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Cinquenta pessoas morreram e mais de 400 ficaram feridas após um homem atirar do 32º andar do Mandalay Bay, um famoso cassino e resort de Las Vegas (EUA), contra multidão que participava de um festival de música na noite deste domingo (horário local, madrugada desta segunda em Brasília). A ação já é considerada o maior ataque a tiros da história dos Estados Unidos.

O número de vítimas ainda pode aumentar, segundo um porta-voz da polícia. A ação foi reivindicada pelo Estado Islâmico. Stephen Paddock, de 64 anos, teria jurado lealdade ao grupo há alguns meses, segundo a Reuters, citando a agência Amaq, que é ligada aos extremistas. A CNN afirmou que uma autoridade americana declarou que, em princípio, não havia encontrado conexões do incidente com grupos terroristas internacionais.

A primeira informação oficial era de que o suspeito sido morto por policiais. Mais tarde, no entanto, o xerife Joe Lombardo afirmou que o atirador se matou antes da chegada das forças de segurança. Com ele, foram encontrados 10 rifles.

Paddock teria começado a atirar por volta das 22h (horário local; 1h desta segunda, no horário de Brasília), na direção do Route 91 Harvest Festival, um festival de música country ao ar livre. Mais de 22 mil pessoas estavam no local.

A polícia chegou a dizer que uma mulher chamada Marilou Danley, de origem asiática, tinha viajado com o suspeito. Pouco depois, investigadores informaram que ela "não é mais procurada". "Investigadores fizeram contato com ela e não acreditam que ela esteja envolvida com o tiroteio", disse a polícia em nota. Agentes procuram um Tucson, com placa de Nevada, que teria sido usado pelo atirador.

Questionado se achava que se tratava de um ato de terrorismo, o xerife da polícia de Las Vegas, Joseph Lombardo, afirmou "não, não neste momento acreditamos que foi um morador local". Ele chamou o atirador de "lobo solitário".
O site Gun Violence registra uma estatística de 272 grandes tiroteios nos Estados Unidos no decorrer deste ano, sem considerar ainda o de Las Vegas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou o ataque "um ato de pura maldade". Ele também prestou condolências às vítimas e às famílias "no terrível tiroteio em Las Vegas". "Deus abençoe vocês", afirmou no Twitter.
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Como ocorreu o ataque
O motivo do ataque deste domingo ainda é desconhecido. Stephen Paddock teria disparado contra a multidão com o parece ser uma arma automática. Testemunhas disseram à rede CNN que o som era semelhante ao de fogos de artifício e também ao de vidro quebrando.

Uma testemunha contou que viu um homem ferido no pescoço "e, depois, as pessoas começaram a cair como moscas".

O cantor Jason Aldean, que conseguiu escapar, estava no palco quando os espectadores ouviram as primeiras rajadas de tiros. Em poucos segundos, a música parou de tocar. Em um vídeo, uma mulher fala "abaixa, fica abaixado" pouco depois da interrupção da música, e um clima de confusão domina o local. Menos de um minuto depois é possível ouvir novos disparos.

Muitas pessoas correram na tentativa de se proteger dos disparos. Elas buscaram abrigo em hotéis, restaurantes e no aeroporto McCarran.

Vários vídeos do momento dos disparos foram divulgados nas redes sociais. No entanto, a polícia pediu que as pessoas não transmitissem pela internet ou compartilhassem posições táticas de agentes de segurança no local do ataque. "Pode colocá-los em perigo."

Segundo nota da polícia, um agente que estava fora de serviço é um dos mortos no ataque. Dois policiais ficaram feridos – um deles estava em estado crítico, mas já estabilizou.

O Las Vegas Boulevard e a rodovia I15 foram fechadas para tráfego de veículos, e a polícia pediu que a área seja evitada.

A área em torno da casa do atirador Stephen Paddock, na cidade de Mesquite, Nevada, foi bloquada pela polícia local, segundo a imprensa.

Repercussão
O cantor Jake Owen, que se apresentava no festival, publicou no Twitter: "Tiros. Rezem a Deus. Amo vocês. Amo você, Pearl". Depois, afirmou que estava "rezando para todos aqui em Vegas". "Eu testemunhei o evento mais inimaginável hoje à noite. Estamos bem. Outros, não. Por favor, rezem".

A cantora Lauren Alaina, que se apresentou no sábado no festival de música country, afirmou que está "rezando para todos no Route 91". "Aquela multidão foi uma das melhores. Essa notícia é devastadora".

 

Do G1