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O presidente dos EUA, Joe Biden, deu permissão à Ucrânia para atacar dentro do território russo com munições americanas.

O uso foi restringido para que Kiev só possa atingir alvos na fronteira perto de Kharkiv, depois que a Rússia fez avanços significativos ao redor da cidade, na parte nordeste do país, perto da fronteira russa, segundo disseram duas autoridades dos EUA à CNN.

“O presidente recentemente instruiu sua equipe a garantir que a Ucrânia seja capaz de usar as armas fornecidas pelos EUA para fins de contra-fogo em Kharkiv, para que a Ucrânia possa revidar as forças russas que os atacam ou se preparam para atacá-los”, disse uma das autoridades.

O afrouxamento das restrições marca uma ruptura com uma política de longa data e surge num contexto de crescente pressão internacional por parte de aliados próximos dos EUA.

O Exército Brasileiro afastou, neste domingo (26), os militares envolvidos na propagação de uma notícia falsa sobre um suposto rompimento de um dique na cidade de Canoas, situada na região metropolitana de Porto Alegre.

 No final da tarde de ontem, militares que atuavam no bairro de Mathias Velho ouviram que um dique havia sofrido um rompimento na região. De acordo com o Exército, mesmo sem confirmar a informação, os militares passaram a comunicar aos moradores a necessidade de evacuação de imóveis da região, que estaria em área de risco.

O casal Ângela Fagundes, de 63 anos, e Jesse Rodrigues da Silva, 38, de Eldorado do Sul (RS) viajou mais de 1.325 km para encontrar abrigo em Bauru, após a casa onde moravam ter sido inundada pelas enchentes que atingiram o estado gaúcho neste mês de maio.

Em meio à destruição do lar, a aposentada e o autônomo tentam um recomeço ao lado da família, na casa da filha de Ângela, no Parque Jaraguá, em Bauru. A saga do casal começou no dia 2 de maio, quando os dois acordaram e viram a água invadir a residência deles e bater em suas canelas.

De "origem simples", os dois decidiram permanecer no local e acreditavam que o volume de água iria abaixar. No entanto, após retornarem do trabalho naquele dia, encontraram um cenário inundado de tristeza, com a água já a mais de um metro de altura.

"Foi uma coisa muito feia mesmo, porque não tinha água e, minutos depois, já estava cheia a casa. Perdi tudo. Eu nunca esperava passar por isso, uma coisa do outro mundo", revela Ângela.

O sol brilhava, mas o ar ainda estava gelado na ilha Seokmodo, na Coreia do Sul, em abril.

Park Jung-oh já estava de pé à beira-mar jogando na água garrafas de plástico repletas de arroz com destino à Coreia do Norte.

Embora Park tenha enviado essas garrafas por quase uma década, desde junho de 2020 ele não podia fazê-lo abertamente — quando a Coreia do Sul proibiu o envio de material “anti-Coreia do Norte” pela fronteira.

"Enviamos as garrafas porque pessoas do mesmo país estão morrendo de fome. É tão ruim?", indaga o homem de 56 anos.

Com chuvas caindo desde o mês de abril, o Estado do Maranhão tem atualmente 30 dos 217 municípios em estado de emergência.

O termo significa que o governo tem autoridade para tomar medidas extraordinárias — como realocar fundos, mobilizar recursos e impor restrições de acesso a determinadas áreas.

Em uma publicação nas redes sociais, o governador do Estado do Maranhão, Carlos Brandão, disse que há imagens de enchentes no Maranhão circulando na internet nos últimos dias que são, na verdade, de 2023.

Ele também diz que as dificuldades atuais do Estado são "menos preocupantes" do que aquilo que a população local já enfrentou no passado.

Ao se deparar com uma Porto Alegre alagada e possíveis vidas encobertas pela água, o personal trainer Fernando Falavigna decidiu fazer a diferença. Vestiu a sua roupa de borracha, pegou o colete salva-vidas e foi para as ruas ajudar a população. Até a manhã desta quarta-feira (8), a equipe do voluntário tirou mais de 200 pessoas das enchentes.

