Uma nova pesquisa mostra que um revestimento 100 vezes mais fino que um fio de cabelo humano pode ser aplicado por “jato de tinta” na sua mochila, celular ou teto do carro para aproveitar a energia do sol, em um desenvolvimento que pode reduzir a necessidade mundial de fazendas solares que ocupam grandes áreas de terra.

 Cientistas do departamento de física da Universidade de Oxford desenvolveram um material ultrafino que absorve luz e é flexível o suficiente para ser aplicado na superfície de quase qualquer edifício ou objeto — com potencial para gerar quase o dobro da quantidade de energia dos painéis solares atuais.

A tecnologia chega em um momento crítico para o boom da energia solar, já que as mudanças climáticas causadas pelo homem estão aquecendo rapidamente o planeta, forçando o mundo a acelerar sua transição para energia limpa.

Veja como funciona: o revestimento solar é feito de materiais chamados perovskitas, que são mais eficientes na absorção da energia solar do que os painéis à base de silício amplamente utilizados hoje. Isso porque suas camadas de absorção de luz conseguem capturar uma faixa mais ampla de luz do espectro solar do que os painéis tradicionais. E mais luz significa mais energia.

Os cientistas de Oxford não são os únicos a produzir esse tipo de revestimento, mas o deles é notavelmente eficiente, capturando cerca de 27% da energia solar. Os painéis solares atuais que usam células de silício, em comparação, normalmente convertem até 22% da luz solar em energia.

Sempre podemos observar as tempestades, mas não conseguimos ver o que acontece dentro delas.

Durante a formação da tormenta, trilhões de partículas de pólen são sugadas para as nuvens. E, quando ela acontece, a chuva, os raios e a umidade dividem todo esse pólen em fragmentos cada vez menores, que são lançados para a Terra e atingem o sistema respiratório das pessoas.

No dia 21 de novembro de 2016, por volta das seis horas da tarde, o ar adquiriu características mortais em Melbourne, na Austrália.

Os telefones de emergência começaram a tocar. Pessoas com dificuldade de respirar começaram a procurar os hospitais em grandes números. A demanda por ambulâncias foi tão grande que os veículos não conseguiam retirar as pessoas imobilizadas em suas casas.

Os serviços de pronto atendimento atenderam oito vezes mais pessoas com problemas respiratórios do que o normal. E as internações hospitalares de pessoas asmáticas foram cerca de 10 vezes mais altas do que o habitual.

Ao todo, 10 pessoas morreram, incluindo uma estudante de direito com 20 anos de idade, que morreu no gramado de casa, aguardando a ambulância, enquanto sua família tentava ressuscitá-la.

Um sobrevivente contou que respirava normalmente e, em questão de 30 minutos, ficou ofegante em busca de ar. "Foi absurdo", declarou ele aos repórteres, no seu leito hospitalar.

O professor e cientista especializado em saúde ambiental Paul Beggs, da Universidade Macquarie em Sydney, na Austrália, relembra bem o incidente.

"Foi um evento de massa absoluto. Sem precedentes. Catastrófico", descreve ele. "As pessoas em Melbourne, os médicos, enfermeiros e as pessoas nas farmácias – ninguém sabia o que estava acontecendo."

Logo ficou claro que aquele foi um caso massivo de "asma de tempestade". Ela ocorre quando certos tipos de tempestades decompõem as partículas de pólen no ar, liberando proteínas e as lançando sobre as pessoas sobre a superfície, sem que elas saibam.

Essas proteínas dispersas de forma generalizada podem causar reações alérgicas em algumas pessoas, mesmo as que não sofreram de asma anteriormente.

Eventos como a asma de tempestade que atingiu Melbourne são um exemplo extremo de como o pólen das plantas e as alergias que ele causa são dramaticamente alterados pelas mudanças climáticas.

Com o aumento das temperaturas, muitas regiões (especialmente os Estados Unidos, a Europa e a Austrália) vêm observando que as alergias sazonais, agora, afetam uma parcela maior da população, por períodos mais longos e com sintomas mais graves, segundo os cientistas.

Neste ano, previsões indicam que os níveis de pólen em 39 Estados americanos ficarão acima da média histórica da estação. E os especialistas alertam que esta situação provavelmente só irá se agravar nos próximos anos.

O pólen é uma parte essencial e onipresente do nosso mundo. Suas partículas microscópicas passam por entre as plantas e permitem a sua reprodução.

Enquanto algumas plantas espalham seu pólen com a ajuda dos insetos, outras dependem do vento. Elas emitem imensas quantidades da substância em pó pelo ar.

Muitas espécies de árvores, gramas e ervas dependem da dispersão do pólen pelo vento. São estas as maiores causadoras das alergias sazonais – a chamada febre do feno.

A alergia ocorre quando o nosso sistema imunológico, por erro, identifica o pólen como uma substância nociva. Ele, então, aciona uma reação normalmente reservada para vírus ou bactérias patogênicas. Os sintomas comuns podem incluir coriza, irritação nos olhos e espirros.

AGÊNCIA BRASIL – Estudo feito por pesquisadores da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) mostra que a água da chuva pode estar contaminada por agrotóxicos e que o uso desta água para fins de abastecimento da população deve ser feito com cautela.

A pesquisa, publicada no periódico científico Chemosphere, coletou e examinou amostras de três cidades paulistas: Campinas, Brotas e a capital São Paulo. Nos três locais, a água da chuva estava contaminada com agrotóxicos. A coleta ocorreu no período de agosto de 2019 a setembro de 2021.

Campinas apresentou a maior concentração de agrotóxicos (herbicidas, fungicidas e inseticidas), com 701 microgramas por metro quadrado (µg/m²), seguindo-se Brotas, com 680 µg/m2, e São Paulo, com 223 µg/m².

