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Françoise Amiridis, mulher do embaixador da Grécia no Brasil, Kyriakos Amiridis, teria ameaçado primo de PM de morte caso contasse algo sobre os planos (Foto: Jose Lucena/ Futura Press/ Estadão Conteúdo)

Eduardo Tedeschi de Melo, apontado pela polícia como um dos três suspeitos de matar e tentar ocultar o cadáver do embaixador grego Kyriakos Amiridis no Rio de Janeiro, afirmou em seu depoimento que Françoise Amiridis, esposa do diplomata, o ameaçou de morte caso falasse sobre os planos do crime a alguém. Eduardo é primo do PM Sérgio Gomes Moreira Filho, apontado como amante de Françoise e que teria sido responsável, segundo as investigações, por matar Kyriakos.


Nesta segunda-feira (2), a polícia grega e a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) continuarão as diligências para conseguir imagens do crime. Uma reunião realizada na manhã desta segunda-feira (2), antes de os policiais irem para a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense para continuar as investigações, define detalhes da cooperação.

"Vamos fazer um cronograma de diligências para que esses policiais gregos acompanhem", disse o delegado Rivaldo Barbosa, em entrevista ao Bom Dia Rio. As investigações, após a prisão de Françoise e do PM Sérgio Moreira, além do sobrinho, seguem principalmente na busca por imagens que possam ajudar a elucidar os últimos pontos do crime.

PM tentou apagar imagens
O PM da UPP fallet, preso suspeito de assassinar o embaixador da Grécia no Brasil, tentou apagar imagens de câmeras de segurança do circuito interno do condomínio onde o diplomata foi morto, em Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense.

A informação consta na decisão da Justiça do Rio, que determinou na noite de sexta-feira (30) a prisão não só do PM, como da amante do militar e mulher do embaixador, Françoise de Souza Oliveira, de 40 anos, e o primo do policial, Eduardo Tedeschi de Melo, de 24 anos. O PM não conseguiu apagar as imagens porque agentes da Polícia Civil conseguiram impedir.

Todos os três já foram encaminhados a presídios e ficarão acautelados por pelo menos 30 dias. Também na decisão, o juiz Felipe Carvalho da Silva ressaltou que nos depoimentos dos acusados pela polícia de matar Amiridis existem várias contradições.

Do G1