pato

Um pato que teve as patinhas devoradas enquanto nadava ganhou próteses para voltar a se locomover com tranquilidade. Mandarin, como é chamado por conta de sua espécie (pato-mandarin), sofreu um ataque quando estava em um lago no espaço de lazer do Parque Clube de Pirajuí.

O animal, ferido e com as patas decepadas, foi encontrado pelos funcionários do local. Eles acreditam que o ataque tenha sido feito por peixes, ariranha ou outra espécie que estava no lago.

Depois do resgate, os funcionários acionaram uma veterinária para fazer os primeiros socorros. "Fui até o local e fiz os curativos. Então, liguei para um grande amigo meu, que é protético, e pedi para que ele me ajudasse com uma prótese para que o patinho conseguisse voltar a andar", relata Wilma Pinatti.

"Dei uma olhada no patinho e falei para ela: 'dá pra fazer uma patinha'", conta o técnico em prótese Marcelo Calister Jorge.

Segundo a veterinária, o maior desafio foi encontrar um material que fosse leve o bastante para facilitar a adaptação da ave. A solução encontrada foi usar resina odontológica nas próteses. Após desenhar o molde, Marcelo fez os cortes necessários no material.

"O processo foi muito rápido. Depois de 40 minutos a prótese já estava pronta", conta. Em seguida, ele e a veterinária colocaram os novos "pés" e começaram o processo de observação para avaliar alguma possível complicação, mas o sucesso foi imediato.

"Assim que colocamos, ele já saiu andando sozinho. Fiquei muito emocionado! É lindo ver um animalzinho desses ter uma nova chance", conta Marcelo.

Recuperação positiva
Duas semanas após "recuperar" as patinhas, Mandarin está em franco desenvolvimento. De acordo com Wilma, ele se adaptou rapidamente às próteses e está "todo feliz".

"Ele está se adaptando muito bem. Já consegue andar, mas ainda não tem muito equilíbrio, né... Então fica daquele jeito engraçadinho [risos]", conta a veterinária.
Uma vez por semana ela vai até o Parque Clube para monitorar a recuperação de Mandarin. "Como ele ainda está tomando medicamentos, estamos mantendo-o em um local seguro para, só depois, soltarmos em seu ambiente natural", explica. (G1)