Colors: Yellow Color

Cientistas britânicos afirmam que os humanos antigos aprenderam a produzir fogo há cerca de 400 mil anos — um salto de centenas de milhares de anos em relação às estimativas mais aceitas até agora. A conclusão vem de um estudo publicado nesta quinta-feira (12) na revista científica Nature e se baseia em evidências encontradas em um sítio arqueológico no leste da Inglaterra.

Até então, o uso controlado do fogo era atribuído a populações neandertais que viveram no norte da França há cerca de 50 mil anos. As novas descobertas empurram esse marco para muito mais atrás no tempo e reforçam a ideia de que habilidades técnicas e cognitivas complexas surgiram bem antes do que se imaginava.

 Vestígios de uma lareira pré-histórica

As evidências foram identificadas em Barnham, um sítio paleolítico no condado de Suffolk que é escavado há décadas. Pesquisadores liderados pelo Museu Britânico encontraram um conjunto de indícios que, analisados em conjunto, apontam para o uso intencional do fogo.

Entre eles estão um fragmento de argila cozida, machados de mão de sílex fraturados por calor intenso e dois pedaços de pirita de ferro — um mineral que produz faíscas quando friccionado contra o sílex. Esse último detalhe foi decisivo: a pirita não ocorre naturalmente na região, o que indica que foi coletada e levada até ali de forma deliberada.

Durante anos, cientistas souberam que alguns tipos de câncer não seguem o “ritmo esperado” de evolução. Em vez de acumular mutações lentamente, como acontece na maioria dos tumores, eles parecem dar saltos bruscos — mudam rápido, se adaptam e escapam dos tratamentos. Agora, um estudo liderado por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego ajuda a explicar por quê.

A pesquisa identificou a enzima responsável por iniciar a cromotripsia, um fenômeno em que um cromossomo inteiro se quebra em dezenas — às vezes centenas — de pedaços e é remontado de forma desordenada dentro da célula.

O resultado é um verdadeiro caos genético, que favorece o crescimento do câncer e sua resistência às terapias.

 O que é cromotripsia e por que ela assusta os cientistas

Em condições normais, alterações no DNA acontecem aos poucos. Já na cromotripsia, tudo ocorre de uma vez só, como se um livro fosse rasgado em dezenas de páginas e depois reencadernado fora de ordem.

Esse tipo de evento é considerado raro em células saudáveis, mas surpreendentemente comum em tumores. Estimativas indicam que cerca de um em cada quatro cânceres humanos apresenta sinais de cromotripsia. Em alguns tipos, como o osteossarcoma (um câncer ósseo agressivo), ela está presente em praticamente todos os casos.

Esse processo dá ao tumor uma vantagem evolutiva: com tantas alterações genéticas de uma só vez, as células cancerígenas podem encontrar rapidamente caminhos para driblar medicamentos e continuar se multiplicando.

O mistério: quem ‘quebra’ o cromossomo?
Apesar de a cromotripsia ter sido descrita há mais de dez anos, os cientistas ainda não entendiam como esse processo começava. Sabia-se apenas que ele estava ligado a falhas na divisão celular — o momento em que uma célula se divide em duas.

Em uma divisão normal, os cromossomos ficam organizados dentro do núcleo da célula, protegidos por uma espécie de “capa”. Mas, quando ocorre um erro, um cromossomo pode ficar isolado do resto e acabar preso dentro de uma estrutura menor e muito mais frágil, chamada micronúcleo.

Uma pesquisa realizada pela Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto (EERP-USP) apontou que a prática regular de meditação pode diminuir a dor crônica em mulheres com Disfunção Temporomandibular (DTM).

O estudo acompanhou 53 mulheres entre 18 e 61 anos ao longo de oito semanas e registrou melhora no limiar de dor, redução de marcadores inflamatórios e benefícios emocionais associados ao estresse e à sensibilidade dolorosa.

A Disfunção Temporomandibular (DTM) é uma condição que afeta as articulações responsáveis por abrir e fechar a boca e os músculos da mastigação. Pode causar estalos, dificuldade de mastigar, dores na mandíbula, cabeça e ouvido, além de impacto na rotina e na saúde mental.