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PolíticaProjeto permite reprovação de alunos no ano escolar por mau comportamento
Projeto permite reprovação de alunos no ano escolar por mau comportamento
Leonardo dos Santos
Leonardo dos Santos
23 de abril de 2025
Atualizado: 23 de abril de 2025
O mau comportamento será definido como ações que violem as normas internas da escola (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
O mau comportamento será definido como ações que violem as normas internas da escola (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
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Deu entrada na Câmara dos Deputados, em Brasília, o projeto de lei 4.608/2024, que permite que as instituições de ensino, públicas e privadas, reprovem alunos caso apresentem comportamento considerado inadequado, independentemente do desempenho acadêmico.

Um novo exame anual será realizado pelo governo federal para avaliar a qualidade do cursos de medicina no Brasil. A mesma prova também poderá ser utilizada por quem quiser tentar vagas de residência médica.

O Ministério da Educação (MEC) afirma que o novo Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) terá como objetivos:

avaliar a qualidade da formação médica oferecida por cerca de 300 cursos de medicina em 200 municípios do Brasil;
ajudar na seleção de alunos para cursos de residência médica por meio do Exame Nacional de Residência Médica (Enare), na modalidade acesso direto.
A estimativa é que participem 42 mil estudantes concluintes, além de médicos já formados que desejarem tentar vagas por meio do Enare (atualmente o Enare é a porta de entrada para 1/4 de todas as vagas de residência no país).

O cronograma prevê que a prova seja aplicada ainda em outubro deste ano e que os resultados estejam disponíveis no início de dezembro.
O Enamed vai utilizar matriz de referência e instrumentos de avaliação teórica desenvolvida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Por Brandon Withrow- BBC

As folhas de outono estalavam sob nossos pés enquanto eu e dezenas de turistas entusiasmados seguíamos um guia por um monte coberto de grama. Paramos na entrada de um círculo gramado, formado por outra muralha de terra.

Estávamos em um lugar chamado O Octógono, parte das Obras Cerimoniais de Terra dos Hopewell, uma vasta rede de montes construídos manualmente que se estende pelo centro e sul de Ohio, nos Estados Unidos, e que foi erguida há aproximadamente 2 mil anos.

Povos indígenas percorriam centenas de quilômetros até o Octógono, reunindo-se regularmente para realizar cultos e rituais.

"Ali havia uma cabana de suor ou algum tipo de espaço de purificação", disse nosso guia, Brad Lepper, arqueólogo principal do Programa de Patrimônio Mundial da organização Ohio History Connection (OHC, na sigla em inglês), apontando para o círculo.

Olhei para dentro e vi a grama impecavelmente aparada. Uma bandeira alta marcava um buraco no centro — porque, entre 1910 e 2024, o Octógono foi utilizado como campo de golfe.

Mas, em 1º de janeiro de 2025, esse sítio antigo e enigmático reabriu suas portas a visitantes pela primeira vez em mais de cem anos.

Todos esses montes cerimoniais pré-históricos de Ohio foram construídos pelo que hoje se conhece como cultura Hopewell — uma rede de sociedades indígenas americanas que se reunia nessa região vinda de lugares tão distantes quanto Montana e o Golfo do México, entre aproximadamente 100 a.C. e 500 d.C., conectadas por rotas comerciais.

Os montes que ergueram em Ohio têm formas variadas —círculos, quadrados, octógonos— que frequentemente se conectam entre si. Só recentemente os arqueólogos começaram a compreender a sofisticação dessas maravilhas da engenharia.

Construídas com notável precisão matemática e com base em alinhamentos astronômicos complexos, essas são as maiores formações geométricas do mundo que não foram criadas como fortificações ou estruturas defensivas. E, embora a maioria das pessoas nunca tenha ouvido falar desses sítios nem de seus construtores, isso pode estar prestes a mudar.

Insuficiência cardíaca e um AVC foram as causas da morte do papa Francisco, afirmou nesta segunda-feira (21) o Vaticano.

Morte do papa
Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, morreu aos 88 anos às 2h35 pelo horário de Brasília, 7h35 pelo horário local, desta segunda-feira (21). As informações foram confirmadas pelo Vaticano.

O pontífice, que ocupou o cargo máximo da Igreja Católica por 12 anos, se recuperava de uma pneumonia nos dois pulmões após ter ficado 38 dias internado. Ele morreu em seu apartamento, na residência de Santa Marta, na Cidade do Vaticano, onde vivia desde sua eleição em 2013.

"O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino", diz comunicado oficial.

Um grupo de alunos do Sesi de Barra Bonita (SP) desenvolveu um coletor de amostras de água inovador, sustentável e de baixo custo. A criação, feita durante um evento anual de robótica, foi pensada para substituir equipamentos importados e caros, e já será utilizada em ações de monitoramento do Rio Tietê em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica.

 A ideia nasceu no laboratório da escola, mas ganhou sentido na prática. Os estudantes participaram de um dia de coleta no trecho do Rio Tietê que passa por Barra Bonita e demonstraram como funciona o equipamento, que permite separar amostras de água e de fitoplâncton com mais precisão.

“A gente consegue coletar as amostras de água e de fitoplâncton, onde a gente consegue separá-las por meio de uma divisória e uma rede filtrante de 20 micros que a gente coloca nessa parte. Quando os biólogos forem colocar essas amostras de água nos tubos de ensaio, é só eles desrosquearem a parte superior e colocarem as amostras de água no tubo de ensaio e as amostras de fitoplâncton ficam separadas na parte inferior, que tem um filtro embaixo, onde ele separa somente os fitoplânctons”, explicou o aluno Luiz Felipe Petrizzi.
O fitoplâncton é um conjunto de algas microscópicas, invisíveis a olho nu, e para coletar esse tipo de material geralmente são necessários dois instrumentos diferentes: a garrafa de Van Dorn e uma rede de coleta específica.

“O custo atual é de R$ 12 mil, porque precisa de dois coletores. É muito caro. E também é muito difícil de eles conseguirem esses instrumentos por causa do custo, além de eles serem importados", detalhou o aluno Antonio Carvalho Vettorazzo.

A maioria dos adultos apresenta regularmente sintomas de estresse, desde dor de cabeça até ansiedade.

Embora um pouco de estresse possa ser útil, o estresse crônico causa danos ao nosso corpo.

