Após a destruição de ontem, a PM do DF e o Exército desmontaram o acampamento de bolsonaristas em Brasília.

Mais de 1,2 mil foram detidos lá. O ministro Alexandre de Moraes deu 24 horas para que governadores ajam para desmontar os acampamentos em seus respectivos estados.

 

Em Brasília, Lula se reuniu com os chefes dos outros poderes para discutir medidas que serão tomadas contra os terroristas. Em nota conjunta, pediram respeito à democracia.

O governo criou o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. para receber informações sobre os terroristas do ataque de ontem. Mais de 170 já foram levados a presídios

Moraes mandou também apreender os veículos usados para levar bolsonaristas radicais a Brasília. Levantamento do g1 mostra quem são os donos desses veículos.

A primeira-dama, Janja da Silva, repudiou os ataques terroristas em uma série de posts. "A democracia não vai se dobrar e o presidente Lula não vai baixar a cabeça", escreveu ela.

"Manifestações públicas fazem parte da democracia. Mas estes atos não foram uma manifestação democrática. O povo brasileiro reconhece isso e repudia o que aconteceu ontem. E o mundo democrático sabe o que estava em curso e não vai aceitar retrocessos no Brasil", disse Janja.

O gabinete da primeira-dama no Palácio do Planalto foi invadido e depredado ontem. "Apesar da destruição promovida por vândalos sem qualquer respeito pelo nosso patrimônio e pelo nosso país, estamos hoje aqui no Planalto, trabalhando para reconstruir o Brasil", postou Janja.

 Três Poderes repudiam atos de terrorismo em Brasília

Chefes dos poderes divulgaram uma nota conjunta nesta segunda-feira (9) em que dizem "rejeitar" os atos terroristas de bolsonaristas radicais em Brasília e pedem à população a "defesa da paz e da democracia".

A nota é assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo presidente do Senado em exercício, Veneziano Vital do Rêgo, pelo presidente da Câmara, Arthur Lira, e pela presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber.

O documento foi divulgado após reunião entre eles, no Palácio do Planalto, em Brasília, um dos alvos de bolsonaristas radicais que no domingo (8) invadiram e depredaram prédios públicos na capital.

Papa Francisco condena ataques em Brasília
O papa Francisco condenou nesta segunda-feira (9) os ataques de terroristas bolsonaristas a Brasília neste domingo (8).

Durante o tradicional encontro do início do ano com embaixadores do Vaticano, o pontífice se disse preocupado com as tensões políticas no país. “Penso nos vários países das Américas onde as crises políticas são carregadas de tensões e formas de violência que exacerbam os conflitos sociais. Penso especialmente no que aconteceu recentemente no Peru e, nas últimas horas, no Brasil", declarou o papa durante o encontro.

“Em muitas áreas (do mundo), um sinal do enfraquecimento da democracia é o aumento da polarização política e social, que não ajuda a resolver os problemas urgentes dos cidadãos”, disse.

Planalto diz que obra de Di Cavalcanti destruída por terroristas custa R$ 8 milhões
A Secretaria de Comunicação do Palácio do Planalto divulgou uma nota nesta segunda-feira (9) listando parte dos danos causados pelos terroristas bolsonaristas ao acervo do Palácio do Planalto. Uma das obras danificadas é a tela "As Mulatas" de Di Cavalcanti, estimada em R$ 8 milhões.

De acordo com a nota, "ainda não é possível ter um levantamento minucioso de todas as pinturas, esculturas e peças de mobiliário destruídas".

A escultura de bronze "O Flautista", de Bruno Jorge, estimada em R$ 250 mil, foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Já a escultura parede em madeira de Frans Krajcberg está quebrada em diversos pontos, segundo o Planalto. "A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça está estimada em R$ 300 mil."

G1