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A atriz Marina Ruy Barbosa virou assunto nas redes sociais nesta segunda-feira (26) por conta de um hematoma roxo em seu ombro esquerdo. A imagem repercutiu após a divulgação de fotos tiradas durante o tapete vermelho do Baile da amfAR, em Cannes, realizado na noite da última quinta-feira (22).

Diante dos comentários questionando a origem da lesão, Marina respondeu a uma internauta e explicou que a roupa que usou naquele dia pesava cerca de 15 quilos, indicando que a peça seria o motivo de o ombro ter ficado daquela forma.

O g1 conversou com o cirurgião vascular Sergio Belczak para entender como o corpo reage em casos como o da atriz e por que lesões como a dela podem ser causadas por roupas pesadas e apertadas.

O especialista explica que a lesão que chamamos de "roxo" é, na verdade, um hematoma, causado pelo rompimento de pequenas veias. Quando esse rompimento ocorre, o sangue se espalha internamente até se tornar visível na pele.

No caso de Marina, Belczak afirma que é perfeitamente possível que uma roupa pesada como a dela, sustentada apenas por alças finas, tenha provocado o hematoma no ombro esquerdo.

Cuidado com roupas apertadas
Casos como o da atriz são extremos — no dia a dia, dificilmente alguém usa uma roupa que pesa 15 quilos. Um exemplo semelhante pode ser observado nas fantasias das escolas de samba no Carnaval.

Ainda assim, o cirurgião vascular chama a atenção para cuidados importantes na rotina, especialmente na escolha das roupas, para evitar futuros problemas de circulação.

Ele orienta evitar roupas apertadas como:

calças jeans muito justas,
meias que comprimem os calcanhares e
sutiãs sem sustentação adequada, que pressionam os ombros e comprimem as mamas.

“O importante”, diz Michael Fredericson, criador do programa do curso de medicina do estilo de vida na Universidade Stanford, “é que as pessoas entendam que a atividade física vai possibilitar que elas continuem fazendo as coisas das quais gostam. Pode ser caminhar longas distâncias, viajar ou ter força para levantar os netos do chão. Você não corre para ganhar aptidão física; na verdade, você faz exercício para conseguir correr”.

Falei muito de saúde mental e conexões sociais nas últimas três colunas, mas atividade física foi um outro pilar do seminário “Healthy Aging 2025”. Fredericson acrescentou que é fundamental trabalhar força e resistência – sim, o treino com peso é indispensável – mas lamentou que ainda não se dê a ênfase necessária aos treinos de equilíbrio e flexibilidade: “não adianta ser forte e não conseguir alcançar os pés com os dedos”.

“Investir em músculos é o melhor hedge fund que existe”, afirmou a pesquisadora Marily Oppezzo, também especialista em mudança de comportamento, referindo-se a um tipo de investimento que normalmente tem um retorno financeiro significativo.

Marianne Rogstad, uma avó aposentada da Noruega, é uma eterna aprendiz. Ela trabalhou como recepcionista de hotel na Suíça por cinco décadas, onde passava os dias imersa em novos idiomas e culturas.

Mas quando voltou para a Noruega, Rogstad foi diagnosticada com demência. Ela logo se isolou, e perdeu essas fontes de estímulo.

Só até ela entrar para o Impulssenter — uma pequena "fazenda de repouso" nos arredores de Oslo.

O nome da "fazenda de repouso" vem da maneira como a instituição atende ao ímpeto dos indivíduos de trabalhar e de se conectar com outras pessoas, diz Henreitte Bringsjord, cujos pais fundaram a fazenda.

"Minha mãe e meu pai adoravam o trabalho na fazenda, e imaginavam como era difícil para as pessoas com demência parar de trabalhar e perder a vida social. Então, eles quiseram ajudar as pessoas com demência a se integrar à vida novamente", explica Bringsjord, que agora coadministra a fazenda.

Em 2015, a Noruega se tornou um dos primeiros países a criar um plano nacional de assistência à demência, que inclui serviços de acolhimento durante o dia oferecidos pelo governo, como o Inn på tunet — que pode ser traduzido como "no quintal" — ou fazendas de repouso.

Agora, à medida que os pesquisadores reconhecem os vastos benefícios cognitivos do trabalho na terra, mais comunidades estão integrando a jardinagem aos cuidados de saúde — tratando diversas necessidades por meio de atividades socialmente prescritas na natureza, ou prescrições verdes.

