As populares "estrelas cadentes" rasgam o céu durante a madrugada e garantem um belo espetáculo para quem decidir dormir tarde — ou acordar cedo — para observá-las.

Conhecidos oficialmente como chuvas de meteoros, esses fenômenos têm data para acontecer — e alguns deles são mais visíveis em certas partes do globo, a depender da posição das constelações no céu, a ausência de nuvens e a fase da Lua naquela determinada noite.

Astrônomos ouvidos pela BBC News Brasil destacam cinco chuvas de meteoros que valem a pena ser observadas a partir do Hemisfério Sul: a Eta-Aquáridas, a Delta-Aquáridas do Sul, a Geminídeas, a Oriônidas e a Leônidas.

 Mas quando elas vão acontecer? E qual a melhor maneira de vê-las? Confira no guia abaixo as principais informações sobre esses eventos astronômicos.

O que são chuvas de meteoros?

Os meteoros nada mais são do que o rastro dos cometas — grandes objetos feitos de poeira e gelo que surgiram a partir da formação do Sistema Solar há 4,6 bilhões de anos.

"Os cometas têm uma órbita ao redor do Sol que é muito mais demorada e alongada. Essas pedras de gelo ficam muito afastadas, na periferia do Sistema Solar", explica o astrônomo Thiago Signorini Gonçalves, diretor do Observatório do Valongo da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

 "As órbitas deles são alteradas de tal forma que eles são 'jogados' na direção do Sol. Mas daí o Sol funciona quase como um estilingue, que acelera os cometas de volta e os arremessa onde estavam anteriormente", complementa o especialista.

Neste fim de semana tem dois feriado inclusos, sendo na Sexta-Feira Santa (18) e segunda-feira de Tiradentes (21). Com isso, muitas pessoas aproveitam para viajar, o que faz com que o fluxo aumente, com mais de 5 milhões veículos nas rodovias do estado de São Paulo, segundo a Artesp. Só no interior de SP, as concessionárias estimam um fluxo de quase 2 milhões de veículos.

Na região centro-oeste paulista, a Rodovias Tietê, responsável pelo corredor leste da Rodovia Marechal Rondon, divulgou que cerca de 512 mil veículos devem trafegar no local.

 A Triunfo Transbrasiliana, responsável pela BR-153, espera espera mais de 180 mil veículos durante o feriado prolongado.

Em Marília, a Entrevias, responsável pela Rodovia Dona Leonor Mendes de Barros (SP-333), estima que 571 mil veículos viagem neste local, significando um aumento de 21% do tráfego do normal.

Já a Arteris ViaPaulista, que tem rodovias que passam por Barra Bonita e Botucatu, espera mais de 707 mil veículos durante os feríados de Páscoa e Tiradentes, resultando em um aumento de 4% do tráfego normal.

O Corinthians anunciou na tarde desta quinta-feira (17) a demissão do técnico Ramón Díaz. O argentino de 65 anos não resistiu ao mau desempenho do time nas primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro e foi comunicado de seu desligamento em reunião realizada no centro de treinamento do Parque Ecológico. Dorival Júnior é o favorito para substituí-lo.

A decisão foi tomada pela diretoria apenas três semanas após a conquista do Campeonato Paulista, o primeiro título da agremiação desde 2019. O triunfo sobre o arquirrival Palmeiras teve grande celebração da torcida e do próprio clube, que produziu um documentário sobre a decisão, mas não ofereceu grande sobrevida a Díaz.

Ramón e seu filho, Emiliano, que dividia com o pai as tarefas na condução da equipe, eram questionados internamente desde o ano passado. Balançavam em seus cargos até a sequência de nove vitórias que tirou o Corinthians da zona de rebaixamento do Brasileiro e o levou à fase preliminar da Copa Libertadores.

Na competição continental, porém, o time fracassou. Eliminado pelo Barcelona-EQU, deixou o principal torneio da América do Sul e passou a disputar a secundária Copa Sul-Americana -com apenas um ponto em dois jogos até aqui. No Brasileiro, são quatro pontos em quatro rodadas.

A morte de uma menina de 8 anos após inalar desodorante aerossol por conta de um desafio de rede social voltou a chamar a atenção para a importância de monitorar o que menores de idade acessam na internet.

O óbito de Sarah Raissa Pereira de Castro foi confirmado no domingo (13). Ela tinha sido hospitalizada na quinta-feira (10), após ser encontrada desacordada pelo avô ao lado de um celular, um frasco de desodorante e uma almofada encharcada pelo produto.

Este não foi o primeiro caso do tipo: em março, a menina Brenda Sophia Melo de Santana, de 11 anos, morreu pelo mesmo motivo.

As principais redes sociais dizem que só permitem usuários com mais de 13 anos de idade, mas são facilmente usadas por que está abaixo dessa faixa etária. Ainda assim, elas oferecem ferramentas de supervisão para pais.

Também é possível monitorar a atividade de crianças e adolescentes por meio de recursos do sistema operacional. O Google e a Apple permitem definir limites de tempo de uso e bloquear acesso a certos sites e aplicativos no Android e no iPhone, respectivamente.

Até mesmo os gênios são humanos.

Albert Einstein pode ser o pai da teoria da relatividade, e o físico que explorou e explicou a gravidade e a luz. Mas até ele, às vezes, não tinha fé em suas próprias teorias.

Essa insegurança o levou a cometer alguns erros.

A 'maior mancada'
Enquanto trabalhava em sua teoria da relatividade geral, os cálculos de Einstein sugeriam que a gravidade faria o Universo se contrair ou expandir, o que contrariava a visão aceita na época de que o Universo era estático.

