Apesar do cuidado com a saúde e a rotina de exercícios físicos ser indispensável há mais de 20 anos, Cláudia Pereira, de Bauru (SP), não conseguiu escapar do destino de sua família: assim como sua mãe e avó, a advogada foi diagnosticada com osteoporose.

A doença é caracterizada por um quadro clínico de redução da densidade dos ossos, tornando-os mais suscetíveis a quebras e fraturas, mesmo em quedas pequenas.

“Já no primeiro exame de densitometria óssea que eu fiz, deu osteopenia. Faz mais de 15 anos”, relata Cláudia.

A osteopenia é uma condição pré-clínica que sugere a perda gradual da massa óssea. No entanto, é necessário ficar atento, pois ela pode levar à osteoporose.

 

Casos como o de Cláudia são comuns em mulheres, principalmente antes e durante a menopausa. Nancy Bueno Figueiredo, endocrinologista, explica que isso ocorre porque há uma grande queda na produção do hormônio estrogênio, responsável, entre outras coisas, pela saúde dos ossos.

“O hormônio feminino estradiol é extremamente essencial para a formação da massa óssea. Como a menopausa ocorre entre os 45 e 50 anos na mulher, um pouco antes da menopausa a gente tem uma diminuição dos picos hormonais e ovulações, tendo uma diminuição também da quantidade de estrogênio circulante. isso já começa a fazer com que a mulher tenha menor formação da massa óssea, resultando em uma osteoporose precoce”

O diagnóstico da doença, no entanto, envolve uma avaliação criteriosa da densidade mineral óssea e a análise de outros fatores de risco e sintomas, como o baixo nível de vitamina D ou de ingestão de cálcio. O exame para identificar essa deficiência é por meio da densitometria óssea.

Williene dos Santos Myada, radiologista, explica como funciona o exame: “A gente tem o aparelho densitômetro, onde a paciente fica deitada, e fazemos a aquisição das imagens dos sítios de interesse, no caso a coluna lombar e o fêmur, principalmente.”

Além disso, a profissional afirma que é por meio dos índices obtidos com precisão no aparelho raio-x que se é possível identificar em qual categoria o paciente se encaixa, indo de osteopenia até osteoporose.

A advogada Laiandra Nishiyama Ribas, advogada, descobriu a doença durante exames de rotina indicados pela médica, exatamente por estar entrando na menopausa aos 51 anos. Por ser um caso leve, a médica recomendou o tratamento e indica bom prognóstico.

Quando a perda da massa óssea é diagnosticada precocemente, é possível reverter o quadro com suplementação e exercícios físicos. Fábio de Oliveira, educador físico e fisioterapeuta, reforça a importância da atividade física para o tratamento.

“O exercício físico promove um aumento da força muscular como também facilita a mobilidade da pessoa em si. Ela tem mais controle motor e equilíbrio corporal. Um dos principais exercícios que se recomenda são contra resistência, que podem ser feitos com auxílio de pesos, como o corporal, ou de bolas, como o pilates", recomenda o educador físico.

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