Especialistas em saúde afirmam que ele pode contribuir diretamente para uma série de distúrbios psicológicos e fisiológicos, prejudicando a saúde mental e física e diminuindo a qualidade de vida.

Mas é possível assumir o controle desta narrativa — e transformar o estresse em uma fonte de resiliência, em vez de exaustão.

O que é estresse?
O estresse é uma resposta natural que prepara o corpo para reagir a desafios e demandas.

Ele desencadeia a liberação de hormônios que preparam o corpo para enfrentar uma situação difícil pela frente.

A curto prazo, esta reação pode aumentar o foco e melhorar o desempenho.

Mas o estresse prolongado leva a sérios problemas de saúde, incluindo ansiedade, doenças cardíacas e baixa imunidade, de acordo com a Associação Americana de Psicologia.

Fatores que provocam estresse — incluindo trabalho, problemas financeiros e relacionamentos pessoais — são frequentemente inevitáveis, mas a principal diferença está na duração do estresse. O estresse agudo é de curto prazo e pode ser benéfico, enquanto o estresse crônico gera uma tensão duradoura no corpo.

Estresse agudo x estresse crônico
"O estresse agudo é uma resposta de curto prazo a uma situação específica e, em alguns casos, pode ser útil", diz a psicoterapeuta Rachel Vora, membro da Associação Britânica de Terapia e Psicoterapia (BACP, na sigla em inglês), à BBC.

"Ele aciona a resposta de 'luta ou fuga', liberando adrenalina e cortisol, que podem melhorar o foco e oferecer um reforço temporário ao sistema imunológico."

Quando gerenciado adequadamente, o estresse agudo não causa danos duradouros — e pode ajudar as pessoas a responder de forma eficaz aos desafios imediatos. Já o estresse crônico gera uma tensão prolongada no corpo.

O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (21/04) a morte do papa Francisco.

No domingo (20/40), o pontífice participou das celebrações de Páscoa na Praça de São Pedro.

Ele disse algumas breves frases, mas teve sua tradicional mensagem de Páscoa lida por um clérigo assistente na sacada da Basílica de São Pedro.

No texto, Francisco lembrou de diversos conflitos que acontecem pelo mundo e destacou que "a paz é possível".

Ao lembrar da Páscoa — data que marca a ressurreição de Jesus Cristo — o papa disse que "o amor triunfou sobre o ódio, a luz sobre as trevas e a verdade sobre a falsidade".

"O perdão triunfou sobre a vingança. O mal não desapareceu da história; permanecerá até o fim, mas não tem mais predomínio; não tem mais poder sobre aqueles que aceitam a graça deste dia."

Num outro trecho, o papa observou "a grande sede de morte, de matar" que "testemunhamos todos os dias nos muitos conflitos que assolam as diferentes partes do nosso mundo".

"Quanta violência vemos, muitas vezes até mesmo dentro das famílias, dirigida contra mulheres e crianças! Quanto desprezo é, por vezes, despertado para com os vulneráveis, os marginalizados e os migrantes."

"Neste dia, gostaria que todos nós renovássemos a esperança e renovássemos a nossa confiança nos outros, incluindo aqueles que são diferentes de nós, ou que vêm de terras distantes, trazendo costumes, modos de vida e ideias desconhecidos! Pois todos somos filhos de Deus."

"Gostaria que renovássemos a nossa esperança de que a paz é possível", escreveu o papa.

Talvez você ainda não tenha ouvido falar da colina. Mas estudos demonstram que ela é fundamental para a nossa saúde, em várias etapas da vida.

A colina não é vitamina, nem mineral. É um composto orgânico vital para o funcionamento saudável do sistema nervoso humano.

Existem, agora, novas evidências que demonstram que o aumento do consumo de colina pode trazer diversos efeitos poderosos. Eles variam desde o aumento do desempenho cognitivo até a proteção contra distúrbios do desenvolvimento neurológico, incluindo o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) e a dislexia.

O nutriente também parece desempenhar papel significativo no neurodesenvolvimento humano.

Em um estudo, mães que tomaram suplementos de colina durante a gravidez deram à luz bebês com maior velocidade de processamento de informações, o que é uma medida do funcionamento cognitivo saudável.

Os cientistas afirmam que a colina é um nutriente maravilhoso, que foi imensamente subestimado.

Mas de onde vem a colina? E será que estamos conseguindo quantidade suficiente desta substância?

As populares "estrelas cadentes" rasgam o céu durante a madrugada e garantem um belo espetáculo para quem decidir dormir tarde — ou acordar cedo — para observá-las.

Conhecidos oficialmente como chuvas de meteoros, esses fenômenos têm data para acontecer — e alguns deles são mais visíveis em certas partes do globo, a depender da posição das constelações no céu, a ausência de nuvens e a fase da Lua naquela determinada noite.

Astrônomos ouvidos pela BBC News Brasil destacam cinco chuvas de meteoros que valem a pena ser observadas a partir do Hemisfério Sul: a Eta-Aquáridas, a Delta-Aquáridas do Sul, a Geminídeas, a Oriônidas e a Leônidas.

 Mas quando elas vão acontecer? E qual a melhor maneira de vê-las? Confira no guia abaixo as principais informações sobre esses eventos astronômicos.

O que são chuvas de meteoros?

Os meteoros nada mais são do que o rastro dos cometas — grandes objetos feitos de poeira e gelo que surgiram a partir da formação do Sistema Solar há 4,6 bilhões de anos.

"Os cometas têm uma órbita ao redor do Sol que é muito mais demorada e alongada. Essas pedras de gelo ficam muito afastadas, na periferia do Sistema Solar", explica o astrônomo Thiago Signorini Gonçalves, diretor do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

 "As órbitas deles são alteradas de tal forma que eles são 'jogados' na direção do Sol. Mas daí o Sol funciona quase como um estilingue, que acelera os cometas de volta e os arremessa onde estavam anteriormente", complementa o especialista.

Neste fim de semana tem dois feriado inclusos, sendo na Sexta-Feira Santa (18) e segunda-feira de Tiradentes (21). Com isso, muitas pessoas aproveitam para viajar, o que faz com que o fluxo aumente, com mais de 5 milhões veículos nas rodovias do estado de São Paulo, segundo a Artesp. Só no interior de SP, as concessionárias estimam um fluxo de quase 2 milhões de veículos.