“Pratico esportes aquáticos e tenho experiência na água. Não tenho barco e nem Jet Ski. No primeiro dia, encontrei uma dupla de amigos, que já estavam com a equipe fechada, mas eu pedi uma carona para o ponto de inundação e acabamos trabalhando juntos por três dias”, relata.

A prefeitura de Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, decidiu evacuar o município após a enchente histórica atingir 100% da área urbana da cidade.

 Em entrevista à CNN, o prefeito Ernani de Freitas (PDT) afirmou que o município de cerca de 40 mil habitantes enfrenta desabastecimento de água, luz, alimentação e sinal telefônico, cenário que inviabiliza a permanência da população na cidade.

“É uma situação de horror. Não há uma casa que não foi tomada pela água. Não temos um comércio em condições de abrir as portas. Vamos ter que começar do zero, inclusive eu”, contou o chefe do executivo, que também teve sua casa inundada pela cheia do Rio Guaíba.

"O comportamento das chuvas mudou. Eu tenho feito um levantamento e já percebi que de 2013 pra frente nós temos um acumulado de precipitação [chuvas] no mês de mais de 300 mm. A minha pergunta é: o que nós, por exemplo, na Defesa Civil, temos programado para prever essas possibilidades? Em algum momento, vamos começar a ver [inundações] em áreas em que a água não chegava com tanta frequência e vamos lembrar disso que estamos falando aqui."

O alerta acima, feito em junho de 2022 durante uma audiência pública na Câmara Municipal de Pelotas (RS) e apontado em vídeos nas redes sociais como "profecia" à luz das inundações que já deixaram pelo menos 90 mortos no Rio Grande do Sul, é do ecólogo Marcelo Dutra da Silva, doutor em ciências e professor de Ecologia na Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

Na ocasião, durante um debate sobre mudanças climáticas, o pesquisador chamava atenção para o fato de que muitas cidades gaúchas estavam totalmente despreparadas para chuvas extremas: não sabiam quais eram suas áreas de risco, quais regiões eram vulneráveis a inundações, ou quem seriam os primeiros moradores do Estado a serem atingidos pelas águas.

"Não podemos impedir que o evento climático ocorra, nem os próximos, porque eles vão acontecer. Mas dá para sermos mais resilientes a isso? Dá. Talvez se nós já tivéssemos afastado as pessoas das áreas de maior risco. É possível saber onde o evento se torna mais grave primeiro", pondera, acrescentando que um planejamento ambiental teria tornado possível, por exemplo, retirar moradores das áreas mais vulneráveis com antecedência.

Diante das cheias devastadoras que atingem o Rio Grande do Sul menos de seis meses após enchentes que destruíram parte da serra gaúcha em novembro do ano passado, o pesquisador defende que, desta vez, a resposta do poder público precisa mudar radicalmente.

"Não adianta querer reconstruir tudo o que foi destruído nesse evento de agora tentando fazer como era antes. Isso já não dá mais".

A reconstrução do Rio Grande do Sul, diz o acadêmico, precisará ser planejada considerando quais as áreas mais seguras e resistentes às variações climáticas extremas, que vieram para ficar.

"Cidades inteiras vão ter que mudar de lugar. É preciso afastar as infraestruturas urbanas desses ambientes de maior risco, que são as áreas mais baixas, planas e úmidas, as áreas de encostas, as margens de rios e as cidades que estão dentro de vales", diz.

Tais mudanças envolverão o que ele chama de "desedificar": remover as estruturas das cidades que estão em áreas de risco e recomeçar em regiões mais seguras.

"Precisamos devolver para a natureza esses espaços que estão mais sensíveis ao alagamento", diz.

Grande parte do despreparo das cidades para a nova realidade climática se dá porque elas crescem sem considerar a geografia do Estado e seus níveis de vulnerabilidade diante das previsões climáticas, bem como a preservação da natureza.

