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Um grupo de cientistas brasileiros desenvolveu um papel feito a partir de fibras vegetais e látex natural capaz de substituir o plástico em embalagens. O material, segundo o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), combina resistência mecânica, impermeabilidade e ação antibacteriana, sem deixar de ser biodegradável e reciclável.

O estudo foi publicado no periódico "Chemical Engineering Journal" por pesquisadores do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano/CNPEM), em parceria com a Unicamp e a UFABC.

O novo material é produzido a partir da interação eletrostática entre nanocelulose catiônica, extraída do bagaço da cana-de-açúcar, e látex natural da seringueira. As cargas opostas dessas substâncias se atraem, formando camadas alternadas que revestem o papel com firmeza e estabilidade.

Cada componente desempenha um papel complementar: a nanocelulose cria uma barreira densa contra gases e óleos, enquanto o látex confere resistência à água, explica Juliana Bernardes, pesquisadora do LNNano e uma das responsáveis pelo estudo.
Desempenho superior aos revestimentos sintéticos
Nos testes laboratoriais, o papel com cinco camadas reduziu em 20 vezes a passagem de vapor de água e em 4 mil vezes a permeabilidade ao oxigênio. Também atingiu o nível máximo de resistência a óleos e gorduras e eliminou mais de 99% das células de Escherichia coli após contato direto.

Os resultados mostram que a combinação entre nanocelulose e látex natural pode superar revestimentos convencionais feitos com polímeros sintéticos, sem uso de compostos fluorados (PFAS), frequentemente associados a riscos ambientais e à contaminação de solos e águas.

Os pesquisadores avaliam que o material tem potencial para substituir embalagens, sobretudo nos ramos alimentício e cosmético. ""Nosso objetivo foi criar uma alternativa viável para reduzir a dependência de plásticos descartáveis", explica Juliana Bernardes.

A concentração de dióxido de carbono na atmosfera registrou em 2024 um aumento sem precedentes e atingiu um novo máximo, informou a Organização Meteorológica Mundial (OMM), da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (15).

A ONU alertou que este é o "maior aumento desde o início das medições modernas em 1957" e pediu ações urgentes para reduzir as emissões.

Segundo a OMM, os novos recordes – que comprometem o planeta a um aumento de temperatura a longo prazo - foram alcançados pelos três principais gases do efeito estufa:

Dióxido de carbono (CO₂)
metano (CH4)
e óxido nitroso (N2O)

Em seu relatório anual, a agência da ONU aponta como responsáveis pelos aumentos as emissões contínuas de CO₂ procedentes das atividades humanas e a intensificação dos incêndios florestais.

A agência também cita a redução da absorção de CO₂ pelos ecossistemas terrestres e pelos oceanos, o que ameaça virar um "círculo vicioso climático".

O ano passado também foi o mais quente já registrado, superando o recorde anterior de 2023, lembrou a OMM.

Um projeto ambiental em Anhembi (SP) instalou uma ponte ecológica suspensa na Estação Ecológica Barreiro Rico para proteger o muriqui-do-sul, o maior primata das Américas e uma espécie criticamente ameaçada de extinção.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Fundação Florestal do Estado de São Paulo e uma indústria de celulose. A estrutura, inédita na região, foi projetada com base em estudos sobre o comportamento e a locomoção dos animais, que se movimentam entre as copas das árvores.

Segundo a analista de sustentabilidade Gabriela Dolenc, o modelo da ponte foi desenvolvido para facilitar a movimentação natural dos muriquis, permitindo que eles atravessem a estrada rural que corta a unidade de conservação sem riscos.

 "Tem muita ciência por trás dessas estruturas. Entender essas particularidades de cada espécie e trazer um desenho de uma ponte que permita e facilite esse acesso e essa conexão entre um dossel [camada superior da copa das árvores] e outro", relata Gabriela Donlenc em entrevista a TV TEM.

Por que engasgamos mais à medida que envelhecemos? Há fatores como a perda de massa muscular, que afeta os músculos responsáveis por mastigar e engolir, e a redução da sensibilidade na garganta e na laringe, mas pouca gente percebe que, com o passar do tempo, a boca recebe um volume menor de estímulos. Pequenos ajustes na alimentação e na rotina da higiene oral podem retardar esse processo, ensina a fonoaudióloga e gerontóloga Marcela Motta, com especialização em neuropsicologia pela USP.

“Uma dieta mais restrita nos priva de sensações fundamentais para a boca, que trabalha com diversos elementos sensoriais, como paladar, textura, temperatura e pressão. Sua sensibilidade depende desse repertório de estímulos e poderíamos dizer que eles servem para deixá-la ‘alerta’”, diz a fonoaudióloga.

