Um coletor de lixo que foi demitido no último dia 22 de abril, em Botucatu (SP), após aparecer em um vídeo fazendo brincadeiras durante o expediente, diz ter sido injustiçado. O caso veio à tona nesta semana, após as imagens viralizarem nas redes sociais.

 

Um morador gravou Vitor Henrique Celestino, de 30 anos, durante o expediente, simulando fazer a escolta armada do caminhão de lixo. No vídeo, ele também mexe com os colegas de trabalho.

Na quinta-feira (12), o coletor participou de uma reunião no gabinete do prefeito Mário Eduardo Pardini Affonseca (PSDB), com a participação de representantes da empresa Grupo Corpus, contratada pela prefeitura para fazer o serviço de coleta.

"O prefeito me disse que não viu nada de mais no vídeo e pediu para a empresa me contratar novamente. Eles disseram que vão analisar", afirmou Vitor ao g1. Ele tem cinco filhos e disse que ainda não conseguiu um novo emprego.

A assessoria de imprensa da prefeitura confirmou a reunião, mas explicou que o chefe do Executivo "não tem autonomia para interferir na contratação ou demissão, e fica a critério da empresa a decisão".

Em nota, a empresa não se manifestou sobre o pedido de recontratação, mas confirmou "que o colaborador envolvido na filmagem não faz mais parte do quadro da empresa por descumprimento das instruções de trabalho. Ao não agir de acordo com as regras de segurança laboral, ele colocou em risco a sua integridade física e dos demais coletores".

 Foi dito ainda que "a imagem em questão viola o Código de Integridade e Ética, recebido e assinado por todos os colaboradores logo após sua contratação, que no artigo nove dispõe sobre comunicações em nome do Grupo Corpus. As imagens, feitas durante o expediente, simulam uma prática de crime e atividade ilegal com a qual a empresa não compactua e rejeita veementemente".

G1