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por Érika Taguchi- Divagando sobre o propósito da Vida das pessoas, das escolhas sérias, das profissionais, dos rótulos e classificações, dos estereótipos sociais, percebi o sufoco que suas Almas sentem. O esforço necessário para seguir em frente...

Aí, os textos de Rubem Alves me vem à memória. Um sobre os flamboyants e aquele outro sobre a cebola. O segundo sobre o encantamento do olhar da criança e o primeiro sobre o ‘ser do prazer’, da atividade descompromissada, da liberdade do viver.

Me recordo de um momento de minha vida em que a tristeza tomou conta, classificada como depressão (estava na moda), e na Arte busquei minha cura. A prática de escrever haikais me treinou o olhar para buscar a poesia da Vida na Natureza. Admiradora de Basho, meus haikais eram sobre eventos da Natureza: uma nuvem, um pássaro, uma lua, um entardecer, som da chuva... Sentar-se, sem pressa, e aquietar o coração para se sintonizar com o que te cerca. Assim, treinar para captar a essência do evento, para sintetizar naquela métrica o que realmente significava. Lapidar aparas das emoções, dos pensamentos...

E com esse olhar, sair às ruas a buscar a Poesia, o Belo!

Caminhar nos proporciona experiências sensoriais fascinantes! Odores, insetos, cores, luzes... muitas vezes, ao passar de carro, não temos o tempo necessário para essas sensações.

Quando nos permitimos essa experiência, esse momento, a Vida é preenchida, nosso mundo se amplia. Esse será nosso próximo tema...

Érika Taguchi é paisagista, terapêutica prânica e proprietária do Espacco Viva Zen.