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Especialistas apontam que a recuperação de mais de 1,7 mil hectares queimados por um incêndio, que teve início no dia 22 de agosto em Pompeia (SP), pode levar até 100 anos.

A área pertence a três fazendas localizadas entre a cidade e o distrito de Paulópolis, e abrange reservas de mata, áreas de pastagem e cercas.

O zootecnista Mário Basto é gestor de uma dessas áreas. Ele explicou, em entrevista ao g1, que as chamas já foram basicamente extintas e que sobraram apenas brasas em troncos de árvores e regiões de mata muito densas e de difícil acesso.

A Defesa Civil de SP, por meio do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), emitiu um alerta de risco elevado de incêndios para todo o estado de São Paulo até quinta - feira (26).

A região do centro-oeste paulista, que teve queimadas ativas e áreas com risco máximo para incêndios na primeira semana de setembro, permanece em alerta pelas altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar (URA), principalmente no período da tarde, previstas para esta semana. O alerta também afeta cidades das regiões de São José do Rio Preto, Araçatuba, Itapetininga, Sorocaba e Jundiaí.

O Mapa de Risco de incêndio, que é uma das ferramentas tecnológicas que auxiliam a Defesa Civil no monitoramento de queimadas em vegetação durante o período da estiagem, indica grau máximo de risco em quase todas as faixas do estado.

O Brasil registra um recorde no número de queimadas neste ano e, diante disso, o governo federal decidiu ampliar e instituir novas multas para quem provocar incêndios florestais e em outras vegetações no país. O decreto foi publicado nesta sexta-feira (20), refletindo a pressão sobre a administração para prevenir e combater as queimadas.

Na semana passada, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, havia pontuado a necessidade de punir mais severamente quem provoca as queimadas e comparou os casos investigados de incêndios criminosos a “terrorismo ambiental”.

A primavera de 2024 irá começar no Brasil em 22 de setembro e a estação promete ser intensa. Os meteorologistas estão atentos à formação do fenômeno La Niña, que pode bagunçar o caminho costumeiro das chuvas de primavera e interferir na recuperação agrícola após a estiagem severa dos últimos meses.

Quando não há presença de fenômenos atípicos, a primavera no país é marcada pelo aumento gradual das chuvas e do calor em todas as regiões, com exceção do Nordeste, onde o tempo fica seco e as temperaturas muito altas.

Já o La Niña, que ocorre a partir do resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico, costuma inverter essa lógica, fazendo chover muito mais no Norte e no Nordeste enquanto a região Sul fica mais quente e seca.

Um levantamento do MapBiomas mostra que o Brasil perdeu o equivalente ao território da Paraíba em queimadas só no mês de agosto. Os dados são do Monitor do Fogo, que foi criado em 2019, e mostram que o país nunca tinha tido um cenário tão grave quanto o registrado no último mês.

 Se compararmos agosto de 2024 com agosto de 2023, a alta foi de 149%, em números, um salto de 3,3 milhões de hectares. Um a cada quatro deles estão em áreas de pastagens, usadas para a pecuária.

Um dos estados mais afetados, São Paulo, foi decisivo para o número se tornar tão alarmante, uma vez que o estado teve 86% das queimadas de 2024 concentradas em agosto, quase 90% em áreas de agropecuária.

A fumaça que cobre o país vem, principalmente, de onze estados e do Distrito Federal (DF), de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O mapa do fogo mostra que, nestas unidades da federação, o total de focos de incêndio mais que dobrou entre 1º de janeiro e 10 de setembro, na comparação com o mesmo período do ano passado.

O fogo é usado não só para o desmatamento, mas nos processos agropecuários, como limpeza e renovação de pastos. Todos os anos, de julho a agosto, o país enfrenta a temporada do fogo, principalmente na Amazônia, o que castiga quem mora na região, que fica sufocada com a fumaça.

No entanto, este ano, a situação é diferente. Como revelou o g1, o Brasil vive uma seca nunca antes vista em sua história recente, e o fogo mais que dobrou em quase metade dos estados do país, espalhando a fumaça. No Sudeste, por exemplo, todos os estados mais do que dobraram os índices. (Entenda mais abaixo)

A região da Amazônia enfrenta uma crise ambiental histórica, com queimadas fora de controle, agravadas pela seca extrema que assola a região.

