Entre janeiro e setembro deste ano, 1.608 suspeitos de crimes como estupro e assédio sexual foram detidos em todo o estado.
O número de suspeitos presos por crimes sexuais em todo o estado de São Paulo entre janeiro e setembro deste ano cresceu 17% na comparação com o mesmo período de 2017.
Dados da Polícia Civil de São Paulo obtidos com exclusividade pela GloboNews por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), aponta um salto de 1.377 para 1.608 prisões.
De acordo com os dados oficiais, entre janeiro e setembro deste ano, uma média de seis suspeitos foram presos pela polícia em todo o estado sob a acusação de algum crime sexual.
Esses números abrangem as prisões motivadas por todos os delitos definidos pelo Código Penal como Crimes contra a Dignidade Sexual. Entre eles, estão estupro, estupro de vulnerável e assédio sexual, por exemplo.
Ainda segundo o levantamento, o crime de estupro de vulnerável, que tem como vítimas crianças e adolescentes com até 13 anos, é o que motivou o maior número de prisões realizadas entre janeiro e setembro deste ano, com 797 casos.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que “uma das causas do aumento dos índices de crimes sexuais são as campanhas realizadas não só pelos órgãos públicos, mas também por entidades privadas que incentivam o registro formal do crime.”
“Em todos os casos há empenho e cautela durante as investigações realizadas pela Polícia Civil, levando-se em conta o trauma vivido pela vítima. O aumento no número de prisões, tanto em flagrante quanto por mandado, reflete o empenho da Polícia Civil durante as investigações dos casos, gerando inclusive aumento no pedido de mandados de prisões por crimes de naturezas sexuais”, disse.
De acordo com a pasta, “no estado, 85% deste tipo de crime ocorre em locais fora da competência de atuação preventiva da polícia, sendo 65% no interior de residências”.
O comunicado acrescenta que “São Paulo é pioneiro no combate à violência contra a mulher, contando com 133 DDMs [delegacias de defesa da mulher] e, no ano passado, a pasta criou o Protocolo Único de Atendimento, que estabelece um padrão de atendimento para melhor acolher as vítimas e aprimorar as investigações e coleta de provas”.
“Outra medida é o convênio com a Secretaria da Saúde do Estado que possibilita o envio das vítimas de violência sexual ao Hospital Pérola Byington, onde passam por tratamento”, completa o comunicado. (G1)