 Segundo especialistas, é de duas a três vezes mais comum em mulheres e, quando se torna crônica, tende a alterar mecanismos do sistema nervoso central, ampliando a percepção da dor.

O estudo foi conduzido no Centro de Mindfulness e Terapias Integrativas da USP, e publicado no Journal of Oral Rehabilitation. Nele, os pesquisadores buscaram avaliar como a meditação de atenção plena, o "mindfulness", poderia ajudar mulheres que convivem com o problema.

Um telescópio no Chile capturou uma nova e impressionante imagem de uma majestosa e graciosa borboleta cósmica.

O NoirLab da Fundação Nacional de Ciência divulgou a imagem na quarta-feira (27).

Fotografada no mês passado pelo telescópio Gemini Sul, a Nebulosa Borboleta, cujo nome é bastante apropriado, está localizada a uma distância de 2.500 a 3.800 anos-luz na constelação de Escorpião. Um ano-luz equivale a 6 trilhões de milhas.

Um estudo inédito do MapBiomas revela que 107 mil hectares da Antártica estão atualmente sem gelo, o equivalente a 1% do continente com presença de vegetação.

O número pode parecer pequeno, mas é significativo em um continente, o mais isolado do planeta Terra, que historicamente permanece congelado.

O fenômeno tem intrigado pesquisadores. A Antártica – conhecida pelo gelo predominante em quase toda sua paisagem – está ficando mais verde.

Musgos, liquens e algas estão ocupando áreas que antes permaneciam congeladas. E, segundo cientistas, isso é mais um sinal de que as mudanças climáticas estão avançando rapidamente.

O levantamento analisou imagens de satélite entre 2017 e 2025 e é o primeiro a detalhar, em escala continental, como essas áreas estão mudando.

 Para identificar zonas sem gelo e mapear a vegetação, além de dados de satélite Sentinel-2, a equipe utilizou algoritmos e um índice que detecta atividade de fotossíntese.

O Dia da Antártica é celebrado nesta segunda-feira (1º), data em que é comemorado o 66º aniversário da assinatura do Tratado da Antártica.

Dois em cada três suplementos avaliados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apresentam algum tipo de irregularidade. O levantamento mais recente da agência mostra falhas em ingredientes, doses e validade, além de produtos sem testes de pureza e estabilidade, etapas obrigatórias para garantir a segurança de consumo.

A alta taxa de reprovação —65% dos suplementos analisados até julho de 2025— expõe a fragilidade do controle sanitário em um mercado que movimenta bilhões de reais por ano, impulsionado por promessas de bem-estar, performance e emagrecimento.

Mesmo diante desse cenário, a Anvisa prorrogou até 2026 o prazo para que as empresas se adequem às normas de segurança e qualidade, originalmente previstas para entrar em vigor neste ano.

Médicos e nutricionistas ouvidos pelo g1 afirmam que o uso indiscriminado desses produtos, aliado à ausência de fiscalização efetiva, expõe os brasileiros a riscos hepáticos, cardiovasculares, renais e hormonais.

“Encontramos falhas em dois terços dos produtos avaliados. Isso mostra que o setor ainda não está em conformidade com o padrão de segurança exigido”, afirmou a gerente de regularização de alimentos da Anvisa,Patrícia Ferrari Andreotti, em audiência pública na Câmara dos Deputados, em setembro de 2025.

Jimmy Cliff, lenda do reggae, morreu aos 81 anos. De acordo com um comunicado divulgado pela mulher do cantor, Latifa, o músico sofreu uma convulsão seguida de pneumonia.

"É com profunda tristeza que compartilho que meu marido, Jimmy Cliff, faleceu devido a uma convulsão seguida de pneumonia. Sou grata à sua família, amigos, colegas artistas e companheiros de trabalho que compartilharam essa jornada com ele", escreveu.

"A todos os seus fãs ao redor do mundo, saibam que o apoio de vocês foi sua força durante toda a carreira. Ele realmente valorizava cada fã pelo amor que recebia. Também gostaria de agradecer ao Dr. Couceyro e a toda a equipe médica, que foram extremamente solidários e prestativos durante este processo difícil", continua a nota.

