Santa Casa de Ibitinga é o único hospital da região que atende casos de média e alta complexidade (Foto: Reprodução/TV TEM)
A decisão da Justiça anunciada na semana passada de fechar ou transferir a administração da Santa Casa de Ibitinga (SP) para o estado provocou espanto para a prefeitura, que faz a gestão do hospital. Segundo o Executivo, a situação financeira da Santa Casa está controlada e, por isso, o município vai recorrer da decisão.
Além de Ibitinga, a Santa Casa recebe pacientes de outros quatro municípios da região: Tabatinga, Borborema, Nova Europa e Itápolis. A Santa Casa é o único hospital da região que atende casos de média e alta complexidade.
Uma ação civil pública de 2003 determinou que a prefeitura assumisse a gestão do hospital, o que deveria durar um ano. Mas até o ano passado, os problemas e as dívidas aumentaram.
Justiça transfere administração da Santa Casa de Ibitinga para o estado
Com base em informações de dezembro de 2016, a Justiça determinou que o estado assuma a gestão da santa casa em 90 dias. Caso contrário, o hospital corre o risco de fechar as portas.
A atual administração da cidade assumiu a gestão da Santa Casa em janeiro deste ano. Diante do cenário encontrado, uma empresa de consultoria foi contratada para dar um diagnóstico do hospital e vários problemas foram encontrados.
Segundo o relatório, entre 2006 e 2016 a dívida do hospital subiu de cerca de R$ 1,6 milhão para mais de R$ 21 milhões. Um dos principais problemas era na área trabalhista.
A atual administração fez um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho para resolver as pendências e, segundo a diretora da Santa Casa, Vanessa Pultrini o caso foi resolvido e arquivado na última quinta-feira.
Vanessa Pultrini, diretora da Santa Casa: "Documentos comprovam que essa administração está solucionando a situação" (Foto: Reprodução/TV TEM)
A diretora acrescenta que outro problema solucionado pela atual administração é o recolhimento de impostos, que também estava atrasado.
“Nós vamos recorrer da decisão assim que formos notificados, principalmente pela forma como foi coloca a situação, como se essa administração não tivesse feito nada, quando na verdade os documentos oficiais demonstram o contrário”, completa a diretora.
Em nota, a Procuradora Geral do Estado (PGE) informou que o estado não é parte do processo e não foi citado e nem tampouco intimado da decisão que o teria obrigado a assumir a direção do hospital em 90 dias. A nota acrescenta que “o estado, por ora, desconhece o assunto."
Do G1
