O alpinista ibitinguense Rodrigo Raineri conquistou na madrugada desta terça um feito histórico: por volta da 1h50 (horário brasileiro) ele tornou-se o primeiro brasileiro a chegar três vezes ao pico do Everest, a montanha mais alta do mundo, a 8.848 metros de altura.
“O dia está maravilhoso, não está ventando muito, está ‘quente’. Foi muito cansativo, mas é impressionante a beleza do Himalaia. Demorei para subir porque tinha muito gelo na corda”, contou Raineri, por telefone. O clima que ele classificou como ‘quente’, na verdade, era de 25 graus negativos.
Raineri, que já havia conquistado o ponto mais alto do planeta em 2008 e 2011, iniciou o ataque final por volta do meio-dia de ontem, acompanhado de outros três brasileiros - Joel Kriger, Carlos Canellas e Carlos Santalena – e chegou a dizer que “o cume seria pintado de verde e amarelo”. No entanto, os outros alpinistas do Brasil acabaram abortando a escalada a 8,5 mil metros e retornaram ao campo 4.
Enquanto estava no pico da montanha, Raineri registrou um lamento em relação ao governo nepalês por ter negado, de última hora, a autorização para que ele fizesse o salto de parapente – seria o primeiro voo solo do cume à base da montanha na história. “O dia está perfeito para decolar, se tivesse o permit seria um voo lindo. Uma decolagem técnica com o vento a 40 km, ousada, e a descida seria linda”, disse.
Porém o voo pioneiro ficará para uma próxima vez, já que agora o que Raineri quer é curtir a realização da façanha inédita. “Obrigado pelo carinho e apoio de todos. Namastê”, finalizou o alpinista, que ainda na manhã de hoje voltaria ao acampamento 4 e retornará ao Brasil no início de junho.
{avsplayervideoid=126 width=490 height=350 }
A aventura do brasileiro, que deve retornar ao pais na primeira semana de junho, começou em 1º de abril deste ano – e pode ser acompanhada também por posts no facebook (www.facebook.com/alpinistarodrigoraineri). Raineri chegou ao topo do mundo pela primeira vez em 2008. Depois, repetiu a façanha em 2011 e agora, em 2013.
Do Portal Ternura