"As prescrições de natureza podem aumentar a atividade física e a conexão social, ao mesmo tempo em que reduzem o estresse, o que tem vários efeitos positivos sobre a pressão arterial, o controle do açúcar no sangue e o peso saudável, reduzindo o risco de doenças que podem levar à demência", diz a médica de família Melissa Lem, de Vancouver, que é pesquisadora da Universidade de British Columbia, no Canadá, onde ela estuda as oportunidades e as barreiras em torno das prescrições baseadas na natureza.

"Todos nós sabemos que mais atividade física melhora a saúde física e mental, mas a jardinagem potencializa esses benefícios", ela explica.

Passe o dia 5 de maio mergulhada no seminário “Healthy Aging 2025”, promovido pelo centro de longevidade da Universidade Stanford (EUA), sobre os pilares do envelhecimento saudável – o que inclui cuidar de corpo e mente. Foram tantas apresentações instigantes que esta e as próximas colunas serão uma seleção dos melhores momentos do evento. No painel de abertura, dedicado à saúde mental, a expressão “nutrir a mente” foi muito utilizada: significa não só desafiar o cérebro aprendendo coisas novas, mas também ampliar as conexões sociais e abraçar a espiritualidade. Chip Conley, criador da Modern Elder Academy e o primeiro palestrante, afirmou que a meia-idade não tem recebido a devida atenção. Para ele, esse período se estende dos 35 aos 60 anos, e é quando as pessoas vivem inúmeras transformações, inclusive hormonais.

“Durante a vida adulta, a cobrança é enorme e não temos tido tempo de nos recuperar, de nos curar. Os homens convivem com o desapontamento com a carreira; o sentimento de irrelevância; a imposição da virilidade. As mulheres enfrentam a perimenopausa com as exigências da tirania da beleza; a invisibilidade emocional; desafios financeiros até maiores que os dos homens; e a sobrecarga de cuidar de parentes. E todos sofrem com a solidão”, enfatizou.

A psicóloga Maris Loeffler, especializada em ansiedade, estresse e trauma, disse que o estilo de vida que escolhemos tem um peso enorme na saúde mental: “temos que pensar em como queremos envelhecer e tomar as decisões que nos levem por esse caminho”.

A praia de Atafona, no município de São João da Barra (RJ), está sendo engolida pelo mar. As ruínas do que sobrou das casas, clubes, prédios públicos e ruas são só a ponta do iceberg.

Cerca de 500 edifícios do distrito de São João da Barra, no norte do Rio de Janeiro, já estão sob as ondas. Eles seguem visíveis agora só na memória dos moradores mais antigos.
"Minha casa era aqui", diz Sônia Ferreira, uma aposentada que perdeu duas casas: uma para o mar, a outra, para a areia.

"Eu não tinha vista do mar quando a casa foi construída. Eu tinha dois quarteirões, três quarteirões de casa na minha frente, depois uma avenida Atlântica asfaltada, um calçadão e, depois, um monte de areia até chegar à água. Essa era a minha realidade há 45 anos, quando a gente construiu a casa. Então isso tudo foi indo, isso tudo foi acabando, e o mar foi chegando, foi chegando, até que, em 2019, ele tombou exatamente a curva aqui do meu terreno", conta a aposentada Sônia Ferreira.

 Há pelo menos sete décadas, Atafona perde cinco metros por ano de terreno para o fundo do mar. O distrito fica localizado bem no meio do delta do rio Paraíba do Sul, que, antes de chegar na região, atravessa os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mas, afinal de contas, o que está acontecendo em Atafona?

É o que, há 20 anos, a pesquisadora da Universidade Federal Fluminense Thaís Baptista vem buscando responder. Os dados coletados sugerem que o processo é, em parte, natural e ocorria antes mesmo da ocupação do território. Mas as intervenções humanas no rio Paraíba do Sul aceleraram, e muito, esse processo.

"Ao longo de cinco, quatro mil anos atrás, várias vezes aconteceram esses processos de erosão costeira. Aí, a planície erodia, mas depois ela voltava a se recuperar. O que a gente pode dizer é assim: eu não acredito que as barragens sejam o estopim da erosão, mas, considerando o contexto que a gente está tendo, pode ser que as barragens, atualmente, estejam intensificando o processo de erosão, que provavelmente tem causas mais naturais, eu acho", frisa Baptista.

