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Duas pessoas foram presas em flagrante neste sábado (21) por suspeita de produzir e vender álcool em gel falsificado com etanol em Ribeirão Preto. A técnica em química e o filho dela são donos de uma empresa que fabrica e revende produtos de limpeza, lacrada pela Vigilância Sanitária.

Ao menos dois estabelecimentos comercializaram os produtos na cidade, segundo o promotor de Justiça Wanderley Baptista da Trindade Júnior.

    "A dona admitiu que tinha vendido produtos sem eficácia, só que ela não comunicou a Vigilância Sanitária, tampouco fez a apreensão dos lotes. As pessoas que adquiriram estão usando um produto ineficaz. Ela agiu de má-fé, não tomou nenhuma providência", diz Júnior.

Os suspeitos devem responder por sonegação de impostos, falsificação de produto destinado a fins medicinais e armazenamento de etanol de maneira irregular, visto que os galões de etanol estavam dentro de um carro, segundo o promotor de Justiça Aroldo Costa Filho.

    "Esses crimes são agravados, porque foram cometidos em período de calamidade pública. Geralmente o juiz aumenta em um sexto todas a pena", diz Filho.

Álcool em gel falsificado

A prisão ocorreu por volta das 10h30, durante uma operação realizada pelo Ministério Público com as policiais Civil e Militar, além da Vigilância Sanitária, da fiscalização da Prefeitura e do Instituto de Criminalística.

A denúncia partiu de um dos compradores, que não conseguiu colocar fogo em um algodão umedecido com o álcool e acionou o Ministério Público.

Duas lojas de produtos de limpeza, na Vila Virgínia e no Jardim Irajá, compraram o álcool em gel falsificado, ainda segundo o promotor Wanderley Júnior. Os fiscais visitaram uma das lojas, onde o produto já tinha sido vendido, e devem visitar a outra na segunda-feira (23).

Os suspeitos foram presos preventivamente. Segundo apuração da EPTV, afiliada da TV Globo, o advogado deles não quis se manifestar. O homem foi levado para a cadeia de Santa Rosa de Viterbo (SP) e a mulher ficará presa em Franca (SP). Eles passarão por audiência de custódia por videoconferência no domingo (22).

EPTV