Jimmy Cliff é considerado um dos pioneiros do reggae e responsável por levar o gênero ao cenário internacional. O músico jamaicano ganhou dois Grammy com os álbuns Cliff Hanger (1985) e Rebirth (2012) – esse último também apareceu na lista dos “50 Melhores Álbuns de 2012” da Rolling Stone.

Segundo o comunicado, que leva a assinatura de Latifa, Lilty e Aken, pede privacidade e afirma que novos detalhes serão anunciados posteriormente. "Jimmy, meu querido, que você descanse em paz. Vou seguir seus desejos. Espero que todos possam respeitar nossa privacidade nesses tempos difíceis. Mais informações serão fornecidas posteriormente. Nos vemos, e nós vemos você, Lenda".

Quem convive com ansiedade já ouviu conselhos como dormir bem, cuidar da alimentação e se exercitar.

Entre essas recomendações, a corrida se destaca: não é apenas um treino para o corpo, mas também um aliado poderoso da mente — e a ciência explica por quê.

Passar pelos primeiros quilômetros de corrida — ou até pelos primeiros minutos, dependendo da sua experiência — não é fácil: o corpo reclama, o coração dispara, a respiração fica curta, as pernas pesam.

Enquanto isso, o organismo trabalha: uma série de reações fisiológicas e psicológicas entram em ação, liberando substâncias que fazem com que a recompensa valha a pena, segundo pesquisadores.

Um dos levantamentos mais amplos já realizados sobre o tema, a revisão "A Scoping Review of the Relationship between Running and Mental Health" (em português, "Uma revisão exploratória da relação entre corrida e saúde mental"), analisou 116 estudos sobre corrida e saúde mental publicados entre 1970 e 2019.

O trabalho concluiu que sessões de corrida — mesmo curtas, entre 10 e 60 minutos — estão associadas à melhora do humor, da ansiedade e dos sintomas depressivos.

Os autores destacam que tanto a corrida recreativa quanto treinos regulares têm potencial de reduzir estresse e aumentar o bem-estar psicológico, embora níveis muito altos de prática (como em maratonistas ou corredores compulsivos) possam gerar efeitos negativos.

Durante a corrida, o corpo e o cérebro entram em ação de formas complexas, liberando substâncias químicas que ajudam a reduzir a ansiedade e promovem sensação de prazer e bem-estar.

De acordo com Marco Túlio de Mello, professor titular do Departamento de Esportes da UFMG, uma das primeiras substâncias liberadas é a beta-endorfina.

"A beta-endorfina atua principalmente na redução da dor, ajudando a diminuir impactos negativos, como microlesões que podem ocorrer durante o exercício. Mas muitas pessoas acreditam que a sensação de prazer vem diretamente dela. Na verdade, ela funciona como um gatilho para a liberação de dopamina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e satisfação", explica.

A morte explosiva de uma estrela — uma supernova — é um dos eventos cósmicos mais violentos, mas o modo exato como essa catástrofe acontece ainda era um mistério. Agora, cientistas observaram pela primeira vez os estágios muito iniciais de uma supernova, em que uma estrela massiva explodiu em um formato curioso, parecido com uma azeitona em pé.

Os pesquisadores usaram o Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu do Sul, baseado no Chile, para observar a supernova, que envolveu uma estrela com cerca de 15 vezes a massa do Sol. Ela estava em uma galáxia chamada NGC 3621, a aproximadamente 22 milhões de anos-luz da Terra, na direção da constelação de Hidra.

  Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano: 9,5 trilhões de quilômetros.

Determinar a forma dessas explosões sempre foi difícil por causa da rapidez com que ocorrem, o que exigiu ação imediata neste caso. A explosão foi detectada em 10 de abril de 2024, pouco depois de o astrofísico Yi Yang, da Universidade Tsinghua, na China, desembarcar de um longo voo para São Francisco. Horas depois, Yang enviou um pedido formal para direcionar o VLT à supernova — e o pedido foi aceito.

