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Um temporal histórico matou seis pessoas e deixou debaixo d'água a cidade de Bahía Blanca, na província de Buenos Aires.

A chuva transformou ruas inteiras em rios, obrigando a suspensão das aulas e a interrupção do serviço de transporte público. Algumas das vias de acesso à cidade foram destruídas. O governo local classifica a ocorrência como "tragédia", com mais de mil habitantes desabrigados.

Hospitais e outros serviços também foram afetados.

Segundo o serviço meteorológico argentino, foram 300 mm de chuva registrados em apenas 5 horas, uma precipitação recorde na cidade para o mês de março. Mais chuvas estão previstas para o local nas próximas horas.

A fuligem das queimadas na Amazônia contribui para o derretimento das geleiras na Península Antártica, distante milhares de quilômetros, segundo estudo publicado na revista "Science Advances". A pesquisa revela ainda que embarcações turísticas na Antártida respondem por metade da fuligem que atinge a região.

Embora o aquecimento global seja a principal causa do degelo, aquecendo os oceanos e a atmosfera ao redor da Antártida, cientistas estão identificando novos fatores que aceleram esse processo, como a fuligem.

Desde os anos 1970, as queimadas na Amazônia e em outras regiões da América do Sul liberam até 800 mil toneladas de fuligem por ano na atmosfera — quase o dobro das emissões de fuligem geradas por combustíveis fósseis na Europa.

A fumaça carregada de fuligem sobe até 5 km de altitude e, impulsionada por ventos poderosos, percorre mais de 6 mil km até atingir a Península Antártica em menos de duas semanas.

Apenas partículas ultrafinas, invisíveis a olho nu e cerca de 100 vezes mais finas que um fio de cabelo, chegam às geleiras.

Ao pousar na neve, essas partículas aquecem o gelo, formando pequenas poças de água ao seu redor. Isso ocorre porque a fuligem, ou carbono negro, absorve calor intensamente devido à sua cor escura — assim como roupas pretas aquecem mais sob o sol — explica Márcio Cataldo, coautor do estudo da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Os cientistas já sabiam que a fuligem amazônica chegava à Antártida, mas as crescentes queimadas têm intensificado o fluxo e o impacto dessas partículas.

Ao menos 880 celulares foram furtados e roubados durante o pré-carnaval no estado de São Paulo, entre sábado (22) e domingo (23), segundo o levantamento da Secretaria da Segurança Pública.

Duas mulheres foram presas com 16 celulares furtados na tarde de domingo em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo. Os crimes aconteceram durante o Bloco Modo Surto, comandado pela cantora Luísa Sonza.

Um engenheiro contou à polícia que estava no bloco quando duas mulheres tentaram passar por ele e "ficaram fazendo zigue-zague em sua frente, como se não soubessem como passar", segundo o boletim de ocorrência.

Em seguida, as suspeitas passaram pelo engenheiro e o apertaram, cada uma de um lado. A vítima, então, percebeu que seu celular havia desaparecido do bolso.

Um avião da Latam que decolou do Aeroporto do Galeão, no Rio, em direção a São Paulo, precisou retornar após bater em um pássaro na manhã desta quinta-feira (20).

O bico da aeronave, um Airbus A321, ficou destruído. Duzentas pessoas estavam a bordo, e ninguém ficou ferido. O incidente é conhecido como “bird strike” na aviação.

Por meio de nota, a companhia aérea lamentou o incidente e informou que os passageiros estão sendo reacomodados em outros voos nesta quinta e na sexta-feira (21).

Em um post nas redes sociais, Jerome Cadier, CEO da Latam no Brasil, disse que a aeronave retornou em segurança.

“Posso apostar que a primeira ação na Justiça contra a companhia aérea, pedindo indenização por dano moral por cancelamento deste voo, vai chegar amanhã mesmo. E assim segue a aviação brasileira. A pergunta é: quem paga a conta?", questionou o CEO.

Um decreto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que suspendeu toda a ajuda externa americana congelou uma parceria que treinava brigadistas brasileiros para combater incêndios florestais.

Em janeiro, o republicano determinou que fossem suspensos, por 90 dias, todos os projetos que destinavam recursos para países estrangeiros. A justificativa foi a de que a ajuda externa dos EUA servia a "desestabilizar a paz mundial ao promover ideias" "contrárias a relações estáveis e harmoniosas" internas e entre as nações.

Entre os projetos afetados pelo decreto está o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil, que é executado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS, na sigla em inglês) desde 2021, em parceria com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) e outros órgãos do país.