O Centro-Oeste paulista atingiu uma marca preocupante: 101 mortes por dengue foram confirmadas em 2025. Os dados são do painel de arboviroses da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, atualizado nesta quinta-feira (15).

O número representa o agravamento da epidemia da doença na região, que também já ultrapassou 71 mil casos neste ano.

Entre os cinco óbitos mais recentes registrados, três ocorreram em Marília, um em Assis e um em Canitar. Marília também lidera o ranking de mortes na região, com 20 vítimas, seguida por Ourinhos (9), Assis (8), Lins (7) e Promissão (7).

 Já em relação ao número de casos, Bauru é a cidade com mais registros da doença, com 10.566 confirmações, seguida por Marília, com 9.588, Assis, com mais de 6 mil, Ibitinga, com mais de 4 mil e Ourinhos, com 4.071.

Dezenas de montanhistas e monges budistas enterraram simbolicamente nesta segunda-feira (12) a geleira Yala, nos Himalaias do Nepal, que está desaparecendo devido ao aquecimento global.

Localizada entre 5.170 e 5.750 metros acima do nível do mar, no Vale Langtang (norte), a geleira Yala perdeu dois terços de sua massa e encolheu 784 metros desde 1974, segundo o Centro Internacional para o Desenvolvimento das Montanhas (Icimod).

Cientistas preveem que, no ritmo atual de aumento da temperatura global, a geleira poderá desaparecer até 2040, tornando-se a primeira no Himalaia a sofrer esse destino.

"Tenho estudado essa geleira há 40 anos e a vi derreter com meus próprios olhos", disse à AFP Sharad Prasad Joshi. "Temo que as gerações futuras não a vejam como era", lamentou.

Monges budistas organizaram uma cerimônia em sua memória nesta segunda-feira, com duas placas de granito.

Pesquisadores conseguiram transformar chumbo em ouro. O experimento foi feito em um acelerador de partículas na Europa, onde foi forçada a colisão de núcleos de chumbo em alta velocidade. (Entenda mais abaixo)

Transformar chumbo em ouro era o sonho dos alquimistas do século 17, que buscavam formas de converter metais comuns em metais preciosos. Agora, cientistas do CERN — o laboratório europeu de física de partículas, na Suíça — conseguiram fazer isso. Ainda que por apenas alguns microssegundos.

Há séculos, estudiosos tentavam essa transformação, mas a dificuldade estava na diferença entre o número de prótons nos dois elementos. Os prótons são as partículas que ficam no núcleo do átomo. O chumbo tem 82 prótons, enquanto o ouro tem 79.

Kye Aziz nunca se considerou um amante da natureza. Solicitante de asilo vindo da Indonésia e atualmente morando em Melbourne, na Austrália, ele já tinha passado bastante tempo no interior e em regiões montanhosas.

Mas foi só depois de participar de um piquenique e uma atividade de jardinagem – prescritos como parte de um tratamento social - que ele passou a ver a natureza de um outro jeito.

"Você sente como se tivesse sido transportado para outro lugar", conta Aziz. "Morar na Austrália e viver a cultura ocidental pode ser algo muito solitário e individualista, mas quando estou sentado ao ar livre, rindo com os outros, me sinto em casa."

Existe uma ciência por trás dessa sensação. Nos anos 80, como parte de uma estratégia de saúde pública para ajudar trabalhadores urbanos estressados a se curar por meio da natureza, o governo japonês investiu em uma campanha chamada "shinrinyoku", ou banho de floresta.

Inicialmente, "era uma sensação, e não uma ciência", diz Qing Li, médico e professor clínica da Escola de Medicina de Nippon, em Tóquio.

Mas nas últimas décadas, Li e outros pesquisadores descobriram que o banho de floresta está associado à redução da pressão arterial, à estabilização do sistema nervoso, redução de hormônios do estresse, fortalecimento da imunidade e redução da ansiedade, depressão, raiva e fadiga.

Parte de uma nave espacial da era soviética deve retornar à Terra esta semana, depois de ficar presa em órbita por mais de meio século.

A Kosmos 482 foi lançada em 1972 como parte de uma missão a Vênus, mas nunca saiu da órbita baixa da Terra e se separou em quatro partes, de acordo com a Nasa.

Um desses pedaços, que se acredita formar a sonda de pouso, deve entrar na atmosfera do planeta por volta do dia 10 de maio — e pelo menos parte da estrutura poderá sobreviver à viagem sem se queimar, ainda segundo a agência espacial dos EUA.