Na região centro-oeste paulista, a Rodovias Tietê, responsável pelo corredor leste da Rodovia Marechal Rondon, divulgou que cerca de 512 mil veículos devem trafegar no local.

 A Triunfo Transbrasiliana, responsável pela BR-153, espera espera mais de 180 mil veículos durante o feriado prolongado.

Em Marília, a Entrevias, responsável pela Rodovia Dona Leonor Mendes de Barros (SP-333), estima que 571 mil veículos viagem neste local, significando um aumento de 21% do tráfego do normal.

Já a Arteris ViaPaulista, que tem rodovias que passam por Barra Bonita e Botucatu, espera mais de 707 mil veículos durante os feríados de Páscoa e Tiradentes, resultando em um aumento de 4% do tráfego normal.

O Corinthians anunciou na tarde desta quinta-feira (17) a demissão do técnico Ramón Díaz. O argentino de 65 anos não resistiu ao mau desempenho do time nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro e foi comunicado de seu desligamento em reunião realizada no centro de treinamento do Parque Ecológico. Dorival Júnior é o favorito para substituí-lo.

A decisão foi tomada pela diretoria apenas três semanas após a conquista do Campeonato Paulista, o primeiro título da agremiação desde 2019. O triunfo sobre o arquirrival Palmeiras teve grande celebração da torcida e do próprio clube, que produziu um documentário sobre a decisão, mas não ofereceu grande sobrevida a Díaz.

Ramón e seu filho, Emiliano, que dividia com o pai as tarefas na condução da equipe, eram questionados internamente desde o ano passado. Balançavam em seus cargos até a sequência de nove vitórias que tirou o Corinthians da zona de rebaixamento do Brasileiro e o levou à fase preliminar da Copa Libertadores.

Na competição continental, porém, o time fracassou. Eliminado pelo Barcelona-EQU, deixou o principal torneio da América do Sul e passou a disputar a secundária Copa Sul-Americana -com apenas um ponto em dois jogos até aqui. No Brasileiro, são quatro pontos em quatro rodadas.

A morte de uma menina de 8 anos após inalar desodorante aerossol por conta de um desafio de rede social voltou a chamar a atenção para a importância de monitorar o que menores de idade acessam na internet.

O óbito de Sarah Raissa Pereira de Castro foi confirmado no domingo (13). Ela tinha sido hospitalizada na quinta-feira (10), após ser encontrada desacordada pelo avô ao lado de um celular, um frasco de desodorante e uma almofada encharcada pelo produto.

Este não foi o primeiro caso do tipo: em março, a menina Brenda Sophia Melo de Santana, de 11 anos, morreu pelo mesmo motivo.

As principais redes sociais dizem que só permitem usuários com mais de 13 anos de idade, mas são facilmente usadas por que está abaixo dessa faixa etária. Ainda assim, elas oferecem ferramentas de supervisão para pais.

Também é possível monitorar a atividade de crianças e adolescentes por meio de recursos do sistema operacional. O Google e a Apple permitem definir limites de tempo de uso e bloquear acesso a certos sites e aplicativos no Android e no iPhone, respectivamente.

Até mesmo os gênios são humanos.

Albert Einstein pode ser o pai da teoria da relatividade, e o físico que explorou e explicou a gravidade e a luz. Mas até ele, às vezes, não tinha fé em suas próprias teorias.

Essa insegurança o levou a cometer alguns erros.

A 'maior mancada'
Enquanto trabalhava em sua teoria da relatividade geral, os cálculos de Einstein sugeriam que a gravidade faria o Universo se contrair ou expandir, o que contrariava a visão aceita na época de que o Universo era estático.

Assim, em seu artigo de 1917 sobre a relatividade geral, Einstein inseriu uma "constante cosmológica" em suas equações para neutralizar efetivamente o impacto da gravidade, aderindo assim à ortodoxia de que o Universo era estático.

Em 2025, a tradicional encenação da Via Sacra Ao Vivo em Ibitinga, realizada pelo Grupo de Teatro Bom Jesus, celebra 44 anos de história e traz novidades para o público. Com novas roupagens nos figurinos, cenários e efeitos especiais, o evento promete mais realismo para os espectadores.

A Via Sacra Ao Vivo, que foi criada em 1982 com o objetivo de refletir sobre a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, conta com a participação de cerca de 300 pessoas, entre artistas e organizadores.

O espetáculo, organizado pelo Grupo de Teatro Bom Jesus, é uma realização da Prefeitura da Estância Turística de Ibitinga, por meio das Secretarias de Cultura e Turismo, com a promoção da TV TEM.

 A encenação será marcada por novos cenários e um mecanismo especial que dá mais realismo à cena da crucificação. Outro ponto de destaque será a ressureição de Jesus, com efeitos pirotécnicos emocionantes.

A primeira apresentação aconteceu em Arealva, no dia 12 de abril, e a seguir, a encenação será realizada em Ibitinga, com diversas datas e locais, como o Teatro Municipal Darcy de Biazi e o Pavilhão de Exposições Dr. Licínio Hilmar de Oliveira Arantes.

Há quatro anos, um fotógrafo e cientista social de Marília (SP) foi motivado pelas más condições de moradia dos moradores do Conjunto Habitacional Paulo Lúcio Nogueira, conhecido como prédios da CDHU, divulgadas pela imprensa, a quebrar um estigma da cidade: o de que aquele lugar era perigoso.

Seu objetivo era entender quem eram as pessoas que viviam ali, num local que, segundo engenheiros e perícias, corria risco de desabar a qualquer momento.

As visitas e entrevistas com os moradores resultaram em um trabalho hipermídia que começa com uma exposição de fotos, com abertura marcada para às 16h deste sábado (12), na Galeria de Artes de Marília (SP).

O projeto se desdobra ainda em publicações nas redes sociais com a história por trás de cada imagem, e culmina em um documentário que será exibido na estreia da exposição. (Saiba mais ao final da reportagem.)

