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O menino Matheus Macedo Campos, de apenas 11 anos, morreu na tarde de domingo (23), após descarga elétrica recebida enquanto usava um telefone celular que estava carregando em sua casa, em Santarém, oeste do Pará. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo, mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória.

Reportagem Revistanet- As queimadas no mês de junho, seco por natureza, vêm atingindo de cheio a população brasileira, especialmente quem tem problemas respiratórios. Em Itápolis, vem atingindo em cheio moradores. Quem mora próximo a rodovia Tarquinio Belentani, reclama que vem sofrendo com o problema. Segundo Fernanda Ortega, que mora em um condomínio á margem da Rodovia, durante toda a semana houve queimadas. Na segunda-feira, ela diz que não deu para passar na estrada que dá acesso a sua casa(foto acima, feita por Fernanda nesta segunda-feira). "Tive que dar volta por outro caminho... a casa toda suja e cheia de fuligem".

Os moradores do Jardim Itauera 2, que também fica próximo ao local, também reclamam. Segundo eles, o céu vem amanhecendo marrom a dias, com uma mistura de poeira com fumaça. "Tá difícil respirar. Esta semana lavei a casa inteira com esguicho. Tem terra e fuligem dentro de casa".

Mas não só os moradores de Itápolis que reclamam. Quem vive em Ibitinga e região também vem reclamando das queimadas. "Povo que não tem consciência. Está uma seca enorme e eles colocam fogo. Ato criminoso e covarde"; postou um morador de Ibitinga em sua rede social.

No âmbito geral do país, Pará, Amazonas e Mato Grosso são os estados com o maior número de focos de fogo detectados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em agosto deste ano. Juntos, eles representam 60% das queimadas do mês. A Amazônia é o bioma que registrou a maior quantidade de pontos de calor, mas, em comparação, o Pantanal é o mais afetado: ele tem uma área 36 vezes menor, mas só 5 vezes menos fogo.


Queimadas de 1º a 17 de agosto, no Brasil:

    Pantanal tem 3.279 pontos de calor; Amazônia tem 16.763; e o Cerrado, 4.821;
    Amazônia tem 5,5 milhões de km² – área 36 vezes maior que a do Pantanal (150 mil km²) e quase três vezes maior do que a do Cerrado (1.910.000 km²);
    Neste mês, as cinco cidades com mais focos de calor são: Altamira (PA), São Félix do Xingu (PA), Corumbá (Mato Grosso), Novo Progresso (Pará) e Poconé (Mato Grosso);
    Em comparação com o período de 1º a 17 de agosto de 2019, o Pantanal apresenta uma alta de 231% nos registros de queimadas do Inpe; a Amazônia tem uma queda de 14%, mas, exceto o ano passado, é o maior número desde 2010.
    Pará, Amazonas e Mato Grosso concentram o maior número de focos no mês: 7.589, 4.786 e 4.430, respectivamente. Os três estados também são os mais afetados desde 1º de janeiro.

Os focos de calor são detectados por satélites monitorados pelo Inpe. O Aqua, de referência, também é utilizado pela agência espacial americana (Nasa) e "apresenta dificuldades técnicas desde 16 de agosto". O instituto, para minimizar o impacto nos dados, passou a usar os dados que chegam diretamente nas antenas do Inpe, localizadas em Cuiabá (MT) e em Cachoeira Paulista (SP). Por isso, os números nestes dois últimos dias podem estar prejudicados nos estados do Amapá, Roraima, Rondônia, Acre e também no norte do Amazonas.

Dados anuais

Assim como neste mês de agosto, os estados do Mato Grosso, Pará e Amazonas também lideram as queimadas do ano. As queimadas são uma das consequências do desmatamento na Amazônia e, nos últimos 12 meses, foram as florestas paraenses que perderam maior área - no topo do ranking, o estado perdeu 2.909 km² desmatados no período, quase o dobro de tamanho da cidade de São Paulo. Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento, desenvolvido pelo Imazon.

Em toda a Amazônia, segundo a organização, 6.536 km² de floresta nativa foram derrubados, um aumento de 29% em comparação com o ano anterior. A análise compreende os meses entre agosto de 2019 e julho de 2020.

Em meio a incertezas sobre o plano de retomada das aulas presenciais no Estado de São Paulo e o risco de contaminação de crianças, parte dos pais de estudantes já decidiu: não vai mandar seus filhos de volta para a escola. Na sexta-feira, 17, a gestão João Doria (PSDB) afirmou que o planejamento de volta às aulas em setembro está mantido se as condições de saúde permitirem.

A Caixa Econômica Federal libera a partir desta quarta-feira (8) os saques e transferências da primeira parcela do Auxílio Emergencial para os aprovados inscritos no aplicativo e site dentro do terceiro lote, e que aniversariam em março - um total de 400 mil trabalhadores. Ao todo, o lote inclui 5,9 milhões de beneficiários.

A carroça lotada não é sinônimo de renda na pandemia para quem depende da coleta de material reciclável. No dia 24 de maio, em Sorocaba, uma mulher que revirava o lixo debaixo de chuva em busca de comida para a família de 24 pessoas desencadeou uma campanha de voluntários focados em reverter a situação.

Segundo a Associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT), em todo o país há aproximadamente 1 milhão de catadores. No estado de São Paulo, a instituição afirma que cerca de 50 mil pessoas dependem da atividade.

Não há números exatos, mas a estimativa da ANCAT é que 90% dos catadores tiveram a renda reduzida por conta da paralisação ou pela dificuldade de comercializar o material recolhido por conta da interrupção da cadeia da reciclagem e tiveram os salários, que varia de meio a um salário mínimo, diretamente afetados.

A família de Sorocaba, a qual mobilizou voluntários para ajudá-la, era totalmente dependente da coleta para viver. Ao todo, vivem juntos a dona Ângela Camargo, de 52 anos, o marido Gilberto Camargo, de 54, os filhos, que trabalham com reciclagem, genro, noras e os netos.

Na ocasião em que enfrentou a chuva em busca de comida, Ângela pediu a uma moradora que quando ela fosse levar o lixo também deixasse uma coberta ao lado da lixeira.

“Ali mesmo comecei a pensar em como ajudá-los, porque eles eram invisíveis. Ela disse que o sonho dela é ter uma casinha, com uma sala, poder assistir televisão. A situação da casa é muito precária, quando chove entra tanta água, eles perdem tudo, convivem com a água”, conta uma das voluntárias Ana Carolina Andrade Piccini.