Com isso, os pesquisadores conseguiram observar a explosão apenas 26 horas após a detecção inicial e 29 horas depois de o material interno da estrela atravessar sua superfície.

O que eles viram foi uma estrela condenada cercada, em seu equador, por um disco pré-existente de gás e poeira. A explosão empurrou o material para fora do núcleo estelar, distorcendo sua forma até se parecer com uma azeitona em pé. Notadamente, a explosão não fez a estrela se despedaçar de forma esférica. Em vez disso, o material foi expelido violentamente por lados opostos da estrela.

O ator americano Tom Cruise foi ovacionado por grandes nomes de Hollywood, que se reuniram na noite de domingo (16) para premiá-lo com um Oscar honorário, a primeira estatueta dourada de sua carreira.

"Escrever um discurso de quatro minutos para celebrar os 45 anos de carreira de Tom Cruise é o que se chama nesta cidade de missão impossível", brincou o mexicano Alejandro González Iñárritu, que dirigiu Cruise no filme "Judy", que será lançado em 2026.

Ao som da inconfundível trilha sonora de "Missão Impossível", saga que marcou a carreira do ator americano, Cruise, 63 anos, subiu ao palco do Salão Dolby de Hollywood sob aplausos entusiasmados de colegas como Colin Farrell e Emilio Estévez, com quem já contracenou, assim como do lendário Steven Spielberg, que o dirigiu em "Minority Report" e "Guerra dos Mundos".

Muito emocionado, o astro agradeceu o reconhecimento.

"Meu amor pelo cinema começou desde muito jovem", disse a estrela, que descreveu a tela da sétima arte como o espaço que despertou "uma fome de aventura, uma fome de conhecimento, uma fome de compreender a humanidade, de criar personagens, de contar uma história, de ver o mundo".
"Abriu meus olhos", completou.

Adquirir remédios falsificados e ver o quadro de saúde só piorar pode parecer uma situação vista mais na ficção, como no enredo da novela Três Graças. Mas em países de baixa e média renda, 1 em cada 10 produtos médicos em circulação é falsificado ou subpadronizado (de qualidade inferior), de acordo com os dados mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Como o Brasil é um país de média-alta renda, de acordo com o Banco Mundial, essa estatística não se aplica a nós e não há um ranking de falsificação global. Ainda assim, o tema preocupa órgãos de saúde brasileiros, principalmente quando se trata de medicamentos vendidos pela internet.

Na novela das 21h, a personagem Lígia, vivida por Dira Paes, sofre de uma doença rara chamada hipertensão arterial pulmonar (HAP) e toma medicamentos distribuídos gratuitamente pela Fundação Ferette, comandada por Murilo Benício.

O vilão recebe de laboratórios a doação de remédios verdadeiros, mas os substitui por placebos feitos de farinha, produzidos numa fábrica clandestina que ele mesmo monta. Já os remédios verdadeiros são revendidos no mercado paralelo, por um valor abaixo da tabela e com pagamento em dinheiro vivo.

No Brasil da vida real, produtos mais caros, como canetas emagrecedoras, toxina botulínica e remédios para câncer, estão entre os mais frequentemente encontrados na lista de medicamentos falsificados, segundo o Conselho Federal de Farmácia (CFF). Além da falsificação, muitas vezes, esses produtos também são importados irregularmente ou são objeto de roubo.

Ao ingerir medicamentos falsificados, o paciente – além de não melhorar - pode ter uma piora do quadro de saúde, sofrer intoxicação, interações medicamentosas não esperadas e diversas alterações no organismo, como da pressão arterial e dos níveis de glicose.

O Festival MixBrasil, maior evento cultural LGBT+ da América Latina, que acontece de 12 a 23/11 em diversos espaços culturais da capital paulista, acaba de anunciar a programação da sua 33a edição. Este ano o evento apresenta 142 filmes de 33 países e de 18 estados brasileiros e 1 série Nacional – a maioria inédito em São Paulo – 8 espetáculos teatrais; experiências XR vindas de diversos; artes visuais; literatura; games; conferência, show do Gongo e a grande novidade desta edição, uma Mostra Competitiva de filmes feitos com Inteligência Artificial.