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Um trecho do Rio Tietê com o rio Piracicaba, em Barra Bonita e em Anhembi, está tomado por aguapés e chamando a atenção dos moradores que passam pelo local.

Segundo o presidente da ONG Mãe Natureza, Hélio Palmezan, essa cena é comum para a época do ano. "Os reservatórios de água atingem a cota máxima, o que faz os aguapés do Rio Piracicaba se desprenderem e desaguam no Rio Tietê, que é um dos seus afluentes", explica.

Ele ainda argumenta que a única forma de conter a proliferação excessiva de aguapé é investir na despoluição dos rios.

"Os agrotóxicos jogados nos rios e também o lançamento de esgoto contribuem para a formação de aguapés de maneira desordenada".

De acordo com informações da Cetesb, o Rio Tietê recebe esgoto de uma população aproximada em 32 milhões de habitantes de cerca de 200 cidades.

O trecho do Rio Tietê em Barra Bonita é um dos cartões postais do interior paulista e atrai turistas durante o ano inteiro, principalmente, por causa do turismo náutico.

"Quando o acúmulo de aguapés fica muito excessivo, as usinas hidrelétricas abrem as comportas para evitar que a planta aquática danifique alguma turbina, o que resulta em um efeito dominó. Abrindo as comportas, elas vão seguindo pelo rio. Daqui devem ir pra Bariri, depois Ibitinga e assim por diante", contextualiza.

As proliferações excessivas de plantas aquáticas prejudicam a navegação e comprometem a paisagem natural do rio. Em 2015, por exemplo, a quantidade de aguapés fez com que os passeios de embarcações fossem suspensos temporariamente. (TVTem)