Com menos estímulos, diminui também a propriocepção – que é capacidade de percepção do próprio corpo – e aumenta o risco de não mastigarmos corretamente. O resultado é o alimento simplesmente deslizar sem que percebamos. Nem sempre o engasgo é notado ou vem acompanhado de sufocamento, que exige socorro imediato. Entretanto, restos de comida podem permanecer na orofaringe (a região intermediária da garganta, localizada atrás da boca, que recebe o bolo alimentar para enviá-lo ao esôfago).

“Esse acúmulo pode causar um pigarro, aquela sensação de que algo está preso na garganta, ou uma tosse noturna. Pode também gotejar para o pulmão, provocando uma pneumonia”, ensina Motta.

É comum que idosos passem a consumir alimentos que apresentam um estímulo menor. Às vezes, porque apresentam problemas de dentição; em outras, porque seguem dietas restritivas devido a doenças crônicas.

“A comida se torna monótona, a pessoa perde o apetite e ainda há o risco da perda da capacidade de deglutir com segurança, porque a musculatura da boca deixa de ser usada”, alerta a especialista.

Quando essa capacidade se deteriora, a condição se chama disfagia, que é a dificuldade de engolir alimentos, líquidos e até saliva. Nesse caso, é indispensável o acompanhamento de um profissional especializado para tentar reverter o quadro. Por isso são tão importantes as dicas de Marcela Motta para manter a boca sensível e “alerta”.

Diante de um crescente número de casos de intoxicação por metanol que já atingiu, ao menos, 127 pessoas no Brasil, uma tecnologia desenvolvida há três anos no Instituto de Química da Unesp, em Araraquara (SP), ganha nova relevância.

Em 2022, pesquisadores criaram um método rápido, barato e de fácil utilização para identificar a presença da substância tóxica em bebidas e combustíveis, mas a solução patenteada nunca chegou ao mercado por falta de parceiros comerciais. Em apenas 15 minutos e com um custo de R$ 10 é possível fazer a identificação. (veja mais abaixo).

A pesquisa foi liderada por Larissa Alves de Mello Modesto, à época mestranda na universidade. Hoje, como mestre em química e analista de desenvolvimento analítico, ela lamenta a demora na adoção da tecnologia.

"A patente está disponível há três anos para que alguma empresa produza um kit analítico e o venda. A demora acontece porque o controle de metanol em bebidas estava sendo negligenciado, até acontecer uma catástrofe de nível nacional como a de agora", afirmou a pesquisadora.

Veja mais abaixo como entrar em contato com a universidade para iniciar o processo de transferência de tecnologia.

Solução rápida e barata

O método desenvolvido pela equipe de Larissa resultou em um kit capaz de detectar a adulteração por metanol em bebidas como cachaça, uísque e vodca, além de combustíveis como etanol e gasolina. O grande diferencial é a simplicidade e o baixo custo.

Enquanto análises laboratoriais tradicionais, como a cromatografia gasosa, custam cerca de R$ 500 por amostra, o kit da Unesp teria um preço final de venda estimado em R$ 10, segundo a pesquisadora.

A cantora Taylor Swift, 35, está atiçando a curiosidade dos fãs com novos vídeos misteriosos após o lançamento do "The Life of a Showgirl", o 12º álbum de estúdio de sua carreira.

 A estrela espalhou alguns QR codes por países do mundo que desbloquearam os registros. Até o momento, foram encontrados vídeos em Berlim, Paris e Londres.

Nas redes sociais, fãs teorizaram sobre os vídeos serem dos próximos clipes do "The Life of a Showgirl" que Taylor Swift lançará. Alguns deles referenciam outros clipes da carreira, como uma estátua vista no clipe de "Karma", e uma cobra similar ao clipe de "Me!". 

Prepare-se para uma jornada inesquecível no mundo mágico dos alimentos, através da peça infantil "Alice no País das Hortaliças", que traz uma imersão dentro da culinária, enfatizando a importância de uma dieta equilibrada, o consumo de frutas, vegetais, hidratação adequada e a consciência sobre os benefícios de uma alimentação saudável logo na infância.

No meio do Oceano Pacífico, entre os Estados Unidos e o Japão, existe uma mancha de lixo com mais de 1,5 milhão de km². Para ter uma ideia, é como se o estado da Bahia fosse coberto três vezes por plástico.

Essa massa de detritos não está parada por acaso.

Ela é mantida no mesmo ponto pelos giros oceânicos, grandes correntes marítimas que circulam em redemoinhos e acabam reunindo redes de pesca, garrafas e milhões de microplásticos em uma mesma região.