Em entrevista ao g1, o fotógrafo Marcelo Sampaio, de 51 anos, com mais de duas décadas de carreira, contou que o interesse pelo local começou quando surgiram as primeiras notícias sobre as condições precárias de moradia.

Carne de porco frita no azeite, mostarda dijon artesanal, hambúrguer com blend especial, queijo coalho selado na chapa, maionese de alho assado, abacaxi caramelizado no melaço de cana e, para finalizar, um parmesão ralado: esse é o ‘Brasileirinho’, a receita especial destaque feita por uma hamburgueria de Botucatu (SP).

O prato foi apresentado nesta terça-feira (8) em uma competição organizada pelas Chefs Brasil em São Paulo (SP) e recebeu, além de elogios do Chef Roberto Ravioli , o 2º lugar dentre diversos restaurantes de todo o estado.

Matheus Moreira, proprietário e apaixonado pela gastronomia contou, em entrevista ao g1, como foi a experiência de representar o interior de São Paulo, além de seus esforços para se tornar uma grande referência dos ‘burguers’.

Equipes de resgate encontraram na manhã deste domingo (13) o corpo de um piloto de paraglider que estava desaparecido desde o sábado (12), depois de sofrer um acidente durante o voo em Botucatu (SP).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o corpo foi localizado por volta das 9h30, em uma área de mata. Equipes estão no local aguardando a liberação da perícia para retirada do corpo.

De acordo com informações da Defesa Civil, a vítima foi identificada como Valdir Laércio Felício de 61 anos, morador de Porangaba (SP).

 Ainda conforme a Defesa Civil, o acidente teria acontecido por volta das 12h do sábado na região serrana conhecida como Base da Nuvem. A vítima teria sofrido uma queda de aproximadamente 70 metros.

Nas últimas duas décadas, uma área na Zona Leste de São Paulo — uma das regiões mais populosas da cidade — viu brotar uma verdadeira floresta onde antes só havia entulho e um terreno degradado.

Com o plantio de dezenas de milhares de árvores, o agora Parque Linear Tiquatira virou um refúgio de lazer e atividade física para os moradores do local, que fica na Vila São Geraldo, na divisa entre os distritos da Penha e do Cangaíba.

Mais que isso, a existência dessa enorme área verde numa região densamente populada ajuda a lidar com o calor, segundo cientistas e frequentadores, e atrai para a região muitas espécies de aves e outros seres vivos, que não eram vistos ali há muito tempo.

E todo esse projeto começou com a iniciativa de uma pessoa: Hélio da Silva.

Aos 73 anos, ele é mais conhecido como "o plantador de árvores", graças ao trabalho que tomou para si nos últimos 22 anos.

Nesse período, Silva plantou mais de 41 mil mudas, todas devidamente registradas em fichários e cadernos, e motivou a criação desse parque linear na capital paulista.

Teimosia para vencer a resistência

Silva nasceu na cidade de Promissão, no interior paulista, e mudou-se para a capital com a família na infância, quando tinha oito anos de idade.

Ele mora na Zona Leste da cidade há 65 anos e fez carreira como executivo de importantes empresas do setor açucareiro.

Antes de ir para o trabalho todas as manhãs, Silva gostava de fazer caminhadas pelo Tiquatira. À época, o local tinha apenas um gramado e algumas árvores esparsas .

"Numa dessas andanças, percebi que a região estava ficando cada dia mais degradada. Aos poucos, o Tiquatira virava um depósito de lixo, surgiam minicracolândias, pessoas usavam o local como um motel a céu aberto, comerciantes aproveitavam para transformar os terrenos em estacionamentos de carros", lista ele.

 

Numa manhã de novembro de 2003, ele teve uma ideia.

"Falei para a minha esposa: vou mudar tudo aqui nos próximos dez anos", projetou ele.

"Ela me perguntou o que eu ia fazer. E disse: vou trazer de volta as árvores que existiam aqui há 150 ou 200 anos."

Silva relata que foi totalmente desencorajado pela família e pelos amigos. Não é que eles não gostassem da ideia, só achavam uma iniciativa dessas poderia incomodar e representar até um risco à segurança dele próprio.

"Mas pensei: se acontecer tudo o que eles falavam, ou seja, iriam me agredir, destruir as árvores, o poder público e os comerciantes viriam me ameaçar, é aí que faria mesmo", lembra ele.

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Silva viajou para o interior paulista e comprou as primeiras 200 mudas de árvores para iniciar o projeto.

"Depois de três ou quatro meses do plantio, todas haviam sido destruídas."

A mesma cena se repetiu na segunda tentativa, quando ele espalhou 400 mudas pelo Tiquatira.

"E o pessoal me falava: 'Está vendo? Falamos que iam destruir tudo. E agora, o que você vai fazer?'", relata ele.

"Bem, agora eu vou plantar 5 mil árvores", respondeu à época.

Silva confessa que via esse desafio como um "gatilho", uma "provocação". A cada árvore destruída, ele sentia a necessidade de plantar mais duas, três ou quantas fossem necessárias para que os opositores da ideia desistissem.

Surge um novo parque
Após vencer essas primeiras resistências — e as árvores finalmente terem paz para crescer e prosperar — Silva começou a articular apoios para dar continuidade ao projeto.

Nessa época, ele conheceu um personagem relevante nessa história: Eduardo Jorge, que foi secretário do Meio Ambiente de São Paulo entre 2005 e 2012, durante as prefeituras de José Serra e Gilberto Kassab.

Em entrevista à BBC News Brasil, Jorge conta que a sua gestão promoveu uma "agenda de adaptação" às mudanças climáticas — e uma das ações era justamente expandir as áreas verdes da cidade.

O então secretário conheceu Silva no início de sua gestão na secretaria, durante uma feira comercial de produtos orgânicos, onde acabou convidado a visitar o Tiquatira.

"Eu fui e vi que ele já havia começado a plantar por iniciativa própria, com coragem e determinação. A depender da administração da vez, o projeto que ele havia começado era acolhido e visto com bons olhos; em outras, achavam que ele estava invadindo uma área pública", avalia Jorge.