O programa forma brigadistas e oferece capacitação técnica para profissionais que já atuam na linha de frente do combate aos incêndios florestais.

Todas as regiões da cidade de São Paulo, incluindo a Zona Leste que tem bairros alagados há mais de 5 dias, entraram em estado de atenção na tarde desta quinta-feira (6), segundo informações do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da prefeitura.

O primeiro estado de atenção foi decretado por volta de 18h30.

Moradores receberam alerta de chuva severa da Defesa Civil do estado sobre risco de alagamentos e enxurradas.

Segundo a Enel, por volta de 20h, mais de 142 mil imóveis estavam sem energia elétrica em São Paulo.

Um vídeo que viralizou na internet mostra uma gigantesca teia com dezenas de aranhas em São Tomé das Letras (MG), despertando curiosidade e até medo entre os internautas. Apesar de ser uma cena impressionante, não se trata de uma "chuva de aranhas", mas, sim, de uma “teia coletiva”. Segundo especialistas, este seria um comportamento comum da espécie Parawixia bistriata. (entenda abaixo)

As imagens foram gravadas no dia 27 de dezembro, por volta das 18h, horário em que as aranhas saem para tecer as teias. A repercussão alcançou inclusive outros países e, até esta quinta-feira (6), a publicação somava 264 mil visualizações e 11,5 mil curtidas.

Cláudio Maurício Vieira, coordenador da Divisão de Artrópodes do Instituto Vital Brazil, desmistifica o fenômeno, afirmando que o que aparece no vídeo é, na verdade, uma teia coletiva construída por um grande número de aranhas.

"Algumas espécies de aranhas constroem essas teias gigantes, que podem ser usadas de forma coletiva ao longo do ano ou em períodos específicos. Esse comportamento é uma estratégia para capturar grandes quantidades de alimento ou facilitar a reprodução", explicou Vieira em vídeo publicado pelo instituto.

 A espécie Parawixia bistriata é comum e inofensiva. Geralmente vive no Cerrado brasileiro, mas também é encontrada na Amazônia, Nordeste e Sudeste do Brasil. Fora do país, há registros na América Central.

O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, em inglês), agência responsável pela investigação de acidentes aéreos dos EUA, disse nesta quinta-feira (30) que encontrou as caixas-pretas do Bombardier CRJ700 da American Airlines, que colidiu com um helicóptero militar e caiu em Washington.

Segundo os investigadores, foram retirados do rio Potomac tanto o gravador de voz do cockpit quanto o gravador de dados de voo. Os equipamentos seguem agora para o laboratório do NTSB para avaliação.

As caixas pretas dos aviões são essenciais para ajudar a elucidar as causas de desastres aéreos e, assim, auxiliar na prevenção deles. Por exemplo: as caixas pretas do voo 447 da AirFrance, que caiu no Atlântico em 2009, puderam ser localizadas quase dois anos depois da queda da aeronave que fazia o trajeto Rio-Paris.

A China está transformando o deserto de Kubuqi, na Mongólia Interior (região autônoma ao norte do país), com um projeto ambicioso que mistura energia limpa e recuperação ambiental.

O local, antes conhecido como "mar da morte" por suas dunas áridas e ausência de vida, agora abriga um enorme complexo de painéis solares.

Apelidada de "Grande Muralha Solar", a iniciativa faz parte de um plano nacional para abastecer a capital Pequim e outras áreas urbanas com energia sustentável.

A meta é gigantesca: até 2030, o complexo terá 400 quilômetros de comprimento, 5 quilômetros de largura e será capaz de produzir até 100 gigawatts de energia.

 Até agora, já foram instalados cerca de 5,4 gigawatts, o equivalente a uma pequena cidade de médio porte em consumo energético.

O clima ensolarado, o terreno plano e a proximidade de centros industriais tornam Kubuqi uma região ideal para a começo da iniciativa.

As placas solares estão sendo montadas em faixas próximas ao rio Amarelo, também conhecido como Huang He ou Huang Ho (o segundo mais longo rio da China e o 6.º maior do mundo) entre as cidades de Baotou e Bayannur.

Os impactos das fortes chuvas que atingem o litoral de Santa Catarina causaram a abertura de uma cratera na BR-101, na altura do quilômetro 181 que corta a cidade de Biguaçu, na Grande Florianópolis. O trecho foi totalmente interditado na madrugada desta sexta-feira (17) e não há previsão de reabertura.

