Documentos históricos comprovam a participação de Borborema na Revolução de 32

O Museu Histórico Municipal “Profª Rosina Caricari Inaco”, de Borborema, iniciou na terça-feira, 10, a exposição “Revolução Constitucionalista – 80 anos”, com documentos históricos sobre a Revolução Constitucionalista de 1932, que na segunda-feira, 09, celebrou 80 anos do acontecimento histórico.

A Revolução de 32 foi um levante da elite paulista contra o presidente Getúlio Vargas, que assumiu o poder após o golpe de 1930, e em seguida instaurou um poder ditatorial no Brasil, fechou o Congresso Nacional, e limitou os direitos individuais dos cidadãos.

Descontentes com aquela situação, os paulistas se levantaram contra o governo federal, e articulou uma revolta, que veio a ser denominada de Revolução Constitucionalista, já que o princípio era fazer com que Vargas revesse os pontos da Constituição que ele acabara de mudar.

“A exposição serve também como divulgação do acervo documental da instituição, já que as fotos, documentos, moedas e cadernetas de instruções pertencem ao Museu Histórico Municipal, já que Borborema teve muitos borboremenses no front do movimento”, comenta a Diretora de Cultura Janete Aparecida de Jesus. Ao todo estão presentes 10 documentos além de fotografias da época. “Há uma panfleto convocando o povo borboremense para a Revolução, e assinado por diversos políticos da época”, acrescenta o Curador do Museu.

O Prefeito Municipal Jorge Feres Junior, que incentivou a realização de mais esta exposição, afirmou que no Museu Municipal a população sempre tem acesso à história e a cultura de nossa cidade, seja através de exposições ou eventos realizados pela curadoria do Museu. Salientou ainda que o Museu borboremense e suas exposições foram noticia na Rádio Esperança, da cidade de Novo Horizonte (SP), na quinta-feira, 05/07, em uma entrevista transmitida para mais de 50 cidades.

A Revolução de 32 teve início no dia 9 de julho, e terminou em meados de outubro. Apesar de ter sido derrotado na guerra, esta perda foi um tanto quanto vitoriosa, já que o presidente Vargas acabou revendo os pontos principais que o movimento pedia junto à Constituição. Outra data importante da revolta paulista é o dia 23 de maio, quando quatro estudantes de Direito, do Largo São Francisco, Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo, foram assassinados pela força de segurança pública, controlada pelo governo federal.

As iniciais M.M.D.C. virou o grande lema da Revolução Paulista, e as letras podiam ser vistas espalhadas por toda a capital, e nos cartazes que pediam para os paulistas se alistarem e também contribuir financeiramente com a guerra.

A exposição poderá ser vista até terça-feira, 31/07. O Museu Histórico Municipal pode ser visitado de terça a sexta-feira, das 8h às 11h e das 12h30min às 16h30min, e aos sábados das 13h às 16h. A Direção do MHM, informa que a entrada é gratuita.

Texto e foto: José Commandini Neto. Jornalista Profissional