O ato cívico organizado pela Associação Comercial de Itápolis contou com a participação de cerca de 25 pessoas entre empresários, políticos, imprensa e membros da ACEI. A reunião serviu para que os presentes manifestassem suas insatisfações em face à alta carga tributária federal na qual estão sujeitos os brasileiros.

Durante a mesma foi possível acompanhar através de um data show, em tempo real o impostômetro transpor a marca de 1 trilhão de reais em impostos pagos pelos brasileiros em 2011, sendo que desta arrecadação 69,5% fica com a união, 26% com os estados e 4,5% volta diretamente para os municípios.


Público reunido na ACEI durante o ato cívico

Uma das sugestões dos dos empresários é que o governo combata a corrupção e gerencie melhor os gastos públicos como alternativa para promover a redução de impostos. Outra reivindicação é que se aprove com urgência e se coloque em prática o projeto de lei 1472/2007 que exige a separação (na nota fiscal) dos valores dos tributos e dos produtos, para que o consumidor tenha transparência sobre o quanto está pagando diretamente de impostos.


Os empresários Maurício Marconi e Maurílio Rufino acompanharam atentamente o ato cívico.

Ficou estabelecido que os comerciantes devem pressionar seus contatos políticos para que sejam atendidas suas sugestões/reivindicações o que certamente deve promover o desenvolvimento sócio-econômico do país. As lideranças ali reunidas também devem ser responsáveis por agregar mais interessados no movimento "Hora de Agir" como está sendo denominado o mesmo, uma vez que, de modo geral, a classe se apresenta discrente no poder de influência que este tipo de movimentação pode proporcionar para que haja mudanças efetivas no código tributário nacional.


Empresário Vicentin também expôs suas idéias durante o encontro.

Da Redação Revistanet (por JR)

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Impostômetro atinge a marca de R$ 1 trilhão
A cada ano, o montante chega mais cedo. Em 2010, o valor foi atingido em 18 de outubro – 35 dias depois do que neste ano

O Impostômetro, painel eletrônico instalado no centro de São Paulo, registrou nesta terça-feira a marca de 1 trilhão de reais de impostos pagos pelos brasileiros desde o início de 2011. Este é o quarto ano consecutivo que o Impostômetro atinge a marca de 1 trilhão de reais. A primeira vez foi em 2008.

A cada ano, no entanto, o montante chega mais cedo. Em 2010, por exemplo, o 1 trilhão de reais foi marcado no dia 18 de outubro – 35 dias depois do que neste ano. Em 2009, o valor foi alcançado em 6 de dezembro. E, em 2008, no dia 13 de dezembro.

"A arrecadação está crescendo mais que o país", afirmou Rogério Amato, presidente da Federação das Associações Comerciais e da Associação Comercial de São Paulo. Além do crescimento natural da arrecadação, diz Amato, outro motivo para que a marca de 1 trilhão de reais chegue cada vez mais cedo é a cobrança de imposto sobre imposto.

"O que é um grande problema", comentou. "É como uma bitributação", disse, explicando que, para advogados, a expressão usada é outra, mas que para o cidadão entender bitributação é uma boa palavra. O excesso de impostos prejudica diretamente os setores produtivos do País. "Perdemos competitividade. E muita." Ao cidadão comum os impostos tiram o poder de compra. "Queremos despertar a consciência de que todos são pagadores de impostos e, por isso, têm o direito de exigir do Estado a contrapartida em serviços públicos de qualidade", afirmou.

Para dar voz ao cidadão comum, a associação inaugurou um espaço online (www.horadeagir.com.br) no qual os internautas podem deixar os seus comentários e críticas sobre a volumosa quantidade de impostos cobrados.

Fonte: Revista Veja (com Agência Estado)