dengue

Dois idosos morreram com dengue ontem em Catanduva. A Secretaria Municipal de Saúde da cidade confirma que num dos casos a morte foi provocada pela doença e trata outra como suspeita. De acordo com o atestado de óbito de Valdomiro Coutinho, de 68 anos, ele ficou internado no Hospital Emílio Carlos, mas não resistiu às complicações da dengue. Ele também estava com pneumonia e insuficiência respiratória.

Na outra morte registrada no mesmo dia na cidade, apesar de os exames confirmarem que o paciente estava com dengue, o atestado de óbito apontou que ele sofreu um acidente vascular cerebral (AVC). O aposentado Eduardo Cid, de 77 anos, deu entrada na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) por duas vezes com febre alta e dor no corpo. O diagnóstico confirmou que ele estava com dengue.

Antônio Fernando Cid disse ontem, durante o velório, que o pai se recuperava bem, mas os sintomas da doença se agravaram e ele precisou ser internado novamente. A vítima permaneceu no Hospital Emílio Carlos por três dias. Exames no cartão de acompanhamento do idoso indicam que suas plaquetas estavam muito abaixo do normal, em média 23 mil, quando o ideal deve ficar entre 150 mil e 450 mil.

"Chegou a ser cogitado no hospital que meu pai pode ter sido vítima de dengue hemorrágica. O fato é que ele era uma pessoa saudável, mas seu estado de saúde mudou depois que pegou dengue", disse o filho. De acordo com a Secretaria de Saúde, material sanguíneo do aposentado foi coletado e encaminhado para análise no Instituto Adolfo Lutz, em Rio Preto. "Para que seja comprovado dengue é necessário aguardar o resultado da sorologia", disse o setor, por meio de nota.

Catanduva enfrenta uma epidemia de dengue, e os casos de moradores infectados pelo mosquito Aedes aegypti avançam a cada dia. São 443 casos positivos do início do ano para cá, e 1.537 aguardam resultados de exames. Com as mortes dos dois idosos, sobe para quatro o número de pessoas que morreram com dengue em menos de um mês na cidade.