pombo

Um morador de Bauru (SP) morreu com suspeita da doença do pombo. A família afirma que ele começou a ser tratado com se tivesse uma enxaqueca e só após exames detalhados a doença foi identificada. No velório do eletricista Edson Fernandes Pereira, que tinha 38 anos, os parentes disseram que ele foi internado na semana passada com fortes dores na cabeça. “A gente levou ele no pronto-socorro e ele tomou duas ou três doses para enxaqueca, mas não resolvia”, conta o pai Joaquim Fernandes Pereira. O pai conta que o filho foi encaminhado ao Hospital de Base onde os médicos teriam pedido uma série de exames. “Aí que a gente conseguiu detectar o fungo do pombo. A doutora falou para mim que o fungo estava na cabelo dele, que dificilmente ele ia sobreviver”, completa o pai.  Joaquim disse que ele e o filho trabalharam alguns dias na Vila Industrial fazendo reparos nessas casas e que muitos pombos sempre estavam por perto. A equipe de reportagem foi até o local e constatou que realmente há várias pombas nos telhados das casas. “O pessoal tratava dos pombos e tinha bastante, jogava comida pra eles todo dia, esse faz pouco tempo, mas, não sei se foi de lá que ele adquiriu o vírus ou fungo, não sei da onde veio.” O capitão da Polícia Ambiental explicou que o pombo vive em área urbana por quatro condições favoráveis. “Alimento abundante, água sempre disponível, o acesso ao local que ele vai se abrigar e o abrigo pra fazer seu ninho e procriar”, alerta Nelson César Pereira. Para evitar a aproximação dos pombos é preciso estar atento a esses detalhes, mas, se as aves já estiverem instaladas é preciso contratar uma empresa especializada. “Empresas que tem esse tipo de conhecimento e autorização para esse fim pode capturar esse pombo, montar armadilhas e soltar em local adequado”, completa o capitão. O Hospital de Base de Bauru informou que não tem autorização expressa da família para falar sobre o caso. De acordo com os infectologistas são pelo menos 9 tipos de doenças transmitidas pelos pombos. As relacionadas com fungos são as de maior risco, mas têm tratamento se descobertas a tempo. Os sintomas são parecidos com os da pneumonia. Portanto, é importante que as pessoas relatem ao médico se estiveram em ambientes onde existem pombos.