Do G1- A mulher que dirigia o carro que invadiu uma casa e atropelou um menino de 2 anos em Guatapará (SP) na tarde de sábado (24) admitiu aos policiais militares que havia ingerido bebida alcoólica antes do acidente e que não possui carteira de habilitação.
Apesar disso, ela se recusou a fazer o teste do bafômetro e um exame clínico feito posteriormente descartou embriaguez ao volante. A informação foi divulgada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) na tarde deste domingo (25).
A criança segue internada na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE) em Ribeirão Preto (SP), mas não corre riscos de morte (veja abaixo detalhes).
"A mulher informou que estava conduzindo o veículo, pois seu marido havia ingerido bebida alcoólica. Ela também afirmou que havia ingerido duas latas de cerveja, e que não possui habilitação", diz nota da SSP.
'Achei que ele tinha morrido', diz mãe de menino de 2 anos atropelado após carro invadir casa em Guatapará, SP
A vítima brincava dentro de uma piscina de plástico na área externa da casa no momento em que o carro quebrou o muro e invadiu a residência. O homem e a mulher ocupantes do veículo estavam em um endereço vizinho antes de saírem e perderem o controle da direção.
À EPTV, afiliada da TV Globo, a mãe do menino, Carina Roldão da Silva, afirmou que encontrou bebidas alcoólicas no carro depois da colisão.
"É imprudência, tem que mudar isso. E se fosse uma fatalidade pior? Estaria eu hoje aqui chorando pelo meu filho. [...] A gente acha que tem segurança dentro de casa, nem dentro de casa a gente tem mais segurança, por causas dessas pessoas infratoras que não têm consciência, não pensam no próximo", disse.
O casal foi levado ao pronto-socorro sob escolta policial e depois à Delegacia de Polícia Civil de Guatapará.
Segundo a secretaria, a mulher se negou a passar pelo teste do bafômetro, por isso um perito do Instituto Médico Legal (IML) foi acionado para a análise do suposto estado de embriaguez. A avaliação médica, no entanto, atestou negativo.
O caso foi registrado na Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Ribeirão Preto, e a mulher deve responder pelo crime de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. A SSP não informou se ela permaneceu presa ou não.
A defesa do casal não foi localizada até esta publicação.
Exames da criança sem alterações
Os exames do menino realizados no HC de Ribeirão Preto não apresentaram alterações, informou o tio da criança ao g1 também na tarde deste domingo.
Segundo Marco Aurélio, a criança, que foi socorrida com ferimentos na cabeça, passou a noite em observação no hospital, como precaução contra eventual hemorragia.
Apesar da normalidade dos exames, ainda não há previsão de alta médica.