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Com uma das melhores apresentações de Robinho desde seu retorno, no ano passado, o Santos não deu chances à Portuguesa, então invicta, e faturou mais uma vitória no Paulistão neste domingo (22). Jogando no Pacaembu, com mando do adversário, o time santista contou com dois gols do atacante, que ainda deu assistência para o gol de Cicinho, para vencer por 3 a 1.

O triunfo aumentou ainda mais a folga do Santos no Grupo D. A equipe do técnico Enderson Moreira soma agora 14 pontos, mais que o dobro do vice-líder Capivariano, que tem apenas seis pontos. A Portuguesa, que segue vivendo momento conturbado dentro e fora de campo, tem a mesma pontuação, na segunda posição do Grupo C.

Vindo de atuações de pouco brilho no Brasileirão e neste Estadual, Robinho foi o grande motor do Santos neste domingo. Aproveitando falhas da defesa da Lusa, o atacante explorou como pôde o lado esquerdo do ataque para marcar duas vezes e ainda dar passe açucarado para Cicinho. Todos os gols do time visitante saíram no primeiro tempo.

Com o placar folgado, o Santos reduziu o ritmo na segunda etapa, principalmente depois da expulsão de Alex Lima, que deixou a Portuguesa em situação ainda mais complicada na partida. Sem fazer maior esforço, o time santista administrou a vantagem e não se preocupou quando Jean Mota marcou o gol de honra da Lusa, aos 44.

Na próxima rodada, o Santos voltará ao Pacaembu, desta vez como mandante. O adversário do domingo que vem será o Linense.

O JOGO

Santos e Portuguesa fizeram um início de primeiro tempo promissor, com muita pegada e marcação no meio-campo. Não houve grandes lances e jogadas de maior categoria. Até que Robinho começou a fazer a diferença no Pacaembu, a partir dos 17 minutos ao marcar o primeiro gol da partida.

O atacante foi favorecido por grande visão de jogo do goleiro Vanderlei, que repôs a bola com rapidez e fez longo lançamento direto para Robinho, livre de qualquer marcação na ponta esquerda. Ele disparou até a área e bateu forte, quase no ângulo para abrir o marcador.

O lance, e a vacilada geral da defesa da Lusa, mudaram o rumo do jogo. As poucas investidas do Santos, com Lucas Lima, aos 10, e Victor Ferraz, aos 13, deram lugar a um volume de jogo mais forte. E, pressionada, a Portuguesa cometia mais erros.

A segunda falha decisiva dos visitantes aconteceu aos 31, em pênalti bobo sobre Robinho. O atacante estava praticamente fora de campo, na linha de fundo pela esquerda, quando foi derrubado. O próprio jogador foi para a cobrança e ampliou a vantagem com uma finalização rasteira no meio do gol.

O jogo ficou ainda mais aberto. Enquanto a Portuguesa se arriscava no ataque, o Santos partia para cima para aproveitar os espaços no ataque. E Robinho, incansável, não parava de atormentar a defesa da Lusa.

Aos 44, ele tabelou com Lucas Lima, novamente pela esquerda, e cruzou na cabeça de Cicinho, que não perdoou e anotou o terceiro do Santos. Cicinho, curiosamente, quase ficou fora da partida. Ele foi escalado de última hora para substituir Chiquinho, que sentiu dores durante o aquecimento.

Depois da correria no fim do primeiro tempo, o Santos tentou acalmar a partida no início da etapa final. A Portuguesa, por sua vez, queria acelerar no ataque. E, aos 10, criou uma de suas melhores chances de gol na partida. Edno pegou bem na bola e exigiu grande defesa de Vanderlei.

Mas, se a torcida da Lusa já se animava com o ligeiro crescimento do time, Alex Lima acabou com qualquer chance de reação ao levar o segundo cartão amarelo e deixar os visitantes com um a menos em campo, aos 13.

Com esta vantagem inesperada, o Santos tratou de trabalhar mais as jogadas, sem pressa. Mesmo assim, chegava ao ataque com facilidade. Robinho quase marcou de novo aos 17 e Ricardo Oliveira, no minuto seguinte, bateu de cobertura e quase venceu o goleiro Rafael Santos.

Enderson Moreira aproveitou o triunfo encaminhado para descansar Robinho, Renato e Geuvânio, que deram lugar a Gabriel, Elano e Marquinhos Gabriel. As mudanças pouco influíram no resultado da partida.

Aos 44, a Portuguesa deixou sua marca, em jogada de Edno. Ele bateu cruzado rasteiro, Vanderlei deu rebote na área e Jean Mota aproveitou a chance para mandar para as redes, dando números finais para o jogo. (Estadão)