Em agosto, uma nuvem de fumaça encobriu vastas áreas do bioma e se espalhou por pelo menos 11 estados do país, alcançando milhares de quilômetros de distância, diz análise da WWF-Brasil.

Com base nos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estudo demonstra que somente até o dia 27 de agosto, foram registrados 28.697 focos de queimadas na Amazônia, um aumento alarmante de 83% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram identificados 15.710 focos.

Esse número também supera em 38% a média dos 10 anos anteriores, que vai de 2014 a 2023. Com isso, o total de queimadas em 2024 já alcançou 53.620 focos, um crescimento de 80% comparado a 2023, e o maior número registrado para o período desde 2010.

A Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu um alerta específico nesta terça-feira (27) para o Oceano Pacífico. O secretário-geral da ONU, António Guterres, divulgou um relatório - baseado em medições - que indica que o mar, em algumas localidades do Pacífico, subiu 15 centímetros nos últimos 30 anos.

O Brasil não é apontado especificamente neste relatório que trata das medições recentes, mas duas cidades do RJ foram lembradas em um outro documento da ONU que reuniu estimativas e análises diversas sobre o impacto do aumento do nível dos mares.

As cidades brasileiras aparecem listadas no documento divulgado na segunda-feira (26) com o título: "Surging Seas in a warming world: The latest science on present-day impacts and future projections of sea-level rise" (Mares em elevação em um mundo em aquecimento: a ciência mais recente sobre os impactos atuais e as projeções futuras da elevação do nível do mar, em tradução livre).

A situação do céu tem sido assunto em diferentes cidades brasileiras nos últimos dias.

Mas seja em Porto Alegre, a capital mais ao sul do país, ou em Manaus, no norte, a causa do fenômeno é a mesma: queimadas em regiões da Amazônia ou do Pantanal no Brasil e em países vizinhos.

Além do Pantanal, a Amazônia tem batido recorde de queimadas neste ano.

No último dia 13 de agosto, a FioCruz Amazônia chegou a recomendar o uso de máscaras com sistema de filtragem especial (N95 ou PFF2) no "período crítico de exposição à fumaça" em Manaus.

"O que mais preocupa este ano em relação aos anteriores é que não se sabe, ao certo, se o que está acontecendo é simplesmente uma antecipação do período crítico ou se, realmente, este ano, teremos um período mais longo de exposição à fumaça tóxica, já que o pico da poluição em 2023 foi em outubro. Seria algo inusitado e extremamente preocupante, pois estenderia o sofrimento da população e traria consequências muito piores", disse o epidemiologista Jesem Orellana, da FioCruz, no anúncio da recomendação.

O governo da Grécia emitiu novas ordens de evacuação nas imediações de Atenas nesta segunda-feira (12) devido aos incêndios florestais que se aproximam rapidamente da capital.

Apesar dos esforços para conter as chamas, as autoridades do Serviço de Proteção Civil já determinaram a saída de moradores de mais de 25 cidades e vilarejos, segundo a agência de notícias Reuters.

"As forças da Proteção Civil lutaram duramente durante toda a noite, mas, apesar dos esforços sobre-humanos, o fogo continua sua rápida propagação", declarou o porta-voz dos bombeiros, Vassilis Vathrakogiannis, à imprensa.

De acordo com a agência AFP, com o agravamento do cenário, nesta segunda, o governo grego pediu ajuda à União Europeia para o combate ao fogo.

Após dias quentes, a chegada de uma nova frente fria deve mudar o tempo em São Paulo e mais Estados do Centro-Sul do Brasil, provocando frio e queda de temperaturas. Segundo a empresa Climatempo, a mudança já será sentida a partir da noite de quarta-feira, 7. O ar frio vai começar a entrar primeiro na região Sul, avançando a partir de sexta-feira, 9, sobre o Sudeste.

“A semana que começou quente e seca ainda sobre grande parte do País vai terminar com uma queda mais acentuada nas mínimas e máximas e entre a sexta-feira e o fim de semana, vamos voltar a sentir frio”, projeta e empresa de meteorologia.

O Papa Francisco disse neste domingo (4) que está “preocupado” com a Venezuela, durante a tradicional reza na Praça de São Pedro.

 Depois de comentar o evangelho do dia, o pontífice costuma fazer referência a eventos atuais. Neste domingo, ele pediu paz para o Oriente Médio, Myanmar e para a Venezuela.

Ele disse que o país “está em uma situação crítica”, mas não tomou partido nem pelo governo, nem pela oposição.