Do G1- A Polícia Rodoviária Federal apreendeu no final da manhã desta sexta-feira (9) 79 smartphones contrabandeados do Paraguai, na Rodovia Transbrasiliana, a BR-153, em Ourinhos (SP).
De acordo com a corporação, o veículo, com placas de Foz do Iguaçu (PR), foi parado no quilômetro 347 da rodovia em fiscalização de rotina. Durante a abordagem, o motorista apresentou nervosismo e, diante disso, os policiais decidiram realizar uma revista no carro.
Em meio à vistoria veicular, a equipe encontrou um fundo falso no painel do automóvel. Após ser questionado, o condutor confessou que estava levando celulares do Paraguai para São Paulo, capital. Ao todo, foram apreendidos 79 celulares.
O suspeito foi preso em flagrante e encaminhado para a Polícia Federal de Marília (SP).
A Polícia Civil flagrou, na tarde desta quinta-feira (8), 26 homens em situação de maus-tratos e suspeita de cárcere privado em uma clínica para tratamento de alcoolismo e dependência química no bairro Santa Guilhermina, em Pirajuí (SP). A maioria está com sarna humana.
No boletim de ocorrência, além de agressões e privação da liberdade mesmo em casos de internação voluntária, também foi relatado a suspeita de crime de depósito e entrega de medicamentos sem procedência.
O g1 entrou em contato com a clínica, mas não obteve retorno até a publicação da reportagem.
Ainda segundo o registro policial, os pacientes relataram que atos de indisciplina são punidos com a ingestão forçada de um coquetel de medicamentos apelidado de “Danoninho” que os deixa dopados e faz dormir por longos períodos.
No escritório da clínica foram apreendidos medicamentos controlados, desacompanhados dos receituários médicos.
No local, conforme o registro policial, não foram apresentados todos os alvarás de funcionamento, que estão sendo providenciados, segundo os responsáveis.
Também vistoriaram o estabelecimento uma comitiva formada pelo Ministério Público, Polícia Militar, Vigilância Sanitária Municipal, Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria Municipal de Assistência Social.
A Polícia Civil solicitou exame de corpo de delito em todos os internados na clínica e a promotoria informou que pretende ingressar com uma ação para interditar o estabelecimento e transferir os pacientes.
Segundo relatos obtidos no local, conforme o boletim de ocorrência, mesmo em casos de internação voluntária, “ao manifestarem o desejo de deixarem a clínica, [os pacientes] eram impedidos pelos responsáveis, mediante violência física e grave ameaça”.
Ainda de acordo com depoimentos à polícia, pacientes indisciplinados eram trancados e “os responsáveis pela clínica dificultavam o contato dos mesmos [internados] com suas respectivas famílias e também não lhes prestavam os devidos cuidados de saúde”.