A Justiça condenou o homem acusado de matar o enteado de um ano e três meses, em setembro de 2019, por homicídio qualificado. O júri popular foi realizado no Fórum de Marília (SP) nesta quarta-feira (12).

Felipe Guedes da Silva foi condenado a 21 anos, nove meses e 10 dias de prisão em regime fechado. Ele vai recorrer da decisão em liberdade. Segundo o promotor Rafael Abujamra, a defesa do acusado já interpôs a apelação, mas ainda vai apresentar as razões do recurso.

O acusado foi preso em 17 de dezembro de 2020, mais de um ano depois da morte de Arthur Miguel Monteiro Lopes, que era filho de sua ex-namorada. Ele foi detido depois que o laudo necroscópico contestou a versão apresentada por ele no dia da morte da criança.
Relembre o caso
O crime aconteceu em 4 de setembro de 2019. Na época, o suspeito relatou à polícia que estava tomando conta do filho da namorada, que trabalhava durante à noite, quando foi tomar banho no início da manhã e ouviu um barulho.

De acordo com o relato, ele tinha deixado o menino deitado em um colchão na sala e percebeu que a criança tinha caído. Ele informou que colocou o menino no sofá e voltou ao banheiro.

Ainda segundo a Polícia Civil, o suspeito declarou que, ao sair do banho, encontrou o menino passando mal, sem conseguir respirar e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o Corpo de Bombeiros.

Em seguida, a criança teria sido levada até o Pronto Atendimento (PA) da Zona Sul, com ajuda de um vizinho. Arthur morreu no fim da noite do mesmo dia no hospital.

O caso passou a ser investigado pela Polícia Civil. Contudo, as investigações contestaram a versão apresentada pelo suspeito. Conforme o inquérito, considerando a baixa estatura da vítima e as condições do local, o menino não poderia cair com tanta força e assim sofrer um traumatismo craniano.

fonte:G1