Os cientistas não tem detalhes sobre essa reentrada. Não se sabe, por exemplo, onde ela poderá pousar.

No entanto, mesmo que partes da sonda sobrevivam ao contato com a atmosfera, 70% do planeta é coberto por mar, então é improvável que a queda cause danos significativos.

"É muito mais fácil ganhar na loteria do que ser impactado por este pedaço de lixo espacial", compara Stijn Lemmens, analista sênior de Mitigação de Detritos Espaciais da Agência Espacial Europeia.

Lucy diz que sempre foi um pouco preocupada, mas há dois anos começou a ficar ansiosa e a ter ataques de pânico.

"Eu não sabia o que estava acontecendo e meus pais também não", diz a jovem de 15 anos. "Era assustador. Os ataques ocorriam sem aviso. Piorou e comecei a tê-los em público."

Lucy começou a faltar muito à escola e parou de socializar. Ela diz que era difícil para seus pais vê-la sofrendo. "Não sabíamos o que fazer ou para onde ir."

Por seis meses, ela tentou controlar sua ansiedade sozinha, mas eventualmente a família decidiu pagar por terapia cognitivo-comportamental.

Lucy diz que fez uma grande diferença. Embora ela ainda tenha ataques de pânico, eles são muito menos frequentes e ela voltou a frequentar a escola e a fazer as coisas de que gosta.

A história de Lucy está longe de ser única. Uma em cada cinco crianças e jovens de 8 a 25 anos tem um provável transtorno de saúde mental, segundo dados do sistema público de saúde do Reino Unido.

Por que os problemas são tão comuns
A adolescência é quando os problemas se tornam cada vez mais comuns, à medida que os jovens enfrentam os desafios do crescimento, o estresse das provas, as amizades e os relacionamentos.

Existem também razões biológicas que tornam os problemas de saúde emocional mais prováveis, afirma Andrea Danese, especialista em psiquiatria na infância e adolescência do King's College London.

"Vou te falar", afirmou o astronauta Harrison Schmitt enquanto a Apollo 17 se aproximava da Lua, "se alguma vez houve um pedaço de azul com aparência frágil no espaço, é a Terra neste momento".

Em 7 de dezembro de 1972, uma quinta-feira, a humanidade teve sua primeira visão do nosso planeta como um todo. Naquele momento, foi tirada a foto batizada de Blue Marble ("Bola de gude azul", em tradução livre) — uma imagem que mudou a maneira como vemos nosso mundo.

"Posso ver as luzes do sul da Califórnia, Bob", disse Schmitt à sala de controle terrestre cerca de uma hora e meia após o início do voo. "O campo estelar do homem na Terra está competindo com o céu."

A tripulação da Apollo 17 — o comandante Eugene Cernan, o piloto do módulo de comando Ronald Evans e o piloto do módulo lunar Harrison "Jack" Schmitt — observavam sua casa se distanciar, enquanto viajavam para o espaço na última missão tripulada à Lua.

Olhando para a Terra, Cernan comentou: "As nuvens parecem ser muito artísticas, muito pitorescas. Algumas giram no sentido horário... mas parecem ser... muito tênues, você pode... ver através destas nuvens a água azul abaixo".

É uma imagem perene da beleza, mas também da vulnerabilidade do nosso planeta — à deriva na vastidão do Universo, que não abriga nenhum outro sinal de vida que tenhamos conseguido detectar até hoje.
Mas nosso planeta também é um planeta de grandes mudanças. Os movimentos tectônicos que deslocam as massas terrestres são lentos demais para que nossos olhos percebam. No entanto, outra força — a própria humanidade — vem remodelando nosso planeta em um ritmo que podemos ver. A urbanização, o desmatamento, a poluição e as emissões de gases de efeito estufa estão alterando a aparência da Terra.

Mas, afinal, como nosso planeta mudou nos últimos 50 anos, desde que esta imagem icônica foi tirada?

Estas primeiras fotos da Terra foram tiradas pela tripulação, que se revezou no uso da câmera a bordo — uma Hasselblad 500 EL analógica manual, com filme Kodak de 70 mm —, fascinada pela visão da Terra vista do espaço.

"Todas as imagens capturadas com a Hasselblad são espetacularmente nítidas e brilhantes", diz Jennifer Levasseur, curadora do Museu Aeroespacial do Instituto Smithsonian, em Washington DC, nos EUA.