempre residentes que falavam que a perna dela - que até drenava líquido e tinha bolha de água - era normal devido à gestação”, afirma a prima.

Durante a noite de domingo, o companheiro de Giseli ligou para o Samu e, quando estava na ambulância, a caminho da Santa Casa de Jales, a mulher teve uma parada cardíaca e morreu.

Depois da morte dela, um dos bebês morreu durante o parto de emergência e os outros dois morreram na terça-feira (20).

Os familiares disseram que a mulher passou por consulta na última quinta-feira (15) no HB, e por conta dos inchaços que tinha, acharam que ela iria ser internada. Mas o médico não pediu a internação e a liberou para ir para casa.

A família alega negligência do HB, por não ter internado Giseli na quinta-feira (15) e informou que a autópsia da vítima resultou em embolia pulmonar.

Em nota, o Hospital de Base de Rio Preto lamentou a morte da paciente e disse que não tinha recebido por parte dos familiares nenhuma manifestação sobre o atendimento prestado pela instituição à gestante.

O hospital disse ainda que "sobre o atendimento e demais informações sobre a paciente, estas não podem ser divulgadas para não infringir o sigilo médico e em respeito à privacidade da paciente".

O corpo de Giseli foi enterrado na terça-feira, em Jales, após passar pelo IML (Instituto Médico Legal). Ela tinha outros dois filhos, um jovem de 18 anos e uma adolescente, de 14.

 

Do G1