Um motociclista que tentou atravessar o trecho que já estava bloqueado teve o veículo engolido pelo buraco. O homem não se feriu, e o veículo foi retirado no início da manhã.

Equipes da concessionária responsável pelo trecho atuam na limpeza da via. Confira as alterações de trânsito e desvios na região:

Sentido Porto Alegre

Trecho afetado: do km 180 ao km 181;
Situação: bloqueio total no km 181;
Desvio: o desvio está sendo realizado pelo km 176.

Sentido Curitiba

Trecho afetado: do km 184 ao km 181;
Situação: bloqueio total no km 181;
Desvio: o desvio está sendo feito pelo km 218.
Motoristas podem optar pelo Contorno de Florianópolis como rota alternativa para evitar os trechos com maior congestionamento.

Chuvas em Santa Catarina

Cidades do Litoral Norte e da Grande Florianópolis sofrem desde a quinta-feira (17) com fortes chuvas que superaram os 200 milímetros em quase todas as duas regiões, que concentram cidades importantes como a capital, Balneário Camboriú, Itajaí, Camboriú, Itapema, Tijucas e Governador Celso Ramos.

O maior incêndio da história de Los Angeles transformou bairros inteiros em cinzas. Há centenas de desabrigados.

Entre eles, alguns brasileiros. Um homem que perdeu a casa e não quer se identificar conta o que viveu. Ele voltou ao lugar onde vivia para tentar salvar alguma coisa. "Venho aqui com uma pá, duas luvas, para tentar desenterrar alguma memória", diz.

O homem morava em Pacific Palisades, uma das regiões mais atingidas. "Nós saímos e inesperadamente nunca mais pudemos voltar", afirma.

"Com uma mangueira, a gente tentou extinguir o fogo. Só que o fogo espalhou muito rapidamente e, infelizmente, pela extensão da gravidade dessa queimada, o bombeiro que estava parado na frente da minha casa estava sem água. Foi muito triste", contou.

 Uma TV local registrou o momento em que uma brasileira fugia. Marisa trabalha como babá nos EUA.

"A polícia bateu no meu carro e disse: 'Sai daqui, se não vamos morrer queimados'", conta ela.

Mais de 6 mil km separam o Brasil da Namíbia, através do Oceano Atlântico. Contudo, a descoberta de petróleo na costa do país africano é vista com animação por aqui. Como a América do Sul e a África estiveram unidas há 115 milhões de anos, os continentes compartilham semelhanças geológicas que indicam a possibilidade da presença do combustível na Região Sul, mais precisamente na Bacia de Pelotas, entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

 Contexto: nos últimos anos, a Namíbia fez uma série de descobertas de petróleo. As estimativas são de que a costa do país tenha jazidas superiores a 10 bilhões de barris. As descobertas mais recentes aconteceram nos últimos oito anos, fazendo com que o interesse pela Bacia de Pelotas reacendesse devido à semelhança geológica entre ambas as regiões no passado.

Ainda não há a confirmação de que, de fato, exista petróleo na região. Mas as perspectivas coincidem com a busca de um "sucessor do pré-sal".

Na Bacia d Pelotas, especialistas preveem uma extração de petróleo semelhante à da Namíbia. Mas isso só deve acontecer caso todos os testes exploratórios, licenças ambientais e outros processos forem feitos com sucesso. Esse procedimento pode levar até o início da década de 2030. (Veja esses detalhes mais abaixo)

 O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Rodolfo Saboia, explica que o Brasil espera aumentar sua produção de petróleo até 2030, quando os níveis dos campos do pré-sal tenderão a cair. Nesse cenário, a Bacia de Pelotas se tornaria importante para a segurança energética do país.

"Grande parte da produção vem das bacias de pré-sal, e lá essa produção tende a cair, a declinar a partir de 2030. Então, a partir daí, o Brasil tem que fazer a seguinte escolha: ou ele busca as chamadas novas fronteiras, ou se torna importador de petróleo novamente. E entre essas novas fronteiras que nós vislumbramos, hoje existem duas grandes possibilidades: a famosa Margem Equatorial e a Bacia de Pelotas", diz Saboia.


