Uma mulher de 38 anos foi morta a facadas dentro de uma farmácia de São Carlos (SP) na noite de sábado (6). O companheiro dela foi preso em flagrante suspeito de cometer o crime e alegou uma suposta traição.

 

Segundo informações do Boletim de Ocorrência, Marisa de Souza Pereira foi atingida por diversos golpes e ficou com faca cravada no pescoço. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O ajudante de pedreiro Etevaldo Gama de Oliveira, com quem a vítima tinha uma união estável, tentou fugir após o crime, mas foi contido por testemunhas até a chegada da Polícia Militar.

O corpo da vítima foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de São Carlos.

O crime
O crime aconteceu por volta das 19h em uma farmácia na Avenida Francisco Pereira Lopes, na Vila Carmem.

De acordo com o B.O., um funcionário relatou que a mulher entrou correndo no local seguida por um rapaz que estava com uma faca. Ela foi para os fundos da farmácia onde foi atingida diversas vezes.

Ainda de acordo com o B.O., o suspeito de 46 anos confessou o crime e alegou que esfaqueou a mulher porque acreditava que ela estivesse o traindo, bem como o fato de ela dizer que iria colocá-lo na cadeia pela Lei Maria da Penha.

Segundo o B.O., o suspeito ainda relatou que, por diversas vezes, disse à vitima: "se você me mandar para a cadeia por Maria da Penha, acabo com você antes. Eu vou preso, mas mato você”.

Levado para o Plantão Policial, o suspeito foi preso em flagrante e encaminhado ao Centro de Triagem de São Carlos onde ficará à disposição da Justiça. Até a publicação desta reportagem, ele não tinha apresentado advogado.

O casal tinha três filhas, duas delas de 16 e 6 anos, que ficaram sob cuidados de vizinhos até a chegada de familiares da vítima, que são de Campinas.

 A farmácia entregou à Polícia Civil imagens das câmeras de segurança que serão anexadas do inquérito.

Missa
O padre Robson Caramano usou a rede social para expressar sua indignação ao feminicídio que aconteceu na farmácia ao lado da Paróquia São Nicolau de Flüe.

“A violência contra mulher em nossa cidade tem sido algo recorrente. Políticas públicas para as mulher e o combate à violência contra elas é mais do que urgente”, escreveu Caramano.

O padre disse ainda que a missa das 19h do domingo (7) seria celebrada na intenção de todas as vítimas de feminicídio e todos que sofrem com a violência presente nesta sociedade que viola direitos fundamentais em nome de interesses individuais.

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