A presidente Dilma Rousseff em carreata na eleição de 2014 com o prefeito de Osasco, Jorge Lapas (à dir.) à epoca no PT, Marta Suplicy (hoje no PMDB) e Alexandre Padilha. (Foto:Zanone Fraissat - Folhapress)
Um levantamento feito pelo jornal Folha de S.Paulo junto ao Tribunal Superior Eleitoral mostra que, a seis meses das eleições municipais, de cada cinco prefeitos do PT eleitos em 2012, um deixou o partido. A debandada para outros partidos foi impulsionada pela possibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff e pela janela partidária aberta em março. Ao todo, dos 638 prefeitos petistas, 135 pediram desfiliação ou foram expulsos da sigla. O número também abarca gestores que renunciaram ou foram cassados.
Em São Paulo, dos 73 prefeitos petistas, 35 migraram, enquanto no Paraná foram 18 dos 40. No Rio de Janeiro, só quatro dos 11 prefeitos eleitos mantiveram-se no partido. Os três estados concentram as maiores perdas da sigla, mas o movimento não se restringe às regiões governadas pelo PMDB e pelo PSDB, e afeta também Bahia e Minas Gerais, estados comandados por petistas.