maconha

A Polícia Civil, por meio da Dise (Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes), fechou, na tarde desta segunda-feira (16), um laboratório de cultivo e preparo de "supermaconha" em um apartamento na zona Sul de Ribeirão Preto.

O agente de viagem Henrique Ronca Corrêa de Azevedo, 39 anos, foi preso acusado de manter no imóvel cinco pés da maconha cultivados por meio de sistema hidropônico, que, por possuir uma quantidade maior de THC (Tetrahidrocanabinol), é mais forte.

"Ela é caríssima. Por ser uma supermaconha, ela chega a custar dez vezes mais", afirmou o delegado Diógenes Santiago Netto, responsável pela operação de combate ao tráfico de drogas. Segundo ele, a droga era cultivada e preparada em um cômodo do apartamento.

Os pés de maconha estavam plantados em vasos mantidos num box de chuveiro, adaptado para se tornar uma estufa. Lá, era possível controlar desde a temperatura até umidade da terra para a planta se desenvolver. Já quando era feita a colheita, a maconha era colocada em outra estufa para passar por um processo de secagem. "Lá era controlado tudo. Até mesmo exaustores foram instalados para tirar o cheiro da droga", informou o delegado que chegou ao apartamento após um mês de investigações.

Preso, Henrique alega que a droga era para consumo próprio, mas a versão é rebatida pela polícia. "O aparato dele indica para a traficância, pois existiam até produtos importados para o cultivo. Um aparato desse, destinar um cômodo da casa especificamente para o cultivo, não indica consumo próprio", afirmou Diógenes.

Além dos cinco vasos de maconha, foram apreendidos materiais de cultivo, timers, lâmpada de led, termômetros, controladores de umidade, fertilizantes e uma estufa. Também havia produtos para embalar as drogas, além de porções de maconha já embaladas.

Henrique, que alega ser dono de uma agência de viagens, foi autuado por tráfico de drogas e será encaminhado ao CDP (Centro de Detenção Provisória) de Ribeirão Preto, onde aguardará a audiência de custódia. (CidadeOn)