1. O que a Namíbia tem a ver com isso?

Há cerca de 225 milhões de anos, todos os continentes que conhecemos hoje faziam parte de uma única massa terrestre: o supercontinente Pangeia

Há aproximadamente 180 milhões de anos, começou o processo de fragmentação da Pangeia, que deu origem a outros supercontinentes: Gondwana e Laurásia

Ou seja, a África e a costa da América do Sul compartilhavam a mesma geologia

Conforme o tempo passa, o supercontinente continua a se separar por causa do movimento das placas tectônicas

Por conta da descoberta recente no país africano e a similaridade geológica, o interesse pela Bacia de Pelotas voltou a crescer

Desta forma, especialistas acreditam que a Bacia de Pelotas tenha potencial de aumentar muito as reservas de petróleo num futuro próximo

 O professor do Departamento de Paleontologia e Estratigrafia do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Juliano Kuchle explica que a região da Namíbia tem "depósitos arenosos marinhos profundos" - formações sedimentares encontradas no fundo dos oceanos, compostas principalmente por areia.

Até cerca de uma década atrás, não havia indicativos da presença de petróleo na costa da Namíbia. Contudo, nos últimos anos, "foram descobertos reservatórios de petróleo de grande porte em camadas de rocha que datam entre 125 e 110 milhões de anos atrás", relata Kuchle.

Na mesma época em que essas camadas de rocha se formaram, o Sul do Brasil e o Uruguai estavam "colados" na Namíbia.

"Os continentes se separaram entre 115 e 120 milhões de anos atrás. O Gondwana – que era América do Sul, África, Austrália e Índia – estava todo junto. A separação abre um oceano, o Atlântico", conta Kuchle.

Ou seja, o mesmo nível de camadas de rocha que existe na Namíbia também existe por aqui.

"São ótimos reservatórios, muito semelhantes aos descobertos na Namíbia", comenta o professor.
As reservas da Namíbia resultaram nos campos de petróleo Graff, Rona, Jonker, Venus e Saturn Superfan, cujo volume pode ultrapassar 10 bilhões de barris, segundo estimativas. A partir dessas descobertas, reacendeu o interesse sobre a Bacia de Pelotas.

 "O que aconteceu? Uma bacia que sempre foi esquecida, com baixo grau de interesse, virou a sensação do Brasil", diz o professor da UFRGS.

2. Afinal, tem petróleo em Pelotas?
Ainda não se sabe. A eventual quantidade de petróleo na Bacia de Pelotas depende de estudos ainda em andamento. A região tem 44 blocos que são atualmente explorados pela Petrobras, a britânica Shell, a chinesa CNOOC e a americana Chevron.

"O que vai dar a palavra final é justamente o resultado dessa fase exploratória, de perfurações, de campanhas de perfuração que vão revelar o potencial confirmado de petróleo existente lá", afirma o diretor da ANP, Rodolfo Saboia.

Com base no que se observa na Namíbia, a expectativa é de que a Bacia de Pelotas também tenha grandes volumes de petróleo.

"Podem ser campos grandes. Podemos ter óleo de boa qualidade, dadas as indicações que vêm da Namíbia", analisa Kuchle.

3. Onde fica a Bacia de Pelotas?

Uma bacia de petróleo é uma região geológica onde grandes quantidades de petróleo e gás natural se acumulam. Essas bacias são formadas ao longo de milhões de anos através de processos geológicos complexos, incluindo a deposição de sedimentos orgânicos.

Por muitos anos, a Bacia de Campos, entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, foi a principal fonte de produção de petróleo do Brasil. Com o pré-sal, a Bacia de Santos, entre o Rio de Janeiro e Santa Catarina, obteve destaque.

A Bacia de Pelotas fica entre o extremo sul do Rio Grande do Sul, nos municípios de Chuí e Santa Vitória do Palmar, e o litoral sul de Santa Catarina. Ou seja, ela se estende por toda a costa gaúcha e o sul do litoral catarinense. Ao norte, ela se limita com a Bacia de Santos. Ao sul, faz "fronteira" com a Bacia de Punta del Este, no Uruguai.

Ao longo da história, foram feitas 19 perfurações de poços na Bacia de Pelotas. No entanto, nunca se encontrou petróleo na região.

"O último [poço] a ter sido perfurado foi em 2001. Os geólogos de petróleo buscavam um modelo que fosse semelhante ao que se encontrava em Campos, em Santos, em Espírito Santo. E aqui não tem a mesma coisa. Por isso, furava e não achava", comenta Juliano Kuchle.

 Novas pesquisas começaram a ser feitas em 2008, acentuadas nos últimos anos após a descoberta na África.

Os blocos da bacia ficam de 100 a 300 km da costa. A profundidade pode chegar a seis ou sete mil metros – de mar e rocha –, afirma Kuchle.

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