Em 2023, o mês de novembro entrou para a história como um dos mais extremos já registrados no Brasil, com altas temperaturas e eventos de chuva excepcionais. Neste ano, é observado o contrário em várias regiões do país, com a presença de muita precipitação ao longo do território.
No ano passado, o El Niño, que se trata do aquecimento das águas do Oceano Pacífico, contribuía para as ocorrências das fortes ondas de calor sobre o Brasil durante o mês de novembro.
Na época, a cidade mineira de Araçuaí teve os termômetros marcando 44,8°C, a maior temperatura já registrada no Brasil em mais de 100 anos de medições meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
A cidade de São Paulo chegou a marcar 37,7°C, a maior temperatura para um dia de novembro e a segunda mais alta já observada na capital paulista desde 1943.
Mesmo com as altas temperaturas, os grandes volumes de chuva ocorreram na região Sul. Em alguns locais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina choveu quase 600 mm. Algumas áreas do Paraná acumularam aproximadamente 500 mm ao longo daquele mês.
O contrário é observado, até o momento, em novembro de 2024. Neste mês, não há o El Niño, e sim o La Niña, que é o resfriamento das águas do Oceano Pacífico. Apesar disso, a temperatura do mar na costa peruana está um pouco abaixo do normal, o que contribui no padrão de chuva e temperatura na América do Sul nesta época do ano.
A tendência de resfriamento ajuda a formar corredores de umidade sobre o Brasil, que provocam um ar úmido da região Norte para o Centro-Oeste e para o Sudeste. Além disso, a nebulosidade e chuva no Sudeste, Centro-Oeste e em algumas partes do Sul, impede para que o ar esquente excessivamente.
A chuva deve continuar pelo menos até o começo da segunda quinzena deste mês em grande parte do país. Com a grande quantidade de precipitação e nuvens, as temperaturas extremas devem dar uma pausa.
As altas temperaturas devem ser observadas durante este período apenas em áreas do interior do Nordeste e em Roraima.
CNN