"Nós passamos a incentivar o que ele estava fazendo no Tiquatira", pontua o ex-secretário.

Jorge detalha que orientou os agrônomos e as subprefeituras que atuam nessa parte da Zona Leste de SP a terem "boa vontade, em vez de prejudicar o trabalho" de Silva.

"Com isso, ele conseguiu acelerar ainda mais o plantio. Hoje, o Tiquatira é o maior parque linear dentro da cidade de São Paulo", comemora o ex-secretário.

 O termo "parque linear" refere-se ao tipo de área verde que tem mais comprimento que largura.

No caso do Tiquatira, falamos uma "faixa verde" de 3 km de extensão e 192 mil m² de área que margeia um córrego de mesmo nome. Ele começa nas imediações da Marginal Tietê e segue até a Avenida São Miguel.

Aliás, o local foi oficialmente reconhecido como parque pela prefeitura em 2008 — embora a densidade atual da vegetação já faça muitos (incluindo o próprio Silva) a considerarem o local uma floresta urbana.

Segundo os registros de Silva, na época da oficialização do parque ele havia plantado cinco mil árvores. Atualmente, essa conta já ultrapassa a casa das 40 mil.

Vale destacar aqui que não existe nenhuma lei na cidade de São Paulo que proíba um cidadão de plantar uma árvore numa área pública ou particular.

No entanto, a prefeitura orienta que as pessoas interessadas em fazer isso solicitem uma autorização junto aos órgãos componentes.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente possui, inclusive, um manual para ajudar a escolher a espécie mais indicada para cada local.

Urbanizar a Mata Atlântica
Silva diz que sempre teve como objetivo trazer a Mata Atlântica — um dos seis biomas brasileiros, ao lado de Caatinga, Cerrado, Pantanal, Amazônia e Pampa — de volta à maior metrópole brasileira.

"A partir da urbanização, a Mata Atlântica foi expulsa, chutada para longe. Mas aqui é o lugar dela. Talvez não seja o nosso lugar, mas garanto que é o dela."

Não custa lembrar que a Mata Atlântica é o bioma mais devastado do Brasil. Essa região é o lar de 72% da população do país e concentra 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Mesmo assim, restam apenas 24% da Mata Atlântica original. Disso, apenas 12% são consideradas áreas de floresta madura e bem preservada.

Vista aérea do TiquatiraCrédito,Vitor Serrano/BBC News Brasil tivo de importantes empresas do setor açucareiro.

Antes de ir para o trabalho todas as manhãs, Silva gostava de fazer caminhadas pelo Tiquatira. À época, o local tinha apenas um gramado e algumas árvores esparsas .

"Numa dessas andanças, percebi que a região estava ficando cada dia mais degradada. Aos poucos, o Tiquatira virava um depósito de lixo, surgiam minicracolândias, pessoas usavam o local como um motel a céu aberto, comerciantes aproveitavam para transformar os terrenos em estacionamentos de carros", lista ele.

 

Numa manhã de novembro de 2003, ele teve uma ideia.

"Falei para a minha esposa: vou mudar tudo aqui nos próximos dez anos", projetou ele.

"Ela me perguntou o que eu ia fazer. E disse: vou trazer de volta as árvores que existiam aqui há 150 ou 200 anos."

Silva relata que foi totalmente desencorajado pela família e pelos amigos. Não é que eles não gostassem da ideia, só achavam uma iniciativa dessas poderia incomodar e representar até um risco à segurança dele próprio.

"Mas pensei: se acontecer tudo o que eles falavam, ou seja, iriam me agredir, destruir as árvores, o poder público e os comerciantes viriam me ameaçar, é aí que faria mesmo", lembra ele.

Silva viajou para o interior paulista e comprou as primeiras 200 mudas de árvores para iniciar o projeto.

"Depois de três ou quatro meses do plantio, todas haviam sido destruídas."

A mesma cena se repetiu na segunda tentativa, quando ele espalhou 400 mudas pelo Tiquatira.

"E o pessoal me falava: 'Está vendo? Falamos que iam destruir tudo. E agora, o que você vai fazer?'", relata ele.

"Bem, agora eu vou plantar 5 mil árvores", respondeu à época.

Silva confessa que via esse desafio como um "gatilho", uma "provocação". A cada árvore destruída, ele sentia a necessidade de plantar mais duas, três ou quantas fossem necessárias para que os opositores da ideia desistissem.

Surge um novo parque
Após vencer essas primeiras resistências — e as árvores finalmente terem paz para crescer e prosperar — Silva começou a articular apoios para dar continuidade ao projeto.

Nessa época, ele conheceu um personagem relevante nessa história: Eduardo Jorge, que foi secretário do Meio Ambiente de São Paulo entre 2005 e 2012, durante as prefeituras de José Serra e Gilberto Kassab.

Em entrevista à BBC News Brasil, Jorge conta que a sua gestão promoveu uma "agenda de adaptação" às mudanças climáticas — e uma das ações era justamente expandir as áreas verdes da cidade.

O então secretário conheceu Silva no início de sua gestão na secretaria, durante uma feira comercial de produtos orgânicos, onde acabou convidado a visitar o Tiquatira.

"Eu fui e vi que ele já havia começado a plantar por iniciativa própria, com coragem e determinação. A depender da administração da vez, o projeto que ele havia começado era acolhido e visto com bons olhos; em outras, achavam que ele estava invadindo uma área pública", avalia Jorge.

"Nós passamos a incentivar o que ele estava fazendo no Tiquatira", pontua o ex-secretário.

Jorge detalha que orientou os agrônomos e as subprefeituras que atuam nessa parte da Zona Leste de SP a terem "boa vontade, em vez de prejudicar o trabalho" de Silva.

"Com isso, ele conseguiu acelerar ainda mais o plantio. Hoje, o Tiquatira é o maior parque linear dentro da cidade de São Paulo", comemora o ex-secretário.

 O termo "parque linear" refere-se ao tipo de área verde que tem mais comprimento que largura.