"Os municípios gaúchos vêm enfrentando um forte crescimento urbano sobre áreas úmidas remanescentes", explica.

Não se trata apenas de retirar a população que mora em áreas de encostas, mas todas as regiões sensíveis a situações de alagamento e deslizamento.

Em geral, as áreas mais valorizadas pelo setor imobiliário para grandes empreendimentos e pela própria população são justamente as mais vulneráveis a inundações: próximas a margens de rios e lagos, ou em áreas planas, baixas e úmidas.

Além de menos resilientes, as áreas úmidas têm papel importante na prevenção de enchentes, já que deveriam servir como "esponja" em períodos de chuvas fortes, explica o pesquisador.

"Essas áreas são importantes porque tem o que chamamos de efeito esponja: esse serviço dado pela natureza é justamente para que quando há uma grande carga d’água ela vá para lá, e as zonas mais altas fiquem seguras", diz.

Do ponto de vista do risco ambiental, as decisões de expansão urbana têm ido na contramão da segurança, diz o ecólogo.

"Estamos fazendo o contrário do que deveríamos: estamos indo para dentro de onde não deveríamos ir, nos expondo ao risco, criando situações que colocam vidas em perigo, e prejuízos recorrentes."

As chuvas intensas que atingem o Rio Grande do Sul nos últimos dias deixam um rastro de destruição e mortes.

Segundo o último boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado, o evento extremo já causou 83 óbitos e deixou 129 mil desalojados.

O próprio governo gaúcho classifica a situação como "a maior catástrofe climática do Rio Grande do Sul".

Mas qual a dimensão da tragédia? Como o volume das chuvas e a extensão das enchentes se comparam às médias históricas? E quais as regiões mais afetadas até o momento?

Na Península Yucatán, no México, próximo ao Sistema Mesoamericano de Barreira de Corais e rodeado pelas águas do Caribe, está o maior buraco azul do mundo, o Taam-Ja’.

Mesmo sem chegar ao ponto mais fundo do buraco, cientistas conseguiram medir mais de 420 metros de profundidade, o que equivale à altura de 11 Cristos Redentores um em cima do outro.

Buracos azuis são espécies de buracos subaquáticos, similares aos buracos em terra. O estudo feito por pesquisadores do México traz a possibilidade do local ter uma rede oculta subterrânea que liga a água do Taam-Ja’ com a de outros corpos d’água.

No início deste ano, Ai Qing* foi acordada no meio da noite por gritos de protesto do lado de fora de seu dormitório no norte da Argentina.

Ela espiou pela janela e viu trabalhadores argentinos cercando o complexo onde fica o prédio de seu dormitório — eles bloquearam a entrada com pneus em chamas.

"Estava ficando assustador porque eu podia ver o céu sendo iluminado pelo fogo. Virou um motim", relembra Ai, que trabalha para uma empresa chinesa que extrai lítio de planícies de sal na Cordilheira dos Andes, para uso em baterias.

O protesto, desencadeado pela demissão de vários funcionários argentinos, é apenas um entre um número cada vez maior de casos de atrito entre empresas chinesas e comunidades locais, à medida que a China — que já domina o processamento de minerais vitais para a economia verde — expande sua participação na mineração deles.

Há apenas 10 anos, uma empresa chinesa comprou a primeira participação do país em um projeto de extração dentro do chamado “triângulo do lítio” — formado por Argentina, Bolívia e Chile, que juntos detêm a maior parte das reservas mundiais de lítio.

Reuniões de pessoas no norte e centro de Gaza na quarta-feira (1º) expressaram gratidão aos estudantes nos campi universitários dos Estados Unidos que protestam contra a guerra em Gaza.

Em Deir al-Balah, em frente ao hospital dos Mártires de Al Aqsa, médicos, enfermeiros e funcionários seguravam cartazes com mensagens que diziam “Unidos contra o genocídio”, “A matança de crianças deve parar” e “Luta contínua pela justiça”.