O Brasil é o quarto país no mundo onde mais jornalistas morreram em 2016, segundo ranking da ONG Repórteres sem Fronteiras. Foram quatro jornalistas mortos no país até esta sexta (14), mesmo número do Iraque. Em primeiro lugar está o México, com 12 mortes contabilizadas. Na Síria, país que vive uma guerra civil desde 2011, foram sete mortes. À frente do Brasil há ainda o Iêmen, com cinco jornalistas mortos. De acordo com a ONG, 47 jornalistas foram mortos neste ano e outros 145 estão presos.
O Brasil está em 104º lugar no ranking de liberdade de imprensa produzido pelo Repórteres sem Fronteiras, que avaliou 180 países. Em 2015, o país ficou na 99º colocação. Em 2002, primeiro ano do ranking, o Brasil obteve sua melhor posição –54° entre 134 países avaliados.
"O Brasil é um dos países da América Latina mais violentos e perigosos para jornalistas", afirma o relatório da ONG, apontando existência de assassinatos e ataques físicos durante manifestações.
"Proteger os repórteres é ainda mais difícil devido à falta de um mecanismo nacional para sua proteção e a um clima de impunidade alimentado pela corrupção onipresente", diz ainda o texto.
Na América do Sul, apenas Venezuela (139º), Colômbia (134°), Paraguai (111°) e Equador (109°) estão atrás do Brasil no ranking. A Argentina aparece em 54º, Bolívia em 97°, Peru em 84º, Chile em 31° e Uruguai em 20°.