No caso do Tiquatira, falamos uma "faixa verde" de 3 km de extensão e 192 mil m² de área que margeia um córrego de mesmo nome. Ele começa nas imediações da Marginal Tietê e segue até a Avenida São Miguel.

Aliás, o local foi oficialmente reconhecido como parque pela prefeitura em 2008 — embora a densidade atual da vegetação já faça muitos (incluindo o próprio Silva) a considerarem o local uma floresta urbana.

Segundo os registros de Silva, na época da oficialização do parque ele havia plantado cinco mil árvores. Atualmente, essa conta já ultrapassa a casa das 40 mil.

Vale destacar aqui que não existe nenhuma lei na cidade de São Paulo que proíba um cidadão de plantar uma árvore numa área pública ou particular.

No entanto, a prefeitura orienta que as pessoas interessadas em fazer isso solicitem uma autorização junto aos órgãos componentes.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente possui, inclusive, um manual para ajudar a escolher a espécie mais indicada para cada local.

Urbanizar a Mata Atlântica
Silva diz que sempre teve como objetivo trazer a Mata Atlântica — um dos seis biomas brasileiros, ao lado de Caatinga, Cerrado, Pantanal, Amazônia e Pampa — de volta à maior metrópole brasileira.

"A partir da urbanização, a Mata Atlântica foi expulsa, chutada para longe. Mas aqui é o lugar dela. Talvez não seja o nosso lugar, mas garanto que é o dela."

Não custa lembrar que a Mata Atlântica é o bioma mais devastado do Brasil. Essa região é o lar de 72% da população do país e concentra 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Mesmo assim, restam apenas 24% da Mata Atlântica original. Disso, apenas 12% são consideradas áreas de floresta madura e bem preservada.

Mas o que significa "urbanizar a Mata Atlântica", como pretende Silva?

"Isso representa um resgate de nossa própria humanidade, de um convívio saudável com a natureza. Precisamos pensar a partir desse lugar, a metrópole de São Paulo, que está inserida na Mata Atlântica. Urbanizar então é devolver ao local esse direito [de ter mais áreas verdes]", responde o biólogo Cesar Pegoraro, mobilizador da causa Água Limpa da ong SOS Mata Atlântica.

"Manter uma área verde como essa [o Tiquatira] traz uma série de vantagens para o ambiente urbano e muitos incrementos à qualidade de vida das pessoas. Ter biodiversidade perto de onde moramos é muito importante para a estabilidade humana", complementa ele.

O especialista destaca como povoados, cidades e civilizações inteiras se instalaram em regiões com rios e natureza — e como essa troca com os recursos naturais foi, é e sempre será importante para a nossa espécie.

Para transformar o Tiquatira numa área densamente vegetada, Silva foi estudar um pouco de agronomia, para entender como otimizar esse trabalho.

"É preciso plantar a árvore certa no lugar certo", reforça ele.

Uma das estratégias que ele adota até hoje é a de plantar uma espécie frutífera a cada 12 mudas que vão para a terra. Todas elas são típicas da Mata Atlântica.

"Desde o primeiro dia foi assim. Essa é uma maneira de atrair pássaros, de atrair vida", explica ele.

Hoje em dia, basta fazer uma breve caminhada pelo Tiquatira para ver e ouvir dezenas de espécies de aves — frequentadores já avistaram até tucanos, que voam do Parque Várzeas do Tietê, que fica nas proximidades, até ali.

"Esses animais são grandes disseminadores de sementes e ajudam muito a plantar e espalhar as árvores", nota Silva.

Outro ser vivo que passou a aparecer com frequência na região foram as cigarras.

Quando a reportagem da BBC News Brasil visitou o Tiquatira pela primeira vez em novembro de 2024, o período de acasalamento desses insetos havia terminado há pouco e era possível ver centenas de carapaças deles nos troncos das árvores.

Mudanças profundas
Após duas décadas de trabalho e 40 mil árvores plantadas, Silva entende que a região está absolutamente transformada.

"A principal coisa que aconteceu aqui foi o resgate da autoestima das pessoas. Eu sinto o prazer que elas têm ao caminhar no parque", observa ele.

Quem circula pelo Tiquatira faz uma avaliação parecida.

Mariana, de 27 anos, realizava uma caminhada no parque quando parou para conversar com a reportagem da BBC News Brasil.

Ela diz que se sente feliz de ter uma área verde próxima de casa para se exercitar.

"As pessoas passaram a frequentar muito mais o parque. Agora ele está bonito e bem estruturado. Abriram mais comércios ao redor, então temos mais bares e restaurantes, que atraem muita gente", observa ela.

Mariana também diz que o Tiquatira ganhou uma importância na vida cotidiana dela. "Esse é um lugar que venho para desestressar, fazer amizades, conhecer as pessoas e observar os bichinhos que passam por aqui", lista ela.

Já Neide, que circula por essa região de São Paulo há 37 anos e mantém uma barraca onde vende bebidas e alguns petiscos no parque, afirma que "não trocaria o Tiquatira por nada".

"Esse lugar representa meu trabalho, meus amigos, as várias pessoas que conheci e amo", confessa ela.

Um refúgio contra o calor
O surgimento dessa verdadeira floresta urbana também ajuda a lidar com problemas cada vez mais frequentes relacionados às mudanças climáticas, como as ondas de calor.

A física Regina Maura de Miranda, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (Each-USP) explica que as áreas verdes "são extremamente importantes em regiões urbanas".

"Parques, hortas, paredes com plantas, qualquer espaço com vegetação, todos são sempre bem-vindos", contextualiza ela.

"Isso se deve principalmente ao conforto térmico. Temos muitas evidências científicas que mostram que bairros arborizados apresentam temperaturas mais amenas."

A pesquisadora lembra que a Zona Leste de SP é uma das áreas mais impermeabilizadas da cidade.

"E quando vemos mapas de temperatura de superfície, essa região apresenta uma tendência de ter temperaturas mais altas", compara ela.

Os frequentadores do parque veem isso na prática.

"Quando chego no parque, já percebo um frescor. Quando estou no asfalto, nas ruas, mesmo nas proximidades, sinto muito mais calor", relata Mariana.

