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Que os donos de animais de estimação estão gastando cada vez mais com produtos e serviços pensando no bem estar dos pets não é segredo para ninguém. Mas, quando não existe um planejamento financeiro, os mimos podem acabar extrapolando o orçamento mensal e trazendo dores de cabeça para a família inteira.


De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 60% dos donos não se planejam financeiramente para a chegada do bichinho e 20% gastam mais do que o orçamento permite com alimentos (35% deles), serviços de pet shop (22%) e brinquedos (20%) por acreditarem que o animal merece (30%) e pela sensação de felicidade que a compra proporciona (24%).


O levantamento revela ainda que 31% das pessoas já deixaram de adquirir algo ou de pagar alguma conta para poderem comprar alguma coisa para o pet e 37% para pagar um tratamento de saúde para o bichinho. Já a maioria (71%) nunca deixou de guardar dinheiro para si ou para a família por causa do animal de estimação.


Nome sujo
Em 14% dos casos, os consumidores acabam ficando com o nome sujo por conta dos gastos com o pet, sendo que 8% estão nessa situação em função de alguma emergência com a saúde do animal. Mais de 73% dos donos já tiveram gastos imprevistos com o bichinho, principalmente com doenças (54%) e 44% já comprometeram o orçamento ou fizeram dívidas para cuidar da saúde dele.
Entre os que extrapolaram o orçamento e fizeram dívidas, 47% não estavam preparados para os gastos e pagaram no cartão de crédito (33%) ou fizeram um empréstimo com amigos e parentes (8%).

"Uma dica é evitar idas não planejadas ao pet shop e fazer uma lista antes de sair de casa, pensando em adquirir apenas o necessário. Outro ponto importante é formar uma reserva financeira para estar preparado em casos de emergência", explica o educador financeiro José Vignoli.

Mas não são todos os donos de pets que não se organizam: 19% planejam-se parcialmente levando em conta alguns custos e 17% analisaram se podiam arcar com os custos antes de criar o animal. A grande maioria (90%) afirma que os gastos dos últimos três meses está dentro do orçamento e 69% dizem que costumam controlar os gastos relacionados ao animal.


Oito em cada 10 entrevistados também costumam pesquisar preços antes de comprar produtos e serviços para o animal de estimação.

Impacto da crise
Como o mercado pet não está totalmente imune à crise econômica, a pesquisa mostra que 46% das pessoas compraram a mesma quantidade de produtos para seus animais comparando com 2016, 23% diminuíram o volume de compras – sendo que 33% tinham como objetivo economizar e 30% tiveram queda na renda – e 25% aumentaram os gastos.


A maioria (75%) afirma ter reorganizado os gastos com seus animais a fim de manter o orçamento em dia, sendo que 29% têm comprado somente produtos essenciais ao pet, 23% reduziram as idas ao pet shop e 19% as idas ao veterinário.


Os principais itens que sofreram cortes ou redução no consumo são rações mais caras (23%), brinquedos (20%), banho em pet shop (18%) e serviços de pet shop (16%) – 55% cortaram os gastos considerando os itens menos importantes para o dia a dia do animal, enquanto outros 27% cortaram os produtos ou serviços mais caros.

 

Do G1