O mais surpreendente, porém, é que essa mancha se transformou em um ecossistema inusitado.

Pesquisadores já identificaram caranguejos, anêmonas, algas e até microrganismos vivendo e se reproduzindo no plástico.

O fenômeno ganhou até nome: “plastisfera”, uma espécie de recife artificial em alto-mar.

Apesar da dimensão, a mancha não aparece em imagens de satélite.

O motivo é que o plástico é muito disperso — ocupa menos de 0,02% da superfície da área — e se mistura facilmente a algas e sedimentos.

Por isso, o que existe são mapas de concentração feitos a partir de navios e drones.

As imagens da cidade litorânea de Atafona, no Rio de Janeiro, são um aviso do perigo que espreita toda a América Latina. Parte da cidade foi engolida pelo mar – mais de 500 casas e um prédio foram perdidos, e moradores estão deixando para trás suas casas.

Ao longo de toda a costa da América Latina, a força do oceano está avançando, deslocando limites conhecidos e varrendo infraestruturas, moradias, resorts e ecossistemas. Todos os países da região estão sofrendo algum grau de erosão nas praias.

Além das tempestades e furacões cada vez mais frequentes, associados às mudanças climáticas e ao aumento do nível do mar, há também a ação humana. "Estamos observando um aumento no número de casos de erosão na América Latina, ligados à má gestão da zona costeira, especialmente a construção de edifícios como portos ou áreas hoteleiras", disse à DW Gustavo Barrantes, presidente da Rede Latino-Americana de Erosão Costeira (Relaec).

Segundo o especialista, esse fenômeno "interfere nos processos da dinâmica costeira, torna o ecossistema mais vulnerável e tudo isso junto aumenta as taxas de erosão que antes aconteciam como processos naturais. Também observamos um aumento nas ondas severas".

Há o fato de que muitas praias da América Latina estão em área de atividade tectônica – movimento das placas que formam a crosta terrestre. Os ciclones tropicais e furacões, comuns no Caribe e no Golfo do México, também dão a sua contribuição.

Barrantes observa que as taxas de erosão são de meio metro a um metro por ano, mas há áreas que ultrapassam três metros. Até mesmo áreas de recifes de corais ou praias em áreas protegidas estão sendo afetadas.

Dez anos após a primeira detecção de ondas gravitacionais, a astronomia viveu um novo marco recentemente.

O evento GW250114, registrado em 14 de janeiro de 2025, foi descrito como o sinal mais claro já captado da colisão entre dois buracos negros.

O registro foi feito pelo LIGO, um observatório com dois gigantescos detectores instalados nos Estados Unidos, um no estado de Washington e outro na Louisiana, que usa feixes de laser para medir distorções minúsculas no espaço-tempo, menores até que o diâmetro de um próton.

Foi assim que, pela primeira vez, cientistas conseguiram acompanhar com nitidez cada fase do encontro de dois buracos negros a 1,3 bilhão de anos-luz da Terra.

 O novo sinal foi três vezes mais claro do que o do histórico GW150914, registrado em 2015, quando as ondas gravitacionais foram detectadas pela primeira vez.

E essa “alta definição cósmica” permitiu testar com confiança duas das previsões mais célebres da física moderna: a lei da área de Stephen Hawking, segundo a qual a superfície de um buraco negro nunca diminui, e a descrição de Albert Einstein de que, ao se formar, esses objetos vibram e soam como sinos.

Combater o estado inflamatório do organismo. Esse foi o mantra da 12ª. edição do Aging Research Drug Discovery (ARDD 2025), realizada na última semana de agosto, em Copenhagen. O tema está intimamente ligado ao processo de envelhecimento, durante o qual o corpo perde gradualmente a capacidade de se defender. Por isso, havia grande expectativa em relação à palestra da médica e PhD Miriam Merad, imunologista de renome mundial e reitora de Inovação Terapêutica da Escola de Medicina Hospital Mount Sinai.

“A inflamação influencia todas as doenças humanas. O estado inflamatório se manifesta nas condições patológicas do coração e dos pulmões, em infecções, na neurodegeneração e na degeneração do sistema imunológico, que favorece o surgimento e crescimento de tumores. Combater a inflamação é a melhor arma contra o envelhecimento e as doenças”, afirmou.

Merad inclusive utilizou a expressão inflammaging – junção das palavras inflamação e envelhecimento – para destacar que, com o avanço da idade, ficamos suscetíveis a condições de inflamação crônica. E como combater esse quadro? Segundo a pesquisadora, a resposta está nos macrófagos.