"Eu gosto de vir para o Tiquatira porque aqui é frequinho e isso ajuda a aliviar esse calorzão", complementa ela.

"Se não fossem essas árvores que fazem sombra, estaria bem pior o calor aqui", concorda Neide.

Os próximos passos
Silva ainda vai praticamente todos os dias no Parque Tiquatira e continua a plantar árvores — desde o início do projeto, ele custeou do próprio bolso a compra das mudas e de todos os insumos necessários, como adubo e fertilizantes.

"É muito gostoso plantar uma árvore. E mais gostoso ainda é vê-la crescer e te olhar. Enquanto nós conversamos aqui, elas escutam tudo o que dizemos", acredita ele.

Silva tem o costume de dialogar com as árvores — e diz que houve respostas, sempre no tempo das plantas.

O plantador de árvores deseja superar a marca de 50 mil mudas na terra do Tiquatira. Mas não acha que chegar a essa marca representará um fim do trabalho.

Ele também articula a instalação de pequenas bibliotecas públicas ao longo do parque, para que as pessoas possam pegar livros emprestados.

E ainda aceita os muitos convites para conversas e palestras, particularmente em escolas, onde deseja inspirar uma nova geração de plantadores de árvores.

"Eu já fiz um trato com Deus: não vou morrer, vou virar uma árvore."

"O dia que você quiser conversar comigo, basta vir aqui e falar. E talvez eu até te responda… Só não vale ficar com medo e sair correndo", brinca ele.

 

 

Da BBC News Brasil em Londres

Duas equipes do Sesi de São Paulo vão representar o Brasil no World Festival, o campeonato mundial de robótica que será realizado em Houston, nos Estados Unidos.

A equipe Biotech, de Barra Bonita (SP), garantiu vaga de forma inédita ao conquistar o na etapa nacional da mesma competição.

Já a equipe Megazord, de Jundiaí (SP), se classificou após ser campeã nas duas regionais da First Robotics Competition e vai para a disputa internacional com um robô projetado para agilidade e precisão.

Conquista Inédita

A equipe Biotech já participou de oito mundiais, mas esta será a primeira vez que disputa o World Festival em Houston.

A orientadora de educação digital e técnica da equipe há 14 anos, Ana Maria Papili Pagini, explica que alcançar essa conquista, a equipe obteve o 1º lugar no Champions Award no Regional e o 2º lugar no Champions Award na etapa Nacional, garantindo, assim, a classificação.

Segundo Ana Maria, o feito representa muito mais que uma premiação.

“Essa conquista tem um grande significado tanto para a Rede Sesi quanto para a equipe Biotech, pois reflete não apenas o talento e o esforço individual e coletivo dos membros da equipe, mas também o impacto positivo do Sesi na formação de jovens talentos.”

A equipe é formada por seis integrantes, uma técnica e mais dois profissionais de apoio. Todos estão com a viagem programada com dois dias de antecedência em relação ao evento, que será realizado entre os dias 16 e 19 de abril.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar as caudas de um incêndio que destruiu três ônibus estacionados na garagem de uma empresa de transportes no bairro Jardim Nova Jaú, em Jaú (SP).

O incêndio foi registrado no sábado (5) e a empresa responsável, a Viação Jauense, estima um prejuízo de R$ 600 mil. (Veja abaixo a nota da empresa na íntegra).

De acordo com a Polícia Civil, não houve registro de feridos. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu controlar as chamas, mas os veículos foram destruídos.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram a intensidade do incêndio.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), a perícia foi acionada e o caso encaminhado para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaú.

Em nota publicada nas redes sociais, a Viação Jauense, lamentou o ocorrido. (Leia abaixo).

Começou a preparação para o show da Lady Gaga no Rio de Janeiro. A cantora vai se apresentar no dia 3 de maio e, nesta segunda (07), a praia de Copacabana já recebe a estrutura que será usada na montagem do palco. Os organizadores esperam um público superior a 1 milhão de pessoas.

O show foi confirmado no dia 21 de março, e a cantora escreveu que a apresentação será inesquecível.

"É uma grande honra ser convidada para cantar para o Rio — durante toda a minha carreira, os fãs no Brasil têm sido parte da força vital dos 'little monsters' [apelido dos seus fãs]. Eu estava morrendo de vontade de ir me apresentar para vocês há anos e fiquei de coração partido quando tive que cancelar anos atrás porque estava hospitalizada".

Policiais e promotores de diferentes regiões do país estão se infiltrando em comunidades online — especialmente no Discord — para combater crimes brutais contra menores de idade. Entre as violações mais comuns estão a chantagem com fotos íntimas, indução à automutilação, estupro virtual e incitação ao suicídio.

O Fantástico deste domingo (6) mostrou como essas operações vêm sendo conduzidas para proteger as vítimas, alertar os pais e levar os agressores à Justiça (veja no vídeo acima).

Em uma sala dentro da Secretaria de Segurança Pública, policiais civis monitoram grupos criminosos e, em muitos casos, chegam aos envolvidos quando o crime estava prestes a acontecer — como em um caso de estupro virtual descrito por um dos investigadores.

 "A gente tava infiltrado e houve a explanação de uma menina, e a partir de então a gente começou monitorar a vítima e conseguimos chegar no endereço da mãe. Eu mesmo peguei o telefone, liguei para mãe e a mãe não acreditou", conta Lisandra Salvariego Colabuono, delegada de polícia.

"Ela disse 'não tem nada de errado aqui na minha casa' e eu disse: tem sim, a senhora vai até o quarto da sua filha, sua filha não está dormindo, sua filha vai ser vítima de um estupro virtual".

Os agentes trabalham dia e noite infiltrados nas comunidades no Discord e em outras redes. E também recebem denúncias de ativistas. O núcleo existe desde novembro de 2024.

"O nosso monitoramento é totalmente passivo, nós funcionamos como observadores digitais", conta Lisandra Salvariego Colabuono. "Hoje nós temos 92 vítimas de violência salvas. São vítimas que foram agraciadas com o poder de polícia, com a intervenção do estado."

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