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A visita do Papa ao Paraguai fez uma multidão de argentinos e brasileiros atravessar a fronteira terrestre para ver Francisco de perto.
O governo paraguaio estima que possa receber até 3 milhões de visitantes de sexta (10) a domingo (12), o que representaria quase a metade da população do país.
Só da Argentina deverão sair 1 milhão de peregrinos, estimou o Departamento de Migrações argentino.


Desde quarta (8), a rodoviária de Buenos Aires está repleta de grupos dispostos a enfrentar quase 24 horas de viagem até Assunção, a um custo de R$ 600 a R$ 1.500.
O professor Mário Mansilla, 30, da congregação caetana do bairro portenho de Liniers, disse que não podia perder a bênção do "argentino mais famoso do mundo, até mais do que Maradona".


Em sua segunda viagem à América do Sul desde que se tornou papa -a primeira foi ao Brasil, em 2013-, Francisco não vai à terra natal.

Na Argentina, acreditam que Francisco quer evitar a política em ano de eleições. A presidente Cristina Kirchner, porém, já prometeu cruzar a fronteira para vê-lo.


Para o brasileiro Jode Tanaka, 38, que passou pela Ponte da Amizade na sexta (10), Francisco demonstra desapego ao não privilegiar seu país. "É como se dissesse que não é um papa argentino, mas de todos os latino-americanos."


Entre as 8h e as 17h desta sexta (10), 30 ônibus com peregrinos passaram pela ponte entre Brasil e Paraguai para ver Francisco, segundo o Ministério do Turismo. Além de brasileiros, argentinos e uruguaios pegaram a estrada.