A cantora Anitta usou seu Instagram nesta terça-feira, 3, para comentar sobre o episódio ocorrido em Paraisópolis, comunidade da zona sul de São Paulo, no domingo, 1º, que resultou na morte de nove pessoas e no afastamento de seis policiais.
"A única coisa que consigo pensar é que, se fosse alguns anos atrás, poderia ter sido eu, minha mãe e meu irmão uma dessas pessoas. Uma das coisas que a gente mais fazia quando eu estava começando a cantar era cantar em baile de favela. Sem palavras", afirmou.
Em seguida, a cantora fez uma comparação entre o evento de Paraisópolis e outros de maior porte: "O fato de ser uma festa com presença de drogas ilícitas e presença de criminosos não justifica o fato de você sair entrando e atirando. 'Ah, mas os bandidos estavam em perseguição e correram pra festa porque sabiam que tinha gente que ia ser escudo...'"
"E se tivessem entrado num super festival respeitado? Iam sair entrando atirando? Vários festivais respeitados que têm droga, um monte de gente dentro roubando... E aí, sai entrando atirando? Não sai, né, porque é diferente. Para as pessoas é 'vagabundo', 'música de baixo conteúdo', 'gente que não tem o que fazer'. É complicado o preconceito", continuou.
Anitta ainda ressaltou o trabalho da PM: "Admiro e dou valor à profissão policial. Tenho um irmão militar hoje em dia, tenho orgulho da disciplina dele, do caráter, do trabalho. Realmente, a finalidade é fazer nossa segurança."
Entenda o que aconteceu em Paraisópolis
Na madrugada do último domingo, 1º, nove pessoas morreram pisoteadas durante o Baile da Dz7, na comunidade de Paraisópolis, zona sul de São Paulo.
Seis policiais envolvidos na ação foram afastados, e o governador João Doria (PSDB) negou culpa da PM.
As vítimas tinham idades entre 14 e 23 anos. (MSN)