O ano de 2024 deve terminar como o ano mais quente já visto na Terra. A informação foi confirmada pelo centro europeu Copernicus no último dia 9.

Novembro de 2024 foi o 16º mês, em um período de 17 meses, em que a temperatura média global da superfície do ar superou 1,5°C de diferença em relação aos níveis pré-industriais. O número é considerado pelos especialistas como limite para evitar consequências maiores para o clima e sobrevivência na Terra.

Segundo o centro, após o registro, ainda que dezembro não tenha terminado, é difícil que a situação amenize. Com isso, o ano de 2024 deve ser o mais quente já vivido na terra desde o período pré-industrial, de 1850-1900.

 Apesar da Terra ter registrado a temperatura limite, ela ainda não se tornou definitiva. Para isso, é necessário que esse número seja repetido em vários anos seguidos.

No Brasil, o calor intenso levou o país a pior e mais extensa seca já registrada em sua história recente. A estiagem deixa milhões de pessoas afetadas, principalmente no Norte do país.

Uma nova onda de calor deve se intensificar nos próximos dias e elevar as temperaturas em boa parte do Centro-Sul do país. Há previsão de mais de 40ºC em parte do Centro-Oeste.

De acordo com a Climatempo, a partir da primeira semana de setembro, uma nova massa de ar quente e seco vai se estabelecer no Brasil, dando início ao fenômeno já na próxima segunda-feira, dia 2.

 Ainda segundo o serviço de meteorologia, os atuais modelos meteorológicos sugerem que essa onda de calor pode ser mais prolongada, com temperaturas elevadas até meados da segunda quinzena do próximo mês em algumas regiões do país.

"Quanto às temperaturas, o Centro-Oeste, especialmente o Mato Grosso, deve registrar mais de 40°C. Estados como Rondônia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e São Paulo também devem se aproximar dos 40°C", diz ao g1 Fábio Luengo, meteorologista da Climatempo.

Berço de paisagens paradisíacas, as ilhas do Oceano Pacífico estão em risco. Elas podem ser completamente engolidas pelo avanço do mar, que vem subindo ano a ano, reflexo das mudanças climáticas.

➡️ Nesta terça-feira (27), a ONU disse que a crise local é uma "catastrofe mundial", e o g1 conversou com especialistas que explicam que isso é porque o que está acontecendo com elas é uma previsão do que pode acontecer com todo o mundo.

Eles são vítimas das emissões do mundo todo e são a previsão do futuro para nós. Se não conseguirmos reverter essa situação, o futuro das demais comunidades em litorais pelo mundo é também serem engolidas pelo avanço do mar.

— Regina Rodrigues, oceanógrafa e especialista em clima e membro do IPCC.

 Como isso está acontecendo?

Ilhas como Maldivas, Tuvalu, Ilhas Marshall, Nauru e Kiribati estão na lista dos lugares na Terra que podem desaparecer, reflexo da ação humana. Com muita natureza preservada e sem muitas indústrias, essa área é responsável por apenas 0,02% das emissões globais anuais de CO2, mas estão sendo vítimas das emissões do mundo todo.

Cientistas da Universidade do Sul da Califórnia (USC) provaram, em um novo estudo, que o núcleo interno da Terra está desacelerando em relação à superfície do planeta. As consequências disso ainda são desconhecidas, mas pesquisadores especulam que a duração dos dias pode mudar. A pesquisa foi publicada na quarta-feira (12) na revista científica Nature.

 A rotação do núcleo interno da Terra tem sido tema de debate pela comunidade científica nas últimas décadas, com algumas pesquisas sugerindo que ela é mais rápida do que a superfície do planeta. Porém, o estudo da USC fornece novas evidências de que, na realidade, o núcleo interno está diminuindo sua velocidade de rotação desde 2010, movendo-se mais lentamente do que a superfície da Terra.

Os oceanos do planeta são como uma bateria global. Eles absorvem imensas quantidades de calor, que são liberadas lentamente em seguida.

Até agora, os nossos oceanos já absorveram mais de 90% do calor capturado na atmosfera da Terra pelo aumento das emissões de gases do efeito estufa. Mas, nos últimos tempos, esse aquecimento se acelerou vertiginosamente.

Desde o fim de março de 2023, as temperaturas da superfície dos oceanos atingem novos recordes de temperatura diariamente. E, em 47 desses dias, as temperaturas superaram os recordes anteriores pela maior margem já registrada na era dos satélites, segundo os dados do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia.

Em fevereiro de 2024, o mundo completou um ano com aquecimento das temperaturas do ar acima de 1,5 °C. Mas, no ano passado, algumas regiões dos oceanos atingiram níveis muito próximos do que seria esperado se o aquecimento global do ar atingisse 3 °C acima dos níveis pré-industriais.

Estas medições sugerem que o oceano está se aquecendo com maior rapidez do que o esperado.

O rápido aumento da temperatura dos mares trouxe um quebra-cabeça para os cientistas: por que o recente aquecimento dos oceanos é ainda maior do que o indicado pelos modelos climáticos?

"O salto das temperaturas do oceano no último ano é enorme", segundo a professora de impactos das mudanças climáticas Hayley Fowler, da Universidade de Newcastle, no Reino Unido. "O fato de não podermos simular esses aumentos radicais e compreender o que está acontecendo é assustador."

O certo é que o aquecimento dos oceanos já causa prejuízos às pessoas e aos ecossistemas.

O CEO da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil), Abrão Árabe Neto, disse à CNN que as empresas dos Estados Unidos têm interesse em aprofundar as relações econômico-comerciais com o Brasil, especialmente em temas relacionados à economia verde, a energias limpas e a tecnologia sustentável.

Abrão aponta que os Estados Unidos são o principal parceiro econômico do Brasil em termos de comércio e investimento, e isso faz aumentar cada vez mais o interesse em investir em cadeias produtivas, que vão de minerais críticos a equipamentos da área de saúde.

Do G1-  onça que havia sido resgatada na quarta-feira (21) em Terra Roxa (SP) morreu na noite de quinta-feira (24) na clínica veterinária onde estava internada em Barretos (SP). Segundo a médica veterinária Maria Ângela Panelli, o animal pode ter sido vítima de um tiro. Uma bolota de chumbo, geralmente usada em espingardas, foi retirada do bicho durante uma cirurgia.