Ao menos 70 trabalhadores foram resgatados de um alojamento em Igarapava (SP) em condições análogas à escravidão nesta terça-feira (26). Eles atuam na área do corte de cana-de-açúcar em Água Comprida (MG) e Delta (MG). Ninguém foi preso.

 

Segundo o Ministério Público do Trabalho, responsável pela operação em conjunto com o Ministério do Trabalho e Previdência e Polícia Federal, as autoridades inspecionaram os alojamentos e os locais de trabalho.

Foram encontrados problemas sanitários, falta de refeitórios e equipamentos de proteção individual (EPIs) inadequados, além de jornadas exaustivas.

A denúncia aponta que eles trabalhavam das 6h às 17h com pausas rápidas para refeição, já que o pagamento a eles era feito por produção.

Ainda segundo o MPT, como os trabalhadores que faziam a própria refeição, o preparo das marmitas era iniciado às 3h. O alimento era transportado em embalagens de sorvete porque recipientes térmicos não eram oferecidos ao grupo.

O procurador Paulo Veloso, do MPT de Uberlândia (MG) disse que os trabalhadores resgatados voltaram para as cidades de origem no Maranhão e na Bahia.

G1