Assim, em seu artigo de 1917 sobre a relatividade geral, Einstein inseriu uma "constante cosmológica" em suas equações para neutralizar efetivamente o impacto da gravidade, aderindo assim à ortodoxia de que o Universo era estático.

Em 2025, a tradicional encenação da Via Sacra Ao Vivo em Ibitinga, realizada pelo Grupo de Teatro Bom Jesus, celebra 44 anos de história e traz novidades para o público. Com novas roupagens nos figurinos, cenários e efeitos especiais, o evento promete mais realismo para os espectadores.

A Via Sacra Ao Vivo, que foi criada em 1982 com o objetivo de refletir sobre a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo, conta com a participação de cerca de 300 pessoas, entre artistas e organizadores.

O espetáculo, organizado pelo Grupo de Teatro Bom Jesus, é uma realização da Prefeitura da Estância Turística de Ibitinga, por meio das Secretarias de Cultura e Turismo, com a promoção da TV TEM.

 A encenação será marcada por novos cenários e um mecanismo especial que dá mais realismo à cena da crucificação. Outro ponto de destaque será a ressureição de Jesus, com efeitos pirotécnicos emocionantes.

A primeira apresentação aconteceu em Arealva, no dia 12 de abril, e a seguir, a encenação será realizada em Ibitinga, com diversas datas e locais, como o Teatro Municipal Darcy de Biazi e o Pavilhão de Exposições Dr. Licínio Hilmar de Oliveira Arantes.

Há quatro anos, um fotógrafo e cientista social de Marília (SP) foi motivado pelas más condições de moradia dos moradores do Conjunto Habitacional Paulo Lúcio Nogueira, conhecido como prédios da CDHU, divulgadas pela imprensa, a quebrar um estigma da cidade: o de que aquele lugar era perigoso.

Seu objetivo era entender quem eram as pessoas que viviam ali, num local que, segundo engenheiros e perícias, corria risco de desabar a qualquer momento.

As visitas e entrevistas com os moradores resultaram em um trabalho hipermídia que começa com uma exposição de fotos, com abertura marcada para às 16h deste sábado (12), na Galeria de Artes de Marília (SP).

O projeto se desdobra ainda em publicações nas redes sociais com a história por trás de cada imagem, e culmina em um documentário que será exibido na estreia da exposição. (Saiba mais ao final da reportagem.)

Em entrevista ao g1, o fotógrafo Marcelo Sampaio, de 51 anos, com mais de duas décadas de carreira, contou que o interesse pelo local começou quando surgiram as primeiras notícias sobre as condições precárias de moradia.

Carne de porco frita no azeite, mostarda dijon artesanal, hambúrguer com blend especial, queijo coalho selado na chapa, maionese de alho assado, abacaxi caramelizado no melaço de cana e, para finalizar, um parmesão ralado: esse é o ‘Brasileirinho’, a receita especial destaque feita por uma hamburgueria de Botucatu (SP).

O prato foi apresentado nesta terça-feira (8) em uma competição organizada pelas Chefs Brasil em São Paulo (SP) e recebeu, além de elogios do Chef Roberto Ravioli , o 2º lugar dentre diversos restaurantes de todo o estado.

Matheus Moreira, proprietário e apaixonado pela gastronomia contou, em entrevista ao g1, como foi a experiência de representar o interior de São Paulo, além de seus esforços para se tornar uma grande referência dos ‘burguers’.

Equipes de resgate encontraram na manhã deste domingo (13) o corpo de um piloto de paraglider que estava desaparecido desde o sábado (12), depois de sofrer um acidente durante o voo em Botucatu (SP).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o corpo foi localizado por volta das 9h30, em uma área de mata. Equipes estão no local aguardando a liberação da perícia para retirada do corpo.

De acordo com informações da Defesa Civil, a vítima foi identificada como Valdir Laércio Felício de 61 anos, morador de Porangaba (SP).

 Ainda conforme a Defesa Civil, o acidente teria acontecido por volta das 12h do sábado na região serrana conhecida como Base da Nuvem. A vítima teria sofrido uma queda de aproximadamente 70 metros.

Nas últimas duas décadas, uma área na Zona Leste de São Paulo — uma das regiões mais populosas da cidade — viu brotar uma verdadeira floresta onde antes só havia entulho e um terreno degradado.

Com o plantio de dezenas de milhares de árvores, o agora Parque Linear Tiquatira virou um refúgio de lazer e atividade física para os moradores do local, que fica na Vila São Geraldo, na divisa entre os distritos da Penha e do Cangaíba.

Mais que isso, a existência dessa enorme área verde numa região densamente populada ajuda a lidar com o calor, segundo cientistas e frequentadores, e atrai para a região muitas espécies de aves e outros seres vivos, que não eram vistos ali há muito tempo.

E todo esse projeto começou com a iniciativa de uma pessoa: Hélio da Silva.

Aos 73 anos, ele é mais conhecido como "o plantador de árvores", graças ao trabalho que tomou para si nos últimos 22 anos.

Nesse período, Silva plantou mais de 41 mil mudas, todas devidamente registradas em fichários e cadernos, e motivou a criação desse parque linear na capital paulista.

Teimosia para vencer a resistência

Silva nasceu na cidade de Promissão, no interior paulista, e mudou-se para a capital com a família na infância, quando tinha oito anos de idade.

Ele mora na Zona Leste da cidade há 65 anos e fez carreira como executivo de importantes empresas do setor açucareiro.

