O mês de setembro começou com 980 focos de queimadas do bioma Amazônia, de acordo com o sistema de monitoramento de focos ativos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O dado se refere ao último domingo (1º) e é o mais recente do Programa Queimadas do Inpe, que tem atualização diária. No primeiro dia do mês de setembro de 2018, havia 880 focos ativos.
De janeiro até o dia 1º de setembro de 2019, o bioma Amazônia acumula 47.805 focos de queimadas. No mesmo período do ano anterior, foram 23.045 focos. Ou seja, o número de focos mais do que dobrou desde o início deste ano, em comparação com o ano passado.
Média de setembro
A média mensal dos últimos anos para setembro é 33.426 focos. O recorde para o mês foi atingido em 2007, quando o índice chegou a 73.141 focos.
Desde o início da série de monitoramento, em 1998, em quase todos os anos o número total de focos no mês de setembro é maior do que o de agosto -- dos últimos 21 anos, somente em 5 deles o mês de setembro teve menos focos do que agosto.
A temporada de queimadas na Amazônia geralmente se estende durante todo o período de clima mais seco na região, que costuma ir de julho a outubro, mas pode variar de estado para estado.
Maior número em 9 anos
O mês de agosto deste ano terminou com o maior número de focos desde 2010 e registrou índice 19% acima da média dos últimos 21 anos. As queimadas no bioma Amazônia aumentaram 196% em agosto, chegando a 30.901 focos ativos, ante 10.421 no mesmo mês do ano passado.
A média de focos do mês de agosto foi ultrapassada no dia 25, quando o site do Inpe indicava 25.934 focos de incêndio no bioma.
Se considerarmos todo o território do país, as queimadas também tiveram alta: foram 51.936 focos em agosto, aumento de 128% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando foram identificados 22.774 focos. Estes são os maiores números registrados para agosto desde 2010, ainda de acordo com dados do Inpe.
Entre janeiro e agosto foram 90.501 focos em todo o país, contra 52.926 no mesmo período do ano passado – um crescimento de 71%. Trata-se do maior índice em nove anos. (G1)