Parte dos 718.8 kg de ouro roubados no terminal de carga do aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo, pertencia à mineradora canadense Kinross, a quinta maior do mundo. O metal foi extraído de uma mina de Paracatu, no noroeste de Minas Gerais.
A mina é uma das maiores do Brasil. No ano passado, ela bateu recorde de produção: 14,7 toneladas de ouro.
A assessoria da empresa informou que o metal precioso estava em trânsito para terceiros, e que tem a expectativa de que o valor seja coberto pela seguradora do provedor de transporte --no caso, a transportadora Brinks.
Num comunicado a clientes, a Brinks afirma que "as autoridades de alguns aeroportos do país estabelecem restrições ao emprego de vigilância armada", e que “não tem autonomia para definir as condições em que determinadas operações são realizadas".
O comunicado diz que "em face dos níveis crescentes das atividades criminosas do país, se vê obrigada a interromper temporariamente suas operações em determinados aeroportos".
Presos
Até agora, três suspeitos de envolvimento com o crime foram presos: o encarregado de despacho do aeroporto Peterson Pattrício, de 33 anos, que disse à polícia ter sido mantido refém pela quadrilha; e um conhecido dele, chamado Peterson Brasil. A investigação aponta que foi Brasil quem convidou Pattrício a participar do assalto.
Pattrício teve prisão temporária de 5 dias decretada também na tarde desta segunda. De acordo com a juíza Ana Carolina Miranda de Oliveira, “a medida é necessária” para evitar “desaparecimento do suspeito e dissipação de provas” mediante a “gravidade do crime investigado”.
O terceiro preso é Célio Dias, proprietário do estacionamento onde os criminosos deixaram neste estacionamento duas caminhonetes usadas para transportar o ouro. Ele teve prisão preventiva decretada pela Justiça e deve permanecer detido até julgamento.
No local foram encontrados, escondidos sob um ônibus e dentro de uma sacola plástica, um carregador de fuzil com munição, dois gorros e cinco luvas avulsas. (G1)