Antes de ir para o trabalho todas as manhãs, Silva gostava de fazer caminhadas pelo Tiquatira. À época, o local tinha apenas um gramado e algumas árvores esparsas .

"Numa dessas andanças, percebi que a região estava ficando cada dia mais degradada. Aos poucos, o Tiquatira virava um depósito de lixo, surgiam minicracolândias, pessoas usavam o local como um motel a céu aberto, comerciantes aproveitavam para transformar os terrenos em estacionamentos de carros", lista ele.

 

Numa manhã de novembro de 2003, ele teve uma ideia.

"Falei para a minha esposa: vou mudar tudo aqui nos próximos dez anos", projetou ele.

"Ela me perguntou o que eu ia fazer. E disse: vou trazer de volta as árvores que existiam aqui há 150 ou 200 anos."

Silva relata que foi totalmente desencorajado pela família e pelos amigos. Não é que eles não gostassem da ideia, só achavam uma iniciativa dessas poderia incomodar e representar até um risco à segurança dele próprio.

"Mas pensei: se acontecer tudo o que eles falavam, ou seja, iriam me agredir, destruir as árvores, o poder público e os comerciantes viriam me ameaçar, é aí que faria mesmo", lembra ele.

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Silva viajou para o interior paulista e comprou as primeiras 200 mudas de árvores para iniciar o projeto.

"Depois de três ou quatro meses do plantio, todas haviam sido destruídas."

A mesma cena se repetiu na segunda tentativa, quando ele espalhou 400 mudas pelo Tiquatira.

"E o pessoal me falava: 'Está vendo? Falamos que iam destruir tudo. E agora, o que você vai fazer?'", relata ele.

"Bem, agora eu vou plantar 5 mil árvores", respondeu à época.

Silva confessa que via esse desafio como um "gatilho", uma "provocação". A cada árvore destruída, ele sentia a necessidade de plantar mais duas, três ou quantas fossem necessárias para que os opositores da ideia desistissem.

Surge um novo parque
Após vencer essas primeiras resistências — e as árvores finalmente terem paz para crescer e prosperar — Silva começou a articular apoios para dar continuidade ao projeto.

Nessa época, ele conheceu um personagem relevante nessa história: Eduardo Jorge, que foi secretário do Meio Ambiente de São Paulo entre 2005 e 2012, durante as prefeituras de José Serra e Gilberto Kassab.

Em entrevista à BBC News Brasil, Jorge conta que a sua gestão promoveu uma "agenda de adaptação" às mudanças climáticas — e uma das ações era justamente expandir as áreas verdes da cidade.

O então secretário conheceu Silva no início de sua gestão na secretaria, durante uma feira comercial de produtos orgânicos, onde acabou convidado a visitar o Tiquatira.

"Eu fui e vi que ele já havia começado a plantar por iniciativa própria, com coragem e determinação. A depender da administração da vez, o projeto que ele havia começado era acolhido e visto com bons olhos; em outras, achavam que ele estava invadindo uma área pública", avalia Jorge.

"Nós passamos a incentivar o que ele estava fazendo no Tiquatira", pontua o ex-secretário.

Jorge detalha que orientou os agrônomos e as subprefeituras que atuam nessa parte da Zona Leste de SP a terem "boa vontade, em vez de prejudicar o trabalho" de Silva.

"Com isso, ele conseguiu acelerar ainda mais o plantio. Hoje, o Tiquatira é o maior parque linear dentro da cidade de São Paulo", comemora o ex-secretário.

 O termo "parque linear" refere-se ao tipo de área verde que tem mais comprimento que largura.

No caso do Tiquatira, falamos uma "faixa verde" de 3 km de extensão e 192 mil m² de área que margeia um córrego de mesmo nome. Ele começa nas imediações da Marginal Tietê e segue até a Avenida São Miguel.

Aliás, o local foi oficialmente reconhecido como parque pela prefeitura em 2008 — embora a densidade atual da vegetação já faça muitos (incluindo o próprio Silva) a considerarem o local uma floresta urbana.

Segundo os registros de Silva, na época da oficialização do parque ele havia plantado cinco mil árvores. Atualmente, essa conta já ultrapassa a casa das 40 mil.

Vale destacar aqui que não existe nenhuma lei na cidade de São Paulo que proíba um cidadão de plantar uma árvore numa área pública ou particular.

No entanto, a prefeitura orienta que as pessoas interessadas em fazer isso solicitem uma autorização junto aos órgãos componentes.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente possui, inclusive, um manual para ajudar a escolher a espécie mais indicada para cada local.

Urbanizar a Mata Atlântica
Silva diz que sempre teve como objetivo trazer a Mata Atlântica — um dos seis biomas brasileiros, ao lado de Caatinga, Cerrado, Pantanal, Amazônia e Pampa — de volta à maior metrópole brasileira.

"A partir da urbanização, a Mata Atlântica foi expulsa, chutada para longe. Mas aqui é o lugar dela. Talvez não seja o nosso lugar, mas garanto que é o dela."

Não custa lembrar que a Mata Atlântica é o bioma mais devastado do Brasil. Essa região é o lar de 72% da população do país e concentra 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Mesmo assim, restam apenas 24% da Mata Atlântica original. Disso, apenas 12% são consideradas áreas de floresta madura e bem preservada.

Vista aérea do TiquatiraCrédito,Vitor Serrano/BBC News Brasil tivo de importantes empresas do setor açucareiro.

