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O padre Amauri Thomazzi, que celebrava a missa na Catedral Metropolitana de Campinas no momento em que um atirador matou quatro pessoas e tirou a própria vida, compartilhou um vídeo em sua rede social afirmando que o homem teria disparado mais de 20 tiros contra os fiéis.

Na breve gravação publicada no Facebook na tarde desta terça-feira(11), o religioso aparece bastante emocionado e tenta tranquilizar os fiéis. "Está tudo bem. Eu rezei a missa das 12h15 e, no final, uma pessoa entrou atirando, fez algumas vítimas. Ninguém pôde fazer nada, ajudar de forma nenhuma. Eu peço a oração de todos. Estamos todos bem", disse.

Thomazzi relatou que o agressor se matou logo depois de atirar contra as pessoas e pediu oração para os feridos. "A vocês, amigos, eu peço que rezem pela pessoa e pelos feridos. Ele se matou depois da situação, foram mais de 20 tiros. Estamos muito abalados com o que aconteceu." O religioso também ressaltou que a igreja está isolada pela polícia e "não há como entrar ou sair".

O prefeito Jonas Donizette (PSB) decretou nessa terça-feira (11) luto oficial de três dias. A expectativa é que os velórios das vítimas ocorram a partir desta quarta-feira (12).

Polícia quer traçar percurso feito pelo atirador; Euler tinha diário e se sentia perseguido, diz delegado

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Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos tirou a própria vida depois balear os fiéis que estavam rezando na igreja

A Polícia Civil quer traçar nesta quarta-feira (12) o percurso do atirador Euler Fernando Grandolpho entre a casa dele, em Valinhos (SP), até a Catedral Metropolitana de Campinas (SP), onde matou quatro pessoas e feriu outras quatro antes de cometer suicídio na tarde de terça-feira (11), segundo a Polícia Militar. Os policiais também vão investigar um diário encontrado na casa dele com sinais de que se sentia perseguido.
Os policiais civis disseram à EPTV, afiliada da TV Globo, que Euler Grandolpho almoçou em casa com a família. E cerca de uma hora e quinze minutos depois cometeu os assassinatos logo após o fim da missa das 12h15.

Os policiais querem saber como ele se deslocou da residência da família em um condomínio fechado em Valinhos ao templo católico, já que não tinha carro. Querem descobrir também se o atirador se encontrou com alguém, ou teve algum desentendimento.

Ainda falta entender o trajeto da casa até a igreja, motivação exata ainda não temos, mas tudo indica que isso decorreu de um surto psicótico, ou seja, uma coisa dessa que se agravou", disse o delegado José Henrique Ventura, que comanda as investigações pelo Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo-Interior 2 (Deinter-2).

Diário e perseguições
De acordo com o delegado, os investigadores descobriram que o atirador fazia uma espécie de diário onde anotava placas de carros e outras informações sobre supostas perseguições a ele.

"Ele tinha um perfil de se sentir perseguido. Chegou a registrar boletins de ocorrência e segundo consta, até em função desse perfil, que poderia vir de uma depressão, ele fez uma consulta no CAPS que é um centro de apoio psicossocial para tratar disso", afirmou o delegado do Deinter-2.

Depressão e armas
Os familiares confirmaram que o atirador chegou a fazer tratamento para depressão e temiam que ele cometesse suicídio. O pai disse aos policiais desconhecer o fato de o filho ter armas. O atirador estava com duas armas, ambas com numerações raspadas, alvo das investigações nesta quarta-feira.

"A família hora nenhuma desconfiou que ele poderia ter alguma arma, ele nunca falou em arma, nunca foi visto com arma, as vezes quando estava depressivo tinha conversas estranhas, o que fazia com que eles temessem que pudesse cometer um suicidio, mas não essa tragédia", explicou o delegado Ventura. (G1)

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