No primeiro semestre deste ano, Araraquara teve 27 interrupções no fornecimento de energia elétrica em decorrência de queimadas e incêndios. Este número representou aumento de 107% em relação ao mesmo período do ano passado, quando 13 casos foram registrados. O levantamento é da CPFL Paulista, concessionária de energia que atua na região, e foi divulgado na última segunda-feira (5).

O céu de Itápolis também vem sendo tingido de cinza e os moradores relatam que as casas amanhecem cheias de fuligem e o ar chega a ficar 'irrespiravel', em determinados locais.

 

Em Boa Esperança do Sul, o crescimento foi de 100%. Já cidades como Matão e Gavião Peixoto, que não tiveram ocorrências deste tipo entre janeiro e junho do ano passado registraram um e quatro casos respectivamente em 2024.

 O consultor de Relacionamento da CPFL Paulista, Julio César de Oliveira, explicou que as queimadas atingem linhas de transmissão e redes de distribuição de energia tanto em áreas rurais quanto urbanas.

De acordo com a concessionária, as chamas não precisam necessariamente alcançar os cabos de energia para causar interferências ou danos na rede elétrica, uma vez que “o calor do fogo gera um campo ionizado ao redor da fiação, podendo provocar curtos-circuitos e desligar as linhas ou até rompê-las, interrompendo o fornecimento.”

 Sem chuva significativa há 126 dias, Araraquara está em estado de atenção diante da estiagem prolongada. “Em períodos de seca como o atual, as queimadas afetam diretamente o meio ambiente e podem prejudicar a saúde das pessoas, além de interferir no fornecimento de energia e gerar riscos de acidentes” lembrou o gerente de Saúde e Segurança do Trabalho da CPFL Energia, Raphael Campos.

informações CidadeOn