Antes de ir para o trabalho todas as manhãs, Silva gostava de fazer caminhadas pelo Tiquatira. À época, o local tinha apenas um gramado e algumas árvores esparsas .

"Numa dessas andanças, percebi que a região estava ficando cada dia mais degradada. Aos poucos, o Tiquatira virava um depósito de lixo, surgiam minicracolândias, pessoas usavam o local como um motel a céu aberto, comerciantes aproveitavam para transformar os terrenos em estacionamentos de carros", lista ele.

 

Numa manhã de novembro de 2003, ele teve uma ideia.

"Falei para a minha esposa: vou mudar tudo aqui nos próximos dez anos", projetou ele.

"Ela me perguntou o que eu ia fazer. E disse: vou trazer de volta as árvores que existiam aqui há 150 ou 200 anos."

Silva relata que foi totalmente desencorajado pela família e pelos amigos. Não é que eles não gostassem da ideia, só achavam uma iniciativa dessas poderia incomodar e representar até um risco à segurança dele próprio.

"Mas pensei: se acontecer tudo o que eles falavam, ou seja, iriam me agredir, destruir as árvores, o poder público e os comerciantes viriam me ameaçar, é aí que faria mesmo", lembra ele.

Silva viajou para o interior paulista e comprou as primeiras 200 mudas de árvores para iniciar o projeto.

"Depois de três ou quatro meses do plantio, todas haviam sido destruídas."

A mesma cena se repetiu na segunda tentativa, quando ele espalhou 400 mudas pelo Tiquatira.

"E o pessoal me falava: 'Está vendo? Falamos que iam destruir tudo. E agora, o que você vai fazer?'", relata ele.

"Bem, agora eu vou plantar 5 mil árvores", respondeu à época.

Silva confessa que via esse desafio como um "gatilho", uma "provocação". A cada árvore destruída, ele sentia a necessidade de plantar mais duas, três ou quantas fossem necessárias para que os opositores da ideia desistissem.

Surge um novo parque
Após vencer essas primeiras resistências — e as árvores finalmente terem paz para crescer e prosperar — Silva começou a articular apoios para dar continuidade ao projeto.

Nessa época, ele conheceu um personagem relevante nessa história: Eduardo Jorge, que foi secretário do Meio Ambiente de São Paulo entre 2005 e 2012, durante as prefeituras de José Serra e Gilberto Kassab.

Em entrevista à BBC News Brasil, Jorge conta que a sua gestão promoveu uma "agenda de adaptação" às mudanças climáticas — e uma das ações era justamente expandir as áreas verdes da cidade.

O então secretário conheceu Silva no início de sua gestão na secretaria, durante uma feira comercial de produtos orgânicos, onde acabou convidado a visitar o Tiquatira.

"Eu fui e vi que ele já havia começado a plantar por iniciativa própria, com coragem e determinação. A depender da administração da vez, o projeto que ele havia começado era acolhido e visto com bons olhos; em outras, achavam que ele estava invadindo uma área pública", avalia Jorge.

"Nós passamos a incentivar o que ele estava fazendo no Tiquatira", pontua o ex-secretário.

Jorge detalha que orientou os agrônomos e as subprefeituras que atuam nessa parte da Zona Leste de SP a terem "boa vontade, em vez de prejudicar o trabalho" de Silva.

"Com isso, ele conseguiu acelerar ainda mais o plantio. Hoje, o Tiquatira é o maior parque linear dentro da cidade de São Paulo", comemora o ex-secretário.

 O termo "parque linear" refere-se ao tipo de área verde que tem mais comprimento que largura.

No caso do Tiquatira, falamos uma "faixa verde" de 3 km de extensão e 192 mil m² de área que margeia um córrego de mesmo nome. Ele começa nas imediações da Marginal Tietê e segue até a Avenida São Miguel.

Aliás, o local foi oficialmente reconhecido como parque pela prefeitura em 2008 — embora a densidade atual da vegetação já faça muitos (incluindo o próprio Silva) a considerarem o local uma floresta urbana.

Segundo os registros de Silva, na época da oficialização do parque ele havia plantado cinco mil árvores. Atualmente, essa conta já ultrapassa a casa das 40 mil.

Vale destacar aqui que não existe nenhuma lei na cidade de São Paulo que proíba um cidadão de plantar uma árvore numa área pública ou particular.

No entanto, a prefeitura orienta que as pessoas interessadas em fazer isso solicitem uma autorização junto aos órgãos componentes.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente possui, inclusive, um manual para ajudar a escolher a espécie mais indicada para cada local.

Urbanizar a Mata Atlântica
Silva diz que sempre teve como objetivo trazer a Mata Atlântica — um dos seis biomas brasileiros, ao lado de Caatinga, Cerrado, Pantanal, Amazônia e Pampa — de volta à maior metrópole brasileira.

"A partir da urbanização, a Mata Atlântica foi expulsa, chutada para longe. Mas aqui é o lugar dela. Talvez não seja o nosso lugar, mas garanto que é o dela."

Não custa lembrar que a Mata Atlântica é o bioma mais devastado do Brasil. Essa região é o lar de 72% da população do país e concentra 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.

Mesmo assim, restam apenas 24% da Mata Atlântica original. Disso, apenas 12% são consideradas áreas de floresta madura e bem preservada.

Mas o que significa "urbanizar a Mata Atlântica", como pretende Silva?

"Isso representa um resgate de nossa própria humanidade, de um convívio saudável com a natureza. Precisamos pensar a partir desse lugar, a metrópole de São Paulo, que está inserida na Mata Atlântica. Urbanizar então é devolver ao local esse direito [de ter mais áreas verdes]", responde o biólogo Cesar Pegoraro, mobilizador da causa Água Limpa da ong SOS Mata Atlântica.

"Manter uma área verde como essa [o Tiquatira] traz uma série de vantagens para o ambiente urbano e muitos incrementos à qualidade de vida das pessoas. Ter biodiversidade perto de onde moramos é muito importante para a estabilidade humana", complementa ele.

O especialista destaca como povoados, cidades e civilizações inteiras se instalaram em regiões com rios e natureza — e como essa troca com os recursos naturais foi, é e sempre será importante para a nossa espécie.

Para transformar o Tiquatira numa área densamente vegetada, Silva foi estudar um pouco de agronomia, para entender como otimizar esse trabalho.

"É preciso plantar a árvore certa no lugar certo", reforça ele.

Uma das estratégias que ele adota até hoje é a de plantar uma espécie frutífera a cada 12 mudas que vão para a terra. Todas elas são típicas da Mata Atlântica.

"Desde o primeiro dia foi assim. Essa é uma maneira de atrair pássaros, de atrair vida", explica ele.

Hoje em dia, basta fazer uma breve caminhada pelo Tiquatira para ver e ouvir dezenas de espécies de aves — frequentadores já avistaram até tucanos, que voam do Parque Várzeas do Tietê, que fica nas proximidades, até ali.

"Esses animais são grandes disseminadores de sementes e ajudam muito a plantar e espalhar as árvores", nota Silva.

Outro ser vivo que passou a aparecer com frequência na região foram as cigarras.

Quando a reportagem da BBC News Brasil visitou o Tiquatira pela primeira vez em novembro de 2024, o período de acasalamento desses insetos havia terminado há pouco e era possível ver centenas de carapaças deles nos troncos das árvores.

Mudanças profundas
Após duas décadas de trabalho e 40 mil árvores plantadas, Silva entende que a região está absolutamente transformada.

"A principal coisa que aconteceu aqui foi o resgate da autoestima das pessoas. Eu sinto o prazer que elas têm ao caminhar no parque", observa ele.

Quem circula pelo Tiquatira faz uma avaliação parecida.

Mariana, de 27 anos, realizava uma caminhada no parque quando parou para conversar com a reportagem da BBC News Brasil.

Ela diz que se sente feliz de ter uma área verde próxima de casa para se exercitar.

"As pessoas passaram a frequentar muito mais o parque. Agora ele está bonito e bem estruturado. Abriram mais comércios ao redor, então temos mais bares e restaurantes, que atraem muita gente", observa ela.

Mariana também diz que o Tiquatira ganhou uma importância na vida cotidiana dela. "Esse é um lugar que venho para desestressar, fazer amizades, conhecer as pessoas e observar os bichinhos que passam por aqui", lista ela.

Já Neide, que circula por essa região de São Paulo há 37 anos e mantém uma barraca onde vende bebidas e alguns petiscos no parque, afirma que "não trocaria o Tiquatira por nada".

"Esse lugar representa meu trabalho, meus amigos, as várias pessoas que conheci e amo", confessa ela.

Um refúgio contra o calor
O surgimento dessa verdadeira floresta urbana também ajuda a lidar com problemas cada vez mais frequentes relacionados às mudanças climáticas, como as ondas de calor.

A física Regina Maura de Miranda, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (Each-USP) explica que as áreas verdes "são extremamente importantes em regiões urbanas".

"Parques, hortas, paredes com plantas, qualquer espaço com vegetação, todos são sempre bem-vindos", contextualiza ela.

"Isso se deve principalmente ao conforto térmico. Temos muitas evidências científicas que mostram que bairros arborizados apresentam temperaturas mais amenas."

A pesquisadora lembra que a Zona Leste de SP é uma das áreas mais impermeabilizadas da cidade.

"E quando vemos mapas de temperatura de superfície, essa região apresenta uma tendência de ter temperaturas mais altas", compara ela.

Os frequentadores do parque veem isso na prática.

"Quando chego no parque, já percebo um frescor. Quando estou no asfalto, nas ruas, mesmo nas proximidades, sinto muito mais calor", relata Mariana.

"Eu gosto de vir para o Tiquatira porque aqui é frequinho e isso ajuda a aliviar esse calorzão", complementa ela.

"Se não fossem essas árvores que fazem sombra, estaria bem pior o calor aqui", concorda Neide.

Os próximos passos
Silva ainda vai praticamente todos os dias no Parque Tiquatira e continua a plantar árvores — desde o início do projeto, ele custeou do próprio bolso a compra das mudas e de todos os insumos necessários, como adubo e fertilizantes.

"É muito gostoso plantar uma árvore. E mais gostoso ainda é vê-la crescer e te olhar. Enquanto nós conversamos aqui, elas escutam tudo o que dizemos", acredita ele.

Silva tem o costume de dialogar com as árvores — e diz que houve respostas, sempre no tempo das plantas.

O plantador de árvores deseja superar a marca de 50 mil mudas na terra do Tiquatira. Mas não acha que chegar a essa marca representará um fim do trabalho.

Ele também articula a instalação de pequenas bibliotecas públicas ao longo do parque, para que as pessoas possam pegar livros emprestados.

E ainda aceita os muitos convites para conversas e palestras, particularmente em escolas, onde deseja inspirar uma nova geração de plantadores de árvores.

"Eu já fiz um trato com Deus: não vou morrer, vou virar uma árvore."

"O dia que você quiser conversar comigo, basta vir aqui e falar. E talvez eu até te responda… Só não vale ficar com medo e sair correndo", brinca ele.

 

 

Da BBC News Brasil em Londres

Duas equipes do Sesi de São Paulo vão representar o Brasil no World Festival, o campeonato mundial de robótica que será realizado em Houston, nos Estados Unidos.

A equipe Biotech, de Barra Bonita (SP), garantiu vaga de forma inédita ao conquistar o na etapa nacional da mesma competição.

Já a equipe Megazord, de Jundiaí (SP), se classificou após ser campeã nas duas regionais da First Robotics Competition e vai para a disputa internacional com um robô projetado para agilidade e precisão.

Conquista Inédita

A equipe Biotech já participou de oito mundiais, mas esta será a primeira vez que disputa o World Festival em Houston.

A orientadora de educação digital e técnica da equipe há 14 anos, Ana Maria Papili Pagini, explica que alcançar essa conquista, a equipe obteve o 1º lugar no Champions Award no Regional e o 2º lugar no Champions Award na etapa Nacional, garantindo, assim, a classificação.

Segundo Ana Maria, o feito representa muito mais que uma premiação.

“Essa conquista tem um grande significado tanto para a Rede Sesi quanto para a equipe Biotech, pois reflete não apenas o talento e o esforço individual e coletivo dos membros da equipe, mas também o impacto positivo do Sesi na formação de jovens talentos.”

A equipe é formada por seis integrantes, uma técnica e mais dois profissionais de apoio. Todos estão com a viagem programada com dois dias de antecedência em relação ao evento, que será realizado entre os dias 16 e 19 de abril.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar as caudas de um incêndio que destruiu três ônibus estacionados na garagem de uma empresa de transportes no bairro Jardim Nova Jaú, em Jaú (SP).

O incêndio foi registrado no sábado (5) e a empresa responsável, a Viação Jauense, estima um prejuízo de R$ 600 mil. (Veja abaixo a nota da empresa na íntegra).

De acordo com a Polícia Civil, não houve registro de feridos. O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu controlar as chamas, mas os veículos foram destruídos.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram a intensidade do incêndio.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), a perícia foi acionada e o caso encaminhado para a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jaú.

Em nota publicada nas redes sociais, a Viação Jauense, lamentou o ocorrido. (Leia abaixo).

Começou a preparação para o show da Lady Gaga no Rio de Janeiro. A cantora vai se apresentar no dia 3 de maio e, nesta segunda (07), a praia de Copacabana já recebe a estrutura que será usada na montagem do palco. Os organizadores esperam um público superior a 1 milhão de pessoas.

O show foi confirmado no dia 21 de março, e a cantora escreveu que a apresentação será inesquecível.

"É uma grande honra ser convidada para cantar para o Rio — durante toda a minha carreira, os fãs no Brasil têm sido parte da força vital dos 'little monsters' [apelido dos seus fãs]. Eu estava morrendo de vontade de ir me apresentar para vocês há anos e fiquei de coração partido quando tive que cancelar anos atrás porque estava hospitalizada".

Policiais e promotores de diferentes regiões do país estão se infiltrando em comunidades online — especialmente no Discord — para combater crimes brutais contra menores de idade. Entre as violações mais comuns estão a chantagem com fotos íntimas, indução à automutilação, estupro virtual e incitação ao suicídio.

O Fantástico deste domingo (6) mostrou como essas operações vêm sendo conduzidas para proteger as vítimas, alertar os pais e levar os agressores à Justiça (veja no vídeo acima).

Em uma sala dentro da Secretaria de Segurança Pública, policiais civis monitoram grupos criminosos e, em muitos casos, chegam aos envolvidos quando o crime estava prestes a acontecer — como em um caso de estupro virtual descrito por um dos investigadores.

 "A gente tava infiltrado e houve a explanação de uma menina, e a partir de então a gente começou monitorar a vítima e conseguimos chegar no endereço da mãe. Eu mesmo peguei o telefone, liguei para mãe e a mãe não acreditou", conta Lisandra Salvariego Colabuono, delegada de polícia.

"Ela disse 'não tem nada de errado aqui na minha casa' e eu disse: tem sim, a senhora vai até o quarto da sua filha, sua filha não está dormindo, sua filha vai ser vítima de um estupro virtual".

Os agentes trabalham dia e noite infiltrados nas comunidades no Discord e em outras redes. E também recebem denúncias de ativistas. O núcleo existe desde novembro de 2024.

"O nosso monitoramento é totalmente passivo, nós funcionamos como observadores digitais", conta Lisandra Salvariego Colabuono. "Hoje nós temos 92 vítimas de violência salvas. São vítimas que foram agraciadas com o poder de polícia, com a intervenção do estado."

E se você pudesse ouvir música ou um podcast sem fones de ouvido e sem incomodar ninguém ao seu redor? Ou ter uma conversa particular em público sem que outras pessoas o ouçam?

Nossa pesquisa recém-publicada apresenta uma maneira de criar enclaves de áudio — bolsões localizados de som isolados do resto do ambiente. Em outras palavras, desenvolvemos uma tecnologia que pode criar som exatamente onde ele precisa estar.

A capacidade de enviar um som que se torna audível apenas em um local específico pode transformar o entretenimento, a comunicação e as experiências de áudio espacial.

O que é som?
O som é uma vibração que viaja pelo ar como uma onda. Essas ondas são criadas quando um objeto se move para frente e para trás, comprimindo e descomprimindo as moléculas de ar.

A frequência dessas vibrações é o que determina o tom. As baixas frequências correspondem a sons graves, como um bumbo; as altas frequências correspondem a sons agudos, como um apito.

É difícil controlar para onde o som vai por causa de um fenômeno chamado difração — a tendência das ondas sonoras de se espalharem à medida que viajam. Esse efeito é particularmente forte para sons de baixa frequência devido aos seus comprimentos de onda mais longos, tornando quase impossível manter o som confinado a uma área específica.

Certas tecnologias de áudio, como alto-falantes de matriz paramétrica, podem criar feixes de som focalizados direcionados a uma direção específica. No entanto, essas tecnologias ainda emitem som que é audível ao longo de todo o seu caminho enquanto viaja pelo espaço.

 

Descobrimos uma nova maneira de enviar o som para um ouvinte específico: por meio de feixes de ultrassom autoflexionados e um conceito chamado acústica não linear.

O ultrassom refere-se a ondas sonoras com frequências acima da faixa de audição humana, ou seja, acima de 20 kHz. Essas ondas viajam pelo ar como ondas sonoras normais, mas são inaudíveis para as pessoas. Como o ultrassom pode penetrar em muitos materiais e interagir com objetos de maneiras únicas, ele é amplamente usado para imagens médicas e muitas aplicações industriais.

Em nosso trabalho, usamos o ultrassom como um transportador de som audível. Ele pode transportar o som pelo espaço silenciosamente, tornando-se audível somente quando desejado. Como fizemos isso?

Normalmente, as ondas sonoras se combinam linearmente, o que significa que elas se somam proporcionalmente em uma onda maior. Entretanto, quando as ondas sonoras são suficientemente intensas, elas podem interagir de forma não linear, gerando novas frequências que não estavam presentes antes.

No estado de Tamil Nadu, no sul da Índia, observadores florestais usam um sistema de monitoramento baseado em Inteligência Artificial para proteger elefantes que costumam cruzar os trilhos de uma movimentada ferrovia.

Cerca de 200 trens passam diariamente pela estrada de ferro que atravessa uma densa floresta. Numa sala de controle, observadores monitoram o movimento dos animais com a ajuda de câmeras e IA. O projeto foi iniciado pelo departamento de Tamil Nadu em 2024.

Um asteroide que gerou temores de uma colisão com a Terra agora tem quase 4% de probabilidade de atingir a Lua, segundo dados do telescópio espacial James Webb.

Estima-se que o asteroide tenha cerca de 60 metros e capacidade para destruir uma cidade caso atingisse nosso planeta. A hipótese de uma colisão contra a Terra foi descartada, mas ela já chegou a ser considerada "alta": 3,1%. Essa foi a maior probabilidade já medida pelos cientistas de um asteroide impactar a Terra.

Mas após uma série de observações posteriores, os cientistas acabaram descartando que o asteroide - denominado 2024 YR4 - vá atingir a Terra em 22 de dezembro de 2032.

Riscos para a Lua em alta

No entanto, as probabilidades de ele se chocar com o satélite natural do nosso planeta têm aumentado constantemente.

Depois que o telescópio Webb voltou suas poderosas lentes para o asteroide no mês passado e novos cálculos foram feitos, a probabilidade de um impacto com a Lua agora foi estimada em 3,8%, segundo a Nasa.

Aposentados, pensionistas e beneficiários de auxílios do INSS começam a receber a primeira parcela do 13º salário a partir de 24 de abril, de acordo com o número final do cartão do benefício.

O primeiro pagamento será feito de 24 de abril a 8 de maio;
A segunda parcela será depositada de 26 de maio a 6 de junho.
A antecipação vai injetar cerca de R$ 73,3 bilhões na economia brasileira.

A medida foi anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quinta-feira (3), durante evento em Brasília, e atende a um pedido do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, solicitou à Dataprev que rode a folha de pagamento já com o abono neste mês. Segundo ele, o pagamento antecipado é essencial para ajudar os mais de 34,2 milhões de segurados do INSS a cobrir despesas básicas, como alimentação e medicamentos.

O cacique Raoni Metuktire manifestou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), nesta sexta-feira (4), que é contrário à exploração de petróleo na bacia da foz do Amazonas, como deseja a Petrobras.

O líder indígena cobrou uma postura de maior preservação ambiental do presidente durante cerimônia no Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso.

O cacique é uma das vozes mais influentes do Brasil na defesa dos povos indígenas e do meio ambiente.

Raoni citou as discussões no governo sobre a abertura de uma nova frente de exploração de petróleo na Foz do Rio Amazonas, no Norte do país. A Petrobras projeta uma retirada potencial de 10 bilhões de barris na região.

Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) indicou que a musculação protege o cérebro de idosos contra demências e doenças como Alzheimer. Os resultados foram publicados pela revista americana GeroScience, em janeiro deste ano.

A pesquisa acompanhou 44 idosos no interior de São Paulo diagnosticados com comprometimento cognitivo leve - um quadro clínico considerado "pré-Alzheimer", segundo a doutora em neurociência pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp Isadora Ribeiro, responsável pelo estudo.

De acordo com a pesquisadora, no comprometimento cognitivo leve, o paciente é sintomático, mas não atinge uma pontuação ideal para receber o diagnóstico de Alzheimer quando é submetido a testes neuropsicológicos.

Os participantes foram divididos em dois grupos: metade realizou treino de força com progressão de carga duas vezes na semana, ao longo de seis meses. Os demais não realizaram qualquer exercício físico no período.

Os participantes que faziam treino de força mostraram uma melhor performance da memória, além de apresentarem alterações na anatomia cerebral, e em alguns casos, a remissão do quadro clínico.

A pesquisa foi conduzida no Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia em Campinas (SP), um centro de pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) dentro do campus da Unicamp.

 Mudança na anatomia e remissão

Ao fim dos seis meses de estudo, o grupo que praticou a musculação apresentou uma proteção parcial contra a redução do volume no hipocampo e do pré-cutâneo, regiões do cérebro que exercem papel importante na memória e na cognição. Já o o grupo que não fez o exercício desenvolveu a atrofia.

dois idosos que não praticaram musculação converteram o quadro inicial para a doença de Alzheimer
e cinco que praticaram a musculação, não pontuaram no teste neuropsicológico, indicando que estavam com a cognição preservada.

"Quem fez a musculação, a redução do volume do cérebro parou naquelas regiões [hipocampo e do pré-cutâneo]. E quem não fez, continuou", afirma a pesquisadora.

 Em entrevista ao g1, a e responsável pelo estudo, explicou que, apesar de já ser comprovado que o aumento da força muscular está relacionado com o crescimento da cognição, ela queria entender qual seria a alteração no cérebro.

"Já sabíamos que alguns tipos de exercício melhoravam a cognição em idosos, como os exercícios aeróbicos, entre outros. Mas a gente queria ver, com o treinamento de força, o que acontecia. Porque o aumento da força muscular está relacionado com o aumento da cognição, e também com a diminuição da incidência da doença de Alzheimer", explica a a pesquisadora.

"'Eles têm uma perda cognitiva acentuada de memória ou de atenção, ou até de funções executivas, que estão relacionadas com o planejamento de atividades da vida diária", diz Ribeiro.

Saúde dos neurônios

O trabalho foi o primeiro a demonstrar o que acontece com a integridade da substância branca —tecido do sistema nervoso que constitui as redes neurais relacionadas a funções cognitivas — dos idosos diagnosticados com comprometimento cognitivo leve após a prática de musculação.

Ribeiro explica que, além de perceber o que acontece com o volume do cérebro após uma intervenção com a musculação, também observou que o treino de força melhorou a "saúde dos neurônios".

O primeiro sinal de temperatura amena e friozinho no Brasil começa em abril, segundo os meteorologistas. A previsão é de que três massas de ar frio atinjam o país ainda nos primeiros quinze dias do mês.

Depois de meses de temperaturas altas, abril deve trazer uma trégua em vários estados. Estão previstas três massas de ar frio de origem polar, que devem provocar queda nas temperaturas.

1ª massa de ar polar
Começa nesta semana, mas deve ser mais fraca.

A queda de temperatura deve atingir apenas o Rio Grande do Sul.

2ª massa de ar polar
Prevista para ocorrer entre os dias 5 e 9 de abril.

 A previsão indica queda nas temperaturas em:

Santa Catarina, com mínima de 19°C;
Rio Grande do Sul, com mínima de 14°C;
Curitiba, com mínima de 14°C;
Mato Grosso do Sul, com mínima de 22°C em algumas áreas;
São Paulo, com mínimas de 16°C;
Rio de Janeiro, com mínima de 18°C em parte do estado;
Sul de Minas e Zona da Mata (mínimas não especificadas).

Os preços dos medicamentos terão reajuste a partir desta segunda-feira (31). A mudança foi oficializada após publicação no Diário Oficial da União (DOU).

O valor, estabelecido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), funcionará como um teto de aumento para todo o setor farmacêutico. O impacto, no entanto, não é imediato e pode demorar até ser sentido pelo consumidor (entenda a seguir).

Um homem de 66 anos morreu afogado neste sábado (29) em uma represa localizada no sítio da família dele, no bairro Jacutinga, em Tabatinga (SP).

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a ocorrência foi registrada por familiares, que informaram que a vítima havia saído de casa na sexta-feira (28) e ainda não tinha retornado.

As equipes de resgate foram até o local, um sítio em que a família mora, e viram os pertences do homem e suas ferramentas de pesca próximo à represa.

Os habitantes de Paris aprovaram mais uma iniciativa para desincentivar o uso de carros na cidade. Após proibir aplicativos de patinete elétrico e triplicar a cobrança de estacionamento para veículos do tipo SUV, a capital francesa pretende agora banir completamente automóveis de 500 ruas, que serão arborizadas e transformadas em zonas para pedestres.

A medida, que faz parte dos esforços da administração municipal para melhorar a qualidade do ar e tornar a cidade mais agradável e segura para pedestres, foi aprovada em referendo popular por praticamente dois em cada três cidadãos da capital francesa que compareceram à votação no domingo (23).

Com o apoio popular, a prefeitura pretende fechar para carros cerca de 25 ruas em cada um dos 20 arrondissements (distritos). Atualmente, automóveis já não podem circular em cerca de 220 ruas. Com isso, uma em cada dez ruas de Paris deverá ser de uso exclusivo de pedestres. Os endereços ainda serão definidos posteriormente, em consultas com a população.

A decisão deve implicar ainda na perda de até 10 mil vagas de estacionamento na capital francesa ao longo dos próximos anos. Esse número se soma às outras 10 mil já eliminadas desde 2020.

Dados da prefeitura apontam que o trânsito na região caiu mais da metade desde 2001, quando os socialistas, atualmente liderados pela prefeita Anne Hidalgo, ascenderam ao poder. Na Paris central, apenas um em cada três domicílios dispõe de um carro. Nos subúrbios, onde vivem 10 milhões de pessoas e a rede de transporte público é menor, essa proporção é de dois para cada três.

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