Dívida do hospital é de aproximadamente R$ 7 milhões. Vereadores devem votar CEI para apurar demora.
Os pacientes que aguardam por cirurgias eletivas reclamam da demora no atendimento na Santa Casa de Itápolis (SP), que está sob intervenção da prefeitura para agendar os procedimentos.
Entre os casos está a dona de casa Shirley Dolavala que aguarda há quase um ano por uma cirurgia para retirada de um cisto no ovário. O procedimento cirúrgico era para ter sido realizado em agosto do ano passado, mas a Secretaria de Saúde do município não agenda a data e alega desconheciento do caso.
Estima-se que 350 pessoas estejam aguardando pelo agendamento de cirurgia eletiva na cidade. Antônio Szychowski tem um doença que afeta o movimento do quadril desde a infância. Ele sempre fez tratamento na Santa Casa da cidade e agora precisa de uma cirurgia no fêmur, mas por enquanto não há previsão de quando isso irá acontecer. “Estamos esperando com sofrimento, e tem que aguardar porque a gente não tem condição de fazer sem ajuda", lamenta o aposentado.
Investigação
Os vereadores devem votar na próxima sessão da Câmara, a abertura de uma Comissão Especial de Investigação (CEI), para saber por que esses agendamentos demoram tanto.Atualmente a dívida da Santa Casa de Itápolis é de aproximadamente R$ 7 milhões. Mesmo com repasses mensais de R$ 300 mil da prefeitura, o hospital acumula um déficit de R$ 270 mil por mês.
Desde 2008 a Santa Casa está sob intervenção da prefeitura. O prefeito Julio César Mazzo e a secretaria de Saúde Lucilene Denise Daniel se pronunciaram apenas por meio de nota. Os parlamentares informaram que a prefeitura já teria repassado quase R$ 2,5 milhões ao hospital por meio de subvenções e que cabe à Santa Casa e seu administrador passar os dados técnicos de custos e gastos. No hospital ninguém quis falar sobre o assunto. Enquanto a CEI não apura os fatos, os pacientes precisam esperar.
G1