Menino de 5 anos está internado na UTI do Hospital Estadual e o caso dele é considerado grave. Médicos denunciaram a situação após a mãe procurar a UPA dizendo que a criança, que tem deficiência auditiva, tinha caído.

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O suspeito de espancar um menino de 5 anos em Lençóis Paulista se apresentou na delegacia nesta quarta-feira (11) após ter a prisão preventiva decretada pela Justiça.
Vanderson Aparecido Marinho, de 27 anos, é namorado da mãe do menino e não havia sido encontrado desde a noite de segunda-feira (9) depois que as agressões aconteceram.

O suspeito se apresentou após negociação com a defesa e será encaminhado para a Cadeia de Avaí ainda nesta quarta-feira.

O caso foi denunciado na madrugada de terça-feira (10) pelos médicos que atenderam o menino na Unidade de Pronto-atendimento. A mãe da criança procurou atendimento dizendo que ele havia caído, mas os médicos desconfiaram dos hematomas no corpo da criança.

Além disso, o menino, que tem deficiência auditiva e fala com dificuldade, tinha um corte na cabeça. Foram necessários 10 pontos para fechar o ferimento. Por conta da gravidade dos ferimentos, a vítima foi encaminhada para o Hospital Estadual em Bauru e segue internada na UTI, em estado grave.

Inicialmente, a mãe negou as agressões, mas depois contou que tinha deixado o menino com o namorado para ir ao mercado na noite de segunda-feira e quando voltou encontrou a criança machucada.

No entanto, o menino só foi levado para UPA durante a madrugada. O Conselho Tutelar foi acionado e retirou temporariamente a criança dos cuidados da mãe. Quando receber alta, a criança ficará sob os cuidados da avó materna.

"Nós já elaboramos um termo de responsabilidade que será entregue a avó materna e ela vai ficar com menino. A guarda quem define é a Justiça, mas a avó já vai entrar com o pedido e também vamos avaliar se será necessário pedir a suspensão do poder familiar da mãe sobre os três filhos e não só do menino agredido", explica a conselheira Sandra Tonin.

Suspeita de tortura
A Polícia Civil registrou o caso inicialmente como lesão corporal e também havia pedido a prisão da mãe do menino por omissão e negligência, mas a Justiça negou o pedido.
A criança passou por exame de corpo de delito e os médicos aguardam os resultados. De acordo com o delegado Renzo Bardin, esses resultados podem, eventualmente, mudar a natureza do crime.

"A princípio, as condições indicam lesão corporal mas pode ser que mude até para um caso de tortura."

Segundo a conselheira tutelar, em 15 anos de profissão, ela nunca havia visto um caso tão grave "Era lastimável, um caso de dar muita revolta. Ele estava deitado no leito do hospital pálido, sem expressão", conta. (TVTem)