A Defesa Civil do Município está participando da Operação São Paulo Sem Fogo, que é uma ação do Governo de São Paulo contra queimadas criminosas.
O Coordenador Regional da Defesa Civil, Amarildo Callegari, entregou para Defesa Civil de Itápolis o material de divulgação e deu orientações sobre a Operação que alerta os munícipes sobre o período de estiagem!
A Operação foi oficialmente iniciada no dia 5 e está em Fase Vermelha, que intensifica os trabalhos para prevenir e combater focos de incêndio em áreas de mata durante o período mais seco do ano, que vai de junho a setembro!
Ao todo, a São Paulo Sem Fogo mobiliza 4,7 mil profissionais, entre bombeiros militares, civis, PMs ambientais, agentes da Defesa Civil, brigadistas, voluntários e parceiros. Há ainda 1,5 mil equipamentos à disposição, com investimento estadual de R$ 72,9 milhões em aquisição de materiais e reforço de pessoal.
INCÊNDIOS FLORESTAIS
Incêndios florestais figuram entre as mais sérias ameaças à biodiversidade, sobretudo quando afetam ecossistemas que não são adaptados ao fogo, provocando degradação da vegetação nativa, morte de animais silvestres, diminuição da fertilidade do solo, além de propiciarem redução da qualidade e quantidade de recursos hídricos. Estes eventos são considerados importantes fontes de emissões de gases de efeito estufa (GEE) acentuando o fenômeno das mudanças climáticas. O fogo também agrava a poluição do ar e pode afetar a saúde da população.
Em face de seus impactos negativos, incêndio florestal é categorizado como desastre, nos termos da Portaria Nº 260/2022 do Ministério do Desenvolvimento Regional. A Classificação e Codificação Brasileira de Desastres (COBRADE) considera incêndio florestal como desastre natural, do grupo climatológico e do subgrupo de seca. Sob esta ótica, a ação frente à problemática requer uma atuação preventiva voltada à redução dos riscos, além do desenvolvimento contínuo de estratégias de preparação, resposta e recuperação do cenário afetado pelo fogo, inclusive com a possibilidade de decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública pelos diferentes níveis de governo.
No estado de São Paulo, os incêndios florestais são frequentes nas áreas naturais protegidas sob tutela estadual, além de incidirem também em áreas cultivadas e terras particulares, provocando impactos ambientais negativos aos biomas e ecossistemas presentes no território paulista. Estudos apontam que a maior parte dos incêndios florestais são decorrentes de ação antrópica (causados pelo homem de maneira acidental ou intencional). O descuido humano ou a negligência são fatores que aumentam a probabilidade de ocorrências de eventos de fogo sem controle. No estado de São Paulo a ocorrência de incêndios florestais é mais constante entre junho e outubro, sendo agosto e setembro os meses com maior número de eventos.
Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais
O estado de São Paulo conta com o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, criado pela Lei estadual nº 10.547, de 02 de maio de 2000 e regulamentado pelo Decreto estadual nº 56.571, 22 de dezembro de 2010. O Sistema, que no período de junho de 2011 a maio de 2023 foi chamado de Operação Corta-Fogo, recebeu um novo nome e a partir de junho de 2023 passou a ser denominado de Operação São Paulo Sem Fogo.
Dentre os objetivos da Operação, destacam-se os seguintes:
Diminuir os focos de incêndio no estado;
Reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) oriundas das queimadas;
Proteger áreas com cobertura vegetal contra incêndios;
Erradicar a prática irregular do uso do fogo, respeitando o disposto no Decreto Estadual nº 56.571/2010;
Fomentar o desenvolvimento de alternativas ao uso do fogo para o